PROFUNDO 19 IND 16 ANOS

Elis desce para a cozinha, toma café, Regiane serve para ela, Renato e Hellen chegam ali.

- Bom dia.

- Bom dia.

Após o café, Elis sai com Hellen para o parque do condomínio, ali brincam um pouco, ela recebera 3 dias do hospital para descanso.

Elis chega na frente do restaurante, fica ali por poucos minutos, Glads desce da carona de uma moto.

- Oi.

- Olá.

- Obrigado por vir.

- Olhe, hoje é minha folga, só vim por que insistiu.

- Me desculpe.

- Nada, estou só zoando, de boa.

- Nossa, me enganou.

- E então, vamos dar um rolê?

- Acho melhor comermos algo.

- Por mim tudo bem, vamos numa barraca de dogão.

- Dogão?

- Por que, não gosta?

- Não, tudo bem.

Elis olha para o restaurante ali na sua frente e segue Glads para o dogão.

Momentos depois eles riem muito das aventuras quando criança de Glads.

- Nossa você aproveitou muito.

- Acha?

- Com certeza, eu e meu irmão só iamos em clubes e sempre com uma babá a tiracolo.

- A não, somos pobres e fui criado nas ruas, com pipas, bolas de gude e futebol.

- Isso te fez lindo.

- O quê?

Elis cora por ter dito aquilo, eles saem dali e seguem pela calçada, param num banco ladeando uma fonte luminosa.

- Você é muito interessante Glads.

- Obrigado, você é linda.

- Você acha?

- Sim.

O beijo surge ali com direito a música instrumental e a magia das águas brindam a eles.

Marcelo termina uma cirurgia e segue para a sala de descanso logo sua namorada entra ali.

- Oi.

- Oi.

- Vim ver meu doutor preferido.

- Que bom, preciso disso.

A mulher senta no colo dele e ali se beijam, Luciana bate a porta entrando.

- Me desculpe.

- O que foi Luciana?

- Temos problemas na recepção, preciso da enfermeira.

- Com licença, estou indo.

A mulher passa por eles se recompondo, Luciana vai saindo quando Marcelo a segura pelo braço.

- Que seja a última vez que fez isso, ouviu bem.

- Doutor Marcelo.

- Não gosto deste tipo de atitude, não tolerarei a próxima, agora saia.

Luciana é solta e segue sem dizer nada, no primeiro postinho de enfermagem ela entra na saleta e ali na cadeira derruba suas lágrimas.

- Desgraçado, vai me pagar e caro, maldito.

Cristiano surge no corredor e para no postinho, Luciana ouve a voz do homem e sai.

- Doutor.

- Olá Luciana, pode me acompanhar e me ajudar com alguns prontuários?

- Sim doutor.

Luciana acompanha o médico até o consultório.

Elis ali sentada na praça com Glads, ele mexe nos cabelos dela, ela balbucia palavras para ele.

- Você é tão linda.

- Sabe, cada vez que diz isso, mais gosto de você.

Mais beijos até que o celular toca.

- É o Yuri.

- O que ele quer?

- Vou atender.

Elis atende a ligação.

- Oi.

- Oi, amiga, já que de agora em diante só podemos ser isso, amigos.

- O que quer?

- Te pedir desculpas, posso?

- Ainda não estou pronta para isso, por favor respeite o meu tempo.

- Olhe aqui sua mimada, eu não perdi esse jogo, você vai me pagar, descarada dos infernos.

- Adeus.

Ela desliga, deixara no viva voz e Glads ouvira tudo.

- Ele é louco.

- Que nem tente, vou estourar aquela cara de merda.

- Por favor Glads.

- Me desculpe.

Elis recebe mais beijos e termina por se aconchegar no peito do homem.

22112020.............…

15

Um mês se passou, Glads e Elis é só amor.

Entre bares, lanchonetes, parques, Glads já ensaia uma visita da mulher a sua casa.

- Sério, você quer que eu vá a sua casa, que lindo.

- Acho que sim.

- O que foi Glads?

- Elis, minha casa é bem humilde, já te disse sou pobre, bem pobre.

- Não me importo, eu te amo e quero sim conhecer a sua família.

- Eu já te disse tudo que você deve saber sobre a gente, quer mesmo ir?

- Sim.

- Te amo.

- Eu é que te amo e muito, amor.

Um beijo ali e eles andam pela praça, Elis agora é tomada pelo fato de ainda não ter tomado a decisão de falar com os pais sobre seu romance com Glads.

Renato, Sandra e Lei lavam louça no apartamento da moça, terminado ali, eles iniciam o trabalho escolar na sala, assunto é geografia.

- Nossa, maior saco fazer isso.

- O que foi Renato, não tá tão dificil assim.

Sandra entra.

- Pior vai ser o de matemática e o de fisica.

- O quê, ainda tem isso. Risos.

Levi sai do tapete e pega sua mochila no sofá, tira deste alguns manuscritos.

- O que é isso?

- Estou pensando em postar estes contos num concurso literário.

- O que, você escreve?

- Eu não havia dito a você não, Renato.

- Amor, Levi é um grande romancista, ama escrever. Diz Sandra para Renato.

- Também não é para tanto. Levi fica sem graça.

- Temos que brindar isso.

- O quê?

