PROFUNDO 18 IND 16 ANOS

Elis termina o depoimento e Glads recebe um aviso para que não entre assim em uma confusão, o que só faz gerar um mau estar por parte dele e Elis, o pai de Yuri logo chega e contorna tudo do jeito que um politico e empresarial o faz.

A moça fica indignada com aquilo, logo Marcelo chega com Mafalda e ali ouvem tudo o que ocorrera, Glads é liberado porém percebe uma leve ameaça por parte de Yuri para com ele.

- Ainda nos veremos, seu qualquer.

- Quando quiser, seu moço mimado.

Marcelo agradece a Glads, porém fica um tanto confuso com a aparência do rapaz.

- Você tem algum parente, irmão?

- Não sr, sou filho único.

- Ah sim, muito obrigado pelo que fez a minha filha, serei grato pelo resto de minha vida.

- Obrigado sr.

- Doutor.

- A sim, doutor.

- Me desculpe, sou médico.

- Sim, doutor..........?

- Marcelo.

- Bem, eu vou indo então, doutor Marcelo.

Mafalda tenta pagar ao rapaz que não aceita, ao ver a hora no relógio da parede da delegacia, sai correndo, Elis vai atrás dele.

- Ei.

- Estou atrasado moça, tenho que trabalhar.

- Muito obrigada, de verdade, você me salvou.

- Não foi nada moça.

Elis lhe dá um bilhete.

- Pegue, meu número me ligue amanhã, quero falar com você, prometa.

- Sim, vou ligar, tchau.

- Tchau.

Glads corre e consegue num salto entrar no ônibus, já dentro ele segura o bilhete e guarda no bolso da calça.

Jarbas termina o amor com Fuscão e joga as roupas da mulher para ela.

- O que foi?

- Tem de ir.

- Por quê?

- Só vai, logo.

- Tudo bem.

Fuscão se veste e sai da sala, ele termina de se vestir e logo a porta é aberta.

- Nossa Jarbas, sua sala esta numa fedentina hein.

- Me desculpe.

- Também esperar o quê de um ambiente masculino.

Leticia borrifa o seu perfume ali.

- Prepare tudo para mais tarde.

- Sim senhora.

- Rainha, Jarbas.

- Me desculpe, rainha.

Leticia sai e no corredor vê Fuscão com as 4 novatas.

- Você é a cafetina delas?

- O que quer?

- Veja como fala comigo, sou a dona daqui, sabia?

- Sei, você é a tal Leticia.

- Rainha pra você também, ouviu bem.

- Bem que ouço, só tem louco nesse mundo.

- O que foi?

- Nada, já estou indo.

- Se cuida gata.

- O quê?

- Estou começando a entender o que o meu Jarbas viu em você.

- Seu Jarbas?

- Vai logo, vadia.

- Fui.

Marcelo chega junto de Mafalda e Elis na casa, Mafalda sobe com a filha para o quarto, Elis passara mau no percurso de volta, Marcelo ali na sala é servido com uma dose de ginn por Regiani.

- Aqui seu Marcelo.

- Obrigado.

- Me desculpe, doutor.

- Já nem me importo tanto, afinal você sempre insistiu em me chamar de seu.

- Doutor Marcelo.

- Mais me diz, e as coisas como estão?

- Tudo bem, graças a Deus, a patroa se tornou uma mulher de fibra.

- Bom para ela, para todos.

- Me desculpe doutor.

- Te conheço Regiani, sei que não disse por mau.

- Sim doutor.

Mafalda desce e Marcelo sai do sofá.

- Ela adormeceu.

- Bom, quer que eu receite um calmante leve para ela?

- Acho melhor não, deixe-a sofrer um pouco, fará bem.

- Mafalda, que mulher esta ai contigo?

- Verdade, eu sei por experiência própria, há momentos que precisamos confrontar os sentimentos de forma mais clara, a limpo mesmo.

- Ela é muito jovem para isso.

- Por isso mesmo, tendo essa atitude agora, tudo para ela será melhor no futuro.

- Em que você esta se tornando?

- Numa mulher que tem uma vida e filhos para cuidar.

- Posso ainda te ajudar?

- Sempre o fez, agora separados.

- Que bom Mafalda, você é formidável, não me arrependo de te-la como minha mulher por tantos anos.

- Até que se cansou.

- E o Renato?

- Deve estar junto de Levi.

- E vocês?

- Estamos bem.

- Que bom para você.

- Bem, acho que vou subir.

- Eu vou embora.

- Mais já?

- Sim. Nisso toca o celular de Marcelo.

- Atenda, com certeza é a sua namorada.

