PROFUNDO 15 IND 16 ANOS
Luciana termina de fazer um curativo em uma paciente considerada do hospital, devido a isso e a ter feitos sultuozas doações ao hospital, tem alguns previlegios dentro do lugar inclusive um tratamento para lá de especial.
- Obrigada Lú.
- Oras, dona Tereza sabe que aqui sempre terás o melhor.
- Fico agradecida.
- Nós é que lhe agradecemos de coração.
Tereza sai, Lú faz a limpeza da mesa e vê uma pulseira de ouro ali ao canto, ela pega e log sai a procura da paciente.
- Dona Tereza.
- Oi Lú.
- Sua pulseira.
- Nossa, deve ter caído do meu pulso, com certeza o fecho esta danificado.
- Aqui.
- Obrigada, como sempre você é uma super profissional.
- Nada d. Tereza.
- Pegue, isso é para você.
- Não d. Tereza, não posso aceitar.
- Fique, estou lhe dando, afinal nos conhecemos há tantos anos.
- Se é assim, tudo bem, obrigada.
Luciana guarda a quantia no bolso e Tereza segue para a área externa onde seu motorista a aguarda.
O celular de Lu toca neste instante.
- Oi, sim, tudo bem, Arlete, vocês estão bem, estão melhorando, que bom, fico feliz, sim eu irei, sozinha, por que, tá, tudo bem, tchau.
Lu desliga e ao virar o corredor, Cristiano a aguarda com um bombom.
- Para você.
- O que foi?
- Nossa, sempre alerta para comigo.
- Sei que quer saber algo.
- Tá tudo certo, e ai sua paciente, já arrumou um marido?
- Sabia, você não muda doutor, como sempre querendo se arrumar mais ainda.
- O que foi Luciana, sempre fomos assim, relacionamento aberto, esqueceu desse detalhe.
- Pra você deve ser, por que para mim, nunca foi.
- Só falta isso, vai chorar.
- Tenho coisas para fazer, com licença, quanto a Tereza, acho que esta sozinha, boa caça.
- Obrigado Luