MANDY - MANDY - PARTE 11

XI – MANDY

(AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS)

Marco confirmou que tinha seguido Amanda desde a sua rua, balançando a cabeça, com um sorriso maroto nos lábios, coçando a nuca.

- Ontem e hoje?

- Ontem e hoje, ele confirmou de novo.

- Gosta de brincar de esconde-esconde?

- Gosto, ainda mais quando acabo encontrando o que procuro...

Ela sorriu e continuou andando.

- Pra onde você vai, agora? - ele perguntou.

- Pra casa.

- Mas... não é pro outro lado?

- Por aqui também vai dar lá. Não gosto de voltar pelo mesmo caminho. É bom variar. Alguém mal intencionado pode me seguir, sabe como é...

- É, eu sei...

- Deve saber mesmo...

- Você demorou quase meia hora pra decidir o que comprar, lá na loja.

- Ah, você cronometrou?

Ele riu.

- Não, mas foi o tempo que a minha paciência registrou...

Amanda riu também.

- Você não ficou atrás.

- Você também me esperou?

- Não... não necessariamente, disfarçou ela. – Eu fui esperar a balconista fazer meu pacote... fui preencher o cheque... pagar... e ainda fiquei conversando com as meninas um pouquinho. Durante todo esse tempo, você ficou lá no provador...

- Sei...

- Pra não comprar nada.

Ele riu.

- Eu não fui comprar nada, ele falou sério. – Mas saí de lá satisfeito...

Amanda parou e ficou olhando para ele, também séria. Depois continuou andando. Marco procurou retomar a conversa.

- Você costuma correr sempre, lá no clube?

- Desde que mudei pra cá. Eu ia lá com o... Otávio... no início. Depois ele se aborreceu, porque eu corro bem mais do que ele e não foi mais. Aí, eu vou sozinha.

- Hum... ele fez, não muito contente pela lembrança daquele nome.

- E você?

- Eu ando por lá de bicicleta desde que ganhei a primeira do meu pai, mas quando eu estou com raiva ou aborrecido com alguma coisa, gosto de correr também. Descarrega as energias e... maus espíritos.

- É sim, ela concordou, rindo. – Queria te pedir desculpas pelo transtorno, outro dia, lá no barzinho do Benê. Meu namorado foi muito indelicado.

- Esquece. É só não falar no nome dele e eu perdôo tudo.

Ela sorriu, mais claro e mais bonito agora. Marco adiantou-se e parou na frente dela, fazendo-a parar também.

- O que é que você vê naquele cara? Vocês não combinam!

- Não? - ela perguntou, surpresa.

- Não.

- Combinávamos antes, lá em Poços. A gente morava lá. Os pais dele moram lá e a gente se conhece desde criança. Foi o meu primeiro namorado...

- Ele é tão rude com você. Você... é tão delicada, meiga... linda... Não combina com aquele casca grossa.

Amanda corou levemente e baixou os olhos, sorrindo sem jeito. Marco levantou seu rosto segurando-o pelo queixo.

- Mandy...

Ela não entendeu e franziu a testa.

- O quê?

- A canção do Barry Manilow... Você é como ela. Suave, doce, linda... O Otávio é um concerto de heavy metal perto de você.

Amanda riu, balançando a cabeça.

- Você diz cada coisa...

- Deixa ele... Marco arriscou, sério, como se aquilo estivesse engasgado em sua garganta há muito tempo.

- Eu já deixei, ela respondeu, também séria.

- Como? - ele perguntou, pensando não ter entendido.

- Nós terminamos tudo pela segunda vez, definitivamente.

Ele afastou-se dela e colocou as mãos nos bolsos do blusão do colégio, virou-se de costas para ela, deu alguns passos para digerir aquilo e voltou.

- Acabou...? Tudo...?

- Tudo.

- Por quê?

- Por várias coisas. Por tudo que você disse agora e... principalmente pelo jeito que ele tratou você no bar. Não é a primeira vez que ele trata rapazes assim, quando eles parecem... certinhos demais. Mas você foi muito legal dizendo que tinha mesmo uma mãe te esperando em casa; não se escondeu atrás de uma máscara de independência que um cara da sua idade ainda não tem, queira ou não; não se supervalorizou, disse a verdade, e isso machucou o Otávio muito mais do que se tivesse partido pra briga, ofendido ele. Era isso que ele queria. Você saiu por cima, simplesmente falando a verdade. Quando ele me levou pra casa, naquela noite, eu falei tudo isso pra ele, nós brigamos e eu terminei tudo, desta vez oficialmente, porque meu pai ouviu tudo. Acabou.

Marco sorriu, intimamente orgulhoso de si mesmo.

MANDY

PARTE XI

BOM DIA A TODOS!

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

É 08 DE DEZEMBRO!

DIA NA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA!

SEM ESSE ACONTECIMENTO, NÃO HAVERIA NATAL...

FELIZ NATAL E ANO NOVO DESDE JÁ!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

PAZ E BEM

Velucy
Enviado por Velucy em 08/12/2020
Código do texto: T7130539
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