MANDY - MANDY - PARTE 6
VI – MANDY
(AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS)
Marco chegou em casa, furioso. Bateu a porta e foi para o quarto sem nem ao menos falar com os pais que estavam na sala, assistindo televisão. Os dois ficaram preocupados e Antônio levantou-se, indo atrás dele ver o que havia. A porta estava fechada e ele foi abri-la, mas estava trancada. Bateu.
- Marco!
Silêncio lá dentro. Antônio insistiu:
- Marco Antônio, abre essa porta!
- Desculpa, eu ter batido a porta, pai, foi sem querer.
- Abre a porta, por favor! - disse tranquilo, mas enérgico.
Ele ouviu o barulho da chave na porta e Marco a abriu e foi sentar-se na cama em seguida.
- O que foi que houve? - Antônio perguntou.
Marco tirou a jaqueta e jogou-a na cama sem olhar para o pai.
- Nada. Só fechei a porta de mau jeito e ela bateu. Desculpe.
Antônio aproximou-se e o fez encará-lo, segurando-o pelos ombros.
- Olha pra mim!
Marco tinha o rosto molhado e ele se assustou.
- O que aconteceu, filho? Foi assaltado? Brigou com alguém? Eu já te disse que não gosto que você vá ao bar do Benê à...
- O Benê não tem nada a ver com isso, pai. Eu estou bem. Não foi nada.
- Mas você está chorando, Marco!
Ele foi para a porta e a fechou.
- Não quero que a mamãe saiba. Não foi nada demais.
- Você ficou esquisito o dia inteiro, sua mãe me contou. Não quer me dizer o que está acontecendo? Não confia mais em mim?
Marco enxugou o rosto e voltou a sentar-se.
- Já está na hora de eu começar a enfrentar minhas confusões, sozinho, não é? Você não vai segurar a minha barra a vida inteira.
- Você ainda tem dezessete anos, filho!
- E uma vontade doida de ter trinta logo, mas vocês não deixam! Você não deixa... a voz dele não era zangada, mas sim aflita.
Antônio ficou abismado com o tom de voz do filho, mas não sentiu vontade de brigar, não falou nada. Essa reação do pai deixou Marco meio que com remorso pelo que disse.
- Desculpa... Não queria ser malcriado, nem magoar você, desculpa... Eu nem sei do que eu estou falando, ele disse, apoiando os braços nas pernas e enterrando os dedos nos cabelos.
Antonio sentou-se ao lado dele e colocou a mão sobre seu ombro.
- Então me diz o que foi que houve.
Marco levantou a cabeça, respirou fundo e começou:
- Você já se viu fugindo de uma situação que você nunca quis pra você, nunca nem sonhou com isso, não é pra você e mesmo assim ela... te persegue aonde quer que você vá?
- Que situação? Explica melhor.
Marco começou a contar a história desde o início e Antônio ouviu tudo em silêncio, sem interromper. Sorrindo de vez em quando, admirando-se outras vezes, franzindo a testa e balançando a cabeça outras tantas, mas sem interromper.
- E hoje, os dois estavam lá na lanchonete do Benê, juntos. Eu ia saindo pra não ficar perto, porque eu não tenho muito talento pra masoquismo e... ele me chamou e fez piadinha comigo. Eu respondi a altura, mas... pra mim não adiantou nada. Queria mesmo era quebrar a cara dele em três pedaços.
- E por que não quebrou? - perguntou Antônio, calmamente.
Marco olhou para ele, franzindo a testa, não acreditando que tinha ouvido aquilo da boca do pai.
- Como é que é?
- É, por que não quebrou a cara do sujeito? - Antônio repetiu.
- Por quê...? Ah, não sei por quê. Porque, pensando bem, não era motivo suficiente, porque... só valeria a pena brigar com ele se fosse por ela... e eu nem sei se ela gosta de mim como eu gosto dela. Talvez eu estragasse tudo, batendo nele, e ela ficaria com raiva de mim, ao invés de se interessar... sei lá.
- Por que você estava chorando?
Marco baixou os olhos e mordeu o lábio inferior, constrangido, olhando para as mãos.
MANDY
PARTE VI
BOM DIA A TODOS!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
É DEZEMBRO!
NÃO SÓ PELA INTERNET...
ESTEJAMOS SEMPRE CONECTADOS PELO CORAÇÃO!
FELIZ NATAL E ANO NOVO DESDE JÁ!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!
PAZ E BEM