- Suco de manga.

- Apoio.

Eles saem da sala e seguem para a cozinha onde preparam o suco.

Ivo termina a lição de casa e pega seu celular, liga por diversas vezes a Levi e nada.

- Onde aquele traste esta, com certeza com aqueles dois imundiçentos.

Ele joga o celular no sofá e nisso o mesmo toca.

- Oi, Núbia, o que foi, sim estou sozinho aqui, o quê, me fazer uma visita, com uma amiga, demorou, vem logo, gata, beijos.

Ivo desliga e celular e corre para o banho e minutos depois ele de bermuda e camiseta, perfumado, arruma a sala.

Menos de 40 minutos, elas estão no apartamento dele.

- Nossa Ivo, tá muito limpo e arrumado isso aqui, o que foi hein, só por que viemos foi isso?

- Vocês sabem sempre fui muito limpo.

- Bem, isso é, não temos o que reclamar.

- E ai?

- Nós é que queremos saber, vai rolar o quê hein boy?

- O que quiserem, sou de vocês.

- Amamos.

As garotas abraçam a Ivo e ali o som é ligado e a coreografia sensual faz Ivo delirar ali, logo seguem para o quarto do rapaz.

Terminado o trabalho ou quase isso, Levi procura por algo na mochila.

- O que foi Levi?

- Meu celular, eu perdi.

- Perdeu?

- Acho que sim.

Renato pega o seu e dá a Levi que liga no seu numero, a funcionária da casa de Levi atende e ele fala com ela por alguns segundos e já desliga.

- Deixei no meu quarto, por sorte ela estava arrumando o lugar.

- Cara, você tão novo e já tão esquecido.

- Pois é.

- O bom é que o mala do seu amigo novo não nos atrapalhou.

- Verdade. Risos.

Vanderlei termina de atender um freguês, Jarbas entra ali na quitanda.

- E ai Vanderlei.

- Oi Jarbas, ficou perdido por aqui?

- Estou procurando a casa do Glads, preciso falar com ele.

- Nossa, é fácil, vem comigo vou te mostrar.

- Ótimo. Jarbas segue Vanderlei e nisso toca o celular do homem.

- Oi, Leticia, sim, estou indo, fique tranquila.

Jarbas desliga e diz a Vanderlei.

- Me desculpe Vanderlei, tenho que ir, surgiu algo para resolver.

- Entendo.

- Me faz um favor, entregue este bilhete a Glads.

- Sim, eu entrego me dê.

- Obrigado.

Jarbas sai e entra no carro, Vanderlei segue para o seu comércio.

Fuscão faz uso de mais uma carreirinha de droga, olha a foto na parede de seu quarto, logo batem a porta.

- O que foi?

- Podemos entrar?

- Entra, logo. Ali 3 rapazes de frente a ela.

- Vai, diz logo?

- Problema com a morango, esta causando de novo, no sinal.

- Deixe comigo, vou disso agora, afinal se depender de vocês tudo vai para o brejo, agora vão.

- Sim.

Ela sai dali, na parede a foto, de uma mulher bem diferente dela com duas crianças ao lado.

25112020.............…

Assim que Jarbas sai, Glads surge na rua, junto Arlete.

- Bom dia Glads, dona Arlete.

- Oi, bom dia seu Vanderlei.

Vanderlei entrega o bilhete para Glads, Arlete olha para o homem.

- Seu Vanderlei, aquela continha que eu te devo, amanhã eu irei.........

- Não se preocupe dona Arlete, seu filho já pagou.

- Pagou?

Arlete olha para Glads ali que lhe sorri.

- Olhe gente, vou ter de sair, preciso comprar algumas coisas e mandar lá para o clube.

- Pelo jeito, gostou muito do serviço hein?

- Serei sempre grato ao senhor, seu Vanderlei que Deus lhe abençõe e muito viu.

- Eu, nada, você que é um bom funcionário, qual empresa não gostaria de te-lo em seu quadro.

Arlete vibra ao ouvir aquilo do filho, Glads se despede, Arlete olha para Vanderlei.

- Seu Vanderlei, já que o meu filho pagou será que eu posso...........

- Lógico dona Arlete, ele já deixou tudo certo comigo, o que precisar é só vir.

- Muito obrigado seu Vanderlei.

- Vem dona Arlete, chegou umas frutas que só vendo de belezuras.

- Que bom, as crianças precisam de frutas e o velho também.

Arlete segue o homem para dentro do comércio, Lourival termina as suas obrigações no altar dos santos, uma criança chega a ele.

- Vô, estou com sede.

- Ficou maluco garoto, eu lá sou seu avô, vai e beba na torneira, se quiser, afinal quem cuida de vocês é a Arlete não eu, onde ela esta?

- Ela saiu vô.

- Logo ela vem, vai e beba na torneira.

Nisso surge ao lado do garoto um homem velho, barbas brancas e traz na mão um machadinho.

- Xangô, meu pai.

Lourival se apressa e atende o pedido do garoto lhe dando água gelada na cozinha, ainda em assombro ele olha da porta para o quintal, outras duas mulheres ali paradas ao lado do velho.

- Salve, Oxum e Iansã.

25112020.............

ricofog e IONE AZ
Enviado por ricofog em 26/11/2020
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