MAR DE AMOR III - PARTE 4

MAR DE AMOR III

PARTE IV

Quando chegou em casa à noite, Marcos não encontrou ninguém acordado. Entrou na sala silenciosa e sentiu vontade de ligar para Dione para marcar logo aquela conversa que precisava ter para resolver sua situação de vez com ela, com Sandra e até mesmo com Luciano.

Ele sabia que a moça chegava à noite em casa, pelo que ela contava para ele quando trabalharam juntos e arriscou. Aproveitando o silêncio da casa, pegou o telefone e discou, correndo o risco de falar com qualquer pessoa da família. Ouviu três toques e ia desistir pensando que não ia ser atendido por ninguém, mas de repente ouviu a voz de um rapaz:

- Alô?

- Alô, boa noite. É da casa Dione Garcia?

- Quem quer falar?

Marcos hesitou, mas perguntou:

- Ela está?

- Quem quer falar com ela, caramba?

- Marcos Bianchi.

Houve um curto silêncio e uma risada debochada do outro lado.

- Quem é?

- Marcos Bianchi, o cara que fez o comercial com ela. Eu precisava só falar um instantinho com a Dione.

- Você quer que eu acredite que é o Marcos Bianchi, da propaganda da Lunny’s que está ligando pra cá a essa hora da noite? – o rapaz debochou.

Nisso Dione apareceu na sala e ficou ouvindo a conversa.

- É o irmão dela que está falando? Felipe, não é?

- Como você sabe meu nome? Você não é o namorado dela, o Luciano, é?

- Não... Eu sou... irmão dele...

- Irmão? Poxa, então é você mesmo! Marcos Bianchi! É um prazer falar com você, cara! Desculpa o mal jeito...

Dione nem esperou que o irmão terminasse a frase. Aproximou-se e tirou o telefone de sua mão. Felipe se zangou.

- Ei! Eu queria falar mais um pouco com ele!

- O telefone era pra mim, era só me chamar, Felipe, ninguém merece! Vá pro seu quarto, anda!

- Você namora com um e o outro telefona pra você a essa hora da noite, é? Moderninha você, não, irmãzinha?

- Some daqui, Felipe!

Felipe saiu da sala fazendo troça com a irmã, jogando beijinhos para ela e cantando a música do comercial.

- “Eu me lembro de você, mesmo sem te conhecer...” Ui, Marcos ou Luciano, meu Deus! Que dúvida cruel!

Dione tampou o bocal do telefone para que Marcos não ouvisse as gracinhas do irmão, mas foi quase inútil. Ele ouviu quase tudo. Ela sentou-se no sofá e atendeu.

- Marcos?

- Oi, Dione. Ele sabe cantar a música direitinho, não?

- Desculpa o idiota do meu irmão. Ele é um sem noção mesmo. Como você está?

- Bem... Eu... queria marcar com você... Queria conversar.

- Conversar? Sobre?

- Sobre nós.

- Nós? Você está falando sério? Ainda existe “nós”? Pensei que isso já estivesse decidido quando você começou a namorar com a Sandra.

- Não namoro mais...

- Não? – ela perguntou, surpresa, e sorriu.

- Não. Eu te disse que ela sabe de tudo, mas... ela não quer mais... namorar comigo, se eu não a amo... como ela me ama.

- Ela é corajosa... ou boba. Começou a namorar você, sabendo que você gostava de mim e vai abrir mão de você, porque você gosta de mim... A gente já podia ter evitado tanto desencontro se você tivesse se decidido antes...

- Não é tão simples, Dione... e é por isso que eu preciso conversar com você.

- E o que eu faço como seu irmão?

- Nada... Ele não precisa saber que a gente vai conversar... sobre isso. A gente pode se encontrar na LPA. Eu marquei com eles de ir até lá decidir se eu ia mesmo gravar o comercial do refrigerante. Acho que posso ir lá amanhã, depois da faculdade.

- Eu vou até a LPA amanhã cedo. Vou gravar outro comercial também da Lunny’s.

- Outro? Com quem?

- Sozinha. Quer dizer, com outra garota, a Fabiana Rodrigues. Comercial de meias soquete. Eles estão com uma linha nova de meias muito bonitinhas.

- Hum... Legal... É a sua cara...

Dione se sentiu levemente rotulada e se ofendeu com o jeito dele falar.

- Marcos, não fala assim comigo! Não começa de novo!

- Mas eu não disse nada! Só disse... que o comercial combina... com você... com seu jeito de...

- De criança? Você me chamou de criança!?

- Não... Eu não quis dizer isso, desculpa. Só... – ele passou a mão pelos cabelos impaciente pelo que havia dito sem pensar -...me perdoa. Eu sou um idiota. Vamos conversar amanhã e tentar colocar um ponto final nesse pesadelo em que eu transformei a sua vida...

- Você quer mesmo isso? Não é perda de tempo?...

- Não! Amanhã! Vamos conversar amanhã, ok? Por favor. A gente pode jantar junto.

- Tá... Amanhã.

MAR DE AMOR III

PARTE IV

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

ALIMENTE A ALMA DE PAZ

E HAVERÁ SAÚDE PARA TODOS!

BOA TARDE!

PAZ E LUZ

Velucy
Enviado por Velucy em 26/11/2020
Reeditado em 16/09/2021
Código do texto: T7120975
Classificação de conteúdo: seguro
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