- Sim, tchau Mafalda.

- Tchau.

Marcelo sai da casa e entra no carro que pedira por aplicativo.

Levi chega na sorveteria um pouco depois do combinado.

- Pensei que não viesse.

- Deixe de besteira, falei que viria.

- Amor.

- Pare com isso Ivo ou irei embora agora mesmo.

- Tudo bem.

Ivo senta perto de Levi e tenta pegar na mão do rapaz, sem sucesso.

- E então?

- Vamos tomar um sorvete?

- Sim.

Glads chega atrasado no clube, Gil dissera aos seguranças que assim que o funcionário para que fosse a sua sala.

- O senhor quer falar comigo?

- Por que se atrasou, isso aqui é trabalho não recreação.

- Tive alguns problemas no caminho, me desculpe sr.

- Olhe rapaz tive que demitir um bom funcionário para ficar contigo, não me apronte dessas, ouviu bem.

- Me desculpe senhor Gilmar é que.............

- Não me importo com a sua vida lá fora, só seja profissional aqui, esta entendendo.

- Me desculpe.

Gilmar aumenta o tom de sua voz ali na sala, Jarbas entra.

- O que esta acontecendo aqui?

- Seu protegido chegando tarde no serviço, só isso Jarbas.

- Pode ir trabalhar Glads.

- Me desculpe sr Jarbas é que...........

- Pode ir, por favor.

Glads sai e ao bater a porta Jarbas tem o pescoço de Gil na navalha que traz na mão.

- Nunca mais trate ele ou qualquer outro funcionário assim, ninguém é bicho ou escravo seu, esta ouvindo bem?

- Me ouça, não posso deixar que vire hábito isso, a Leticia não vai gostar e.........

- Com ela eu converso, agora entenda de uma vez, respeite mais as pessoas.

- Sim.

- Agora cuide das suas coisas.

Jarbas solta Gil que puxa o ar e assim que o motorista deixa o local.

- Pau mandado.

Leticia sai de um pequeno anexo ali.

- O que foi isso Gil, quer dizer que meus cavaleiros não estão se entendendo, é isso?

- Leticia.

- Rainha pra você, rainha.

- Rainha.

- Não quero você criando caso para com Jarbas, ele é de minha extrema confiança.

- E eu?

- Por que te deixei no comando do clube, pare de ser infantil e cresça, agora me faça um favor.

- O quê?

- Investigue melhor este garçom.

- Por quê?

- Sinto que teremos grandes surpresas vindas dele.

- Como assim?

- Só faça, quero tudo para ontem.

- Sim, rainha.

Lourival termina a sopa de legumes com carne.

- Estava horrível.

- Imagina se estivesse boa, foram mesmo 4 vezes.

- E ai, estava com fome.

- Quando não esta.

- O que foi Arlete, esta bem graciosa hoje, hein?

- Acho que vou ligar para a Lú.

- Não, deixe ela em paz, afinal os tempos dessa paz que ela acha que vive estão contados, dias de guerra se aproxima para ela e para mais gente por aqui.

- Por que diz isso?

- Faz um favor, vá procurar pulgas nos cachorros da rua, vai.

- Credo vô.

- Vai.

Arlete termina a sopa e retira a louça da mesa, as crianças brincam no quarto, até Lourival gritar pelo silêncio.

18112020.............

A madrugada indo e o amanhecer dando as caras, Glads sai do clube, recebera o pagamento de sua quinzena, ele segue por alguns metros até o ponto, logo o ônibus para e ele entra, Gilmar segue de táxi o veiculo.

O ônibus faz diversas paradas até que Glads desce num ponto, entra em um bar, bebe café com leite e come pão na chapa, compra alguns pães e leva outros produtos, saindo dali segue para sua casa.

- Para quê tantos pães, será que ele faz doações?

Pergunta Gil, o motorista tenta saber, Gil pede desculpas dizendo só estar pensando alto, ele desce do carro e segue de longe o rapaz.

Glads entra em sua casa e Gil tira fotografias dali.

- Bom dia.

- Oi filho, você chegou?

- Mãe, você esta bem hoje?

- Estou sim.

- Olhe trouxe um pouco de pães para todo mundo e alguns produtos também, são lá do bar do seu Ângelo.

- Obrigado filho, as crianças ainda estão dormindo, elas vão amar.

- Acho que vou dormir também, mãe estou morrendo de sono.

- Vai sim, hoje você vai trabalhar no mesmo horário?

- Não, hoje eu entro lá pelas dez da noite.

- Então faça o seguinte, tome um banho e depois venha tomar um bom café, daí você vai dormir tranquilamente.

- Sim mãe.

