MAR DE AMOR II - PARTE 20
MAR DE AMOR II
PARTE XX
Rosana foi até a cozinha pegar dois copos e serviu-se e ao filho com um copo grande do suco. Tomou e suspirou, lambendo os lábios.
- Hum... Que delícia! Receita sua, filhote?
- Não e sim. Não tem mistério nesse suco. Só misturar coisas que eu gosto muito e a magia acontece, ele disse, bebendo de seu copo. – Você não vai ligar pro Gilberto, mãe?
- Ele espera... ela disse, tomando mais um pouco do suco. – Vou usufruir dessa delícia primeiro. Mara, está divino!
Mara e Marcos sorriram um para o outro.
Rosana passou aquela tarde de domingo com os filhos, Mara e Thereza, e até se esqueceu de avisar Gilberto que iria dormir ali. Quando se lembrou já eram quase seis da tarde.
O telefone tocou e Marcos atendeu.
- Pronto?
- É da casa do Breno Bianchi? – perguntou uma voz masculina.
- Quem quer falar?
- Gilberto Leme, é da casa dele? Se for, minha mulher está aí. Posso falar com ela?
Marcos ficou em silêncio por um momento e disse:
- Oi, Gilberto.
- Quem está falando? É o Breno?
- Não, é o filho da Rosana, Marcos Bianchi. Tudo bem?
Gilberto silenciou do outro lado da linha, mas respondeu:
- Oi, Marcos. Pareceu a voz do Breno... Você cresceu, hein, cara!
- O que você manda?
- Sua mãe está aí?
- Está... Está com o Luciano, a minha tia e a Thereza, nossa amiga no quarto...
- Eu posso falar com ela?... Queria... só saber se ela vai voltar logo. Já era pra gente ter voltado pro Rio e... ela não ligou pra dizer se já tinha resolvido... o problema...
- Você tem algo importante pra fazer lá?
- É, eu... vim pra fazer companhia pra ela, pensando que fosse coisa rápida... tenho trabalho lá que não pode esperar...
- Acho que ela vai dormir aqui com a gente, hoje. Se você quiser voltar pro Rio...
- Ela vai dormir aí?!
- Acho que sim, algum problema?
- Não... Só que... O que é que ficou resolvido? O Luciano não vem com a gente?
- Hoje não.
- Ele não gosta mesmo de mim, não? Seu irmão está fazendo essa guerra toda por minha causa, não é?
- A coisa é bem mais complicada do que você está colocando, cara. A “guerra” dele, como você diz, não é com você especificamente. É com...
- A minha idade... não é?
Marcos não respondeu.
- Eu não tenho culpa, Marcos, se me apaixonei pela sua mãe e sou tão mais jovem que ela. O amor não tem essas limitações de idade, cara, você deve entender isso.
Marcos pensou em sua situação em relação a Dione e respondeu:
- Eu entendo... Você nem imagina como eu entendo, Gilberto, mas... na cabeça do meu irmão, você não é só cinco ou oito anos mais novo que minha mãe. Você tem idade pra ser filho dela!
- Eu não tenho culpa disso, cara! E nosso relacionamento não começou ontem. A gente começou a se perceber há muito tempo... depois que ela se separou do seu pai! Não começamos isso de uma hora pra outra. Eu já gosto dela há muito tempo! Não me aproximei antes por respeito a vocês todos! Eu não sou tão imaturo assim!
- Você tinha vinte anos quando ela se separou do meu pai! Como pode dizer que isso começou naquele tempo?
- Sua mãe sempre foi uma mulher muito bonita e eu já admirava muito ela... há muito tempo.
- Admiração é uma coisa. Eu admiro muitas mulheres mais velhas do que eu, agora... a querer dividir uma cama com elas é bem, bem, bem diferente, não concorda?
- Olha, Marcos, não vou ficar discutindo isso com você por telefone. Eu queria estar aí com você pra participar dessa discussão e poder me defender, mas...
- Mas não está e não estava. Deixa o Luciano e meus pais conversarem mais um pouco. Tenha um pouco mais de paciência. Você entrou na nossa vida ontem. Pode esperar mais um pouco. Se você quiser, volta pro Rio sozinho, resolva seus problemas por lá e amanhã... minha mãe volta pra lá com ou sem o meu irmão e você conversam melhor.
- Eu não posso falar com ela?
Marcos ouviu os risos de todos conversando descontraídos no quarto e decidiu:
- Eu não quero ser chato, mas não vou tirar minha mãe do papo que ela está tendo com o Lu agora. Ele estava morrendo de saudade de momentos assim e eu acho judiação interromper a felicidade dele.
- O Luciano fugiu desses momentos de felicidade quando foi praí, Marcos! Ele sempre teve sua mãe todinha pra ele morando aqui.
- Até você chegar e se meter entre os dois e começar a dividir ela com ele.
Gilberto ficou em silêncio. Marcos não deixava de ter razão.
- Posso te perguntar uma coisa pessoal? – ele perguntou.
- Que é?
- Você pretende mesmo se casar com a minha mãe?
- Claro...
- E pretende ter filhos com ela se isso acontecer?
MAR DE AMOR II
PARTE 20
20 DE NOVEMBRO - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
VIDAS NEGRAS, BRANCAS, PARDAS, AMARELAS, VERMELHAS...
DE TODAS AS CORES
VIDAS IMPORTAM!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
ALIMENTE A ALMA DE PAZ...
E HAVERÁ MUITA SAÚDE A TODOS!
BOM DIA!
PAZ E BEM