Glads vai até a porta para fecha-la e vê Gil ali na rua.

- Bom dia sr Gil, esta perdido aqui no bairro?

- Oi Glads, vim ver se achava a casa de um conhecido, acho que me perdi.

- Entre, venha conhecer então a minha casa, seja a casa onde moro.

- Não vou atrapalhar, logo cedo, você acabou de chegar?

- Não, entre homem, aqui a gente não tem disso, só não ligue para a simplicidade, mais é tudo bem limpo viu.

- Obrigado, vou entrar.

Glads vai ao portão e abre, Gil entra ali, Arlete vem a eles com seu carrinho de recolher reciclados.

- Bom dia.

- Bom dia.

Glads diz.

- Esta é a minha mãe, dona Arlete.

- Prazer dona Arlete, sou Gilmar, gerente do clube.

- Meu Deus, filho por que não me disse que seu patrão viria, teria arrumado melhor as coisas, mais entre, por favor.

- Obrigado.

- Entre.

- Me desculpe senhora, só acho que me perdi, realmente acho que até o endereço não seja neste bairro, eu e minha idade.

- Só me dizer quem o senhor procura, eu conheço todo mundo por aqui e pelas beiras daqui, conheço mesmo?

- Acho que não, ele se mudou há pouco, vou ser sincero, eu errei mesmo a rua e o bairro, estou me lembrando agora.

- Acontece, acredite, acontece mesmo.

Lourival diz vindo a eles ali.

- Oi, sou Lourival.

- Bom dia seu Lourival, sou.........

- Gilmar, eu ouvi do meu quarto, de lá eu ouço quase tudo.

Arlete e Glads ficam um tanto sem graça diante a fala de Lourival.

- Vô eu trouxe pães.

- Sei, eu ouvi isso também, vem comigo sr Gilmar, vamos tomar um bom café e prosear um pouco, o que acha?

- Acho melhor eu ir, afinal vocês tem suas coisas a fazer e.........

- Não faça cerimônias, você já é praticamente de casa, eu digo isso, agora vem por favor, quero lhe falar um pouco.

Gilmar vai até Lourival e ambos seguem para a cozinha, Arlete serve café para eles, o velho faz sinal e ela sai, Glads fora tomar banho.

- Sr Lourival, o café de vocês é muito bom.

- O que quer vindo atrás do meu neto?

- Como assim?

- Olhe, eu sou velho e já vi e vivi muito e sei de muitas coisas, qualquer velho sabe mais, o sr estava seguindo o Glads.

- Como senhor?

- Pare, não sou bobo, quanto aos que o sr já enganou e ajudou a destruir suas vidas.

- Por que diz isso, sr Lourival?

- Pode me chamar só de Lourival.

- Sei..........

- Já fez contas do peso das mortes que seu produtos e suas vendas causaram?

- O que sabe sobre mim, Lourival?

- Sei quase que o mesmo de nada, também fiz coisas bem erradas, ajudei a destruir e fui destruido também.

- O sr não pode me dizer isso assim, sem me conhecer seu Lourival.

- Deixe o garoto, ele é bom, bom demais pra você e suas maldades, ele não vai te prejudicar em nada, acredite, a vida te faz rodar sem parar até que antes de cair enlouquecido reveja o que fez e quem sabe, conserte algumas coisas, o que ainda possa ser consertado, pense nisso senhor Gilmar.

- Ainda não entendo.

- Tenha calma, pense bem, vale mesmo a pena perseguir um pobre rapaz que a única coisa que quer é trabalhar e ajudar no sustento deste velho aqui na sua frente?

- Acho melhor eu ir.

- Nisso concordamos, não tenho mais o que te dizer, agora reflita no caminho de volta, obrigado sr Gilmar.

Gilmar não termina o seu café, sai dali cabisbaixo e logo o carro para e ele entra.

- Cadê o sr Gil, vô?

- Teve que ir, ligaram para ele, com certeza lá do clube, eu acho.

- Deve ser mesmo, ele é muito ocupado vô, trabalha demais, nem sei como arrumou tempo para procurar esse tal amigo dele.

- Pois é filho, os homens são capazes de quase tudo nessa vida.

- Por que diz isso vô?

- Vamos tomar café?

- Sim, vamos.

21112020.................…

Elis desce para a cozinha, toma café, Regiane serve para ela, Renato e Hellen chegam ali.

- Bom dia.

- Bom dia.

Após o café, Elis sai com Hellen para o parque do condomínio, ali brincam um pouco, ela recebera 3 dias do hospital para descanso.

ricofog e IONE AZ
Enviado por ricofog em 22/11/2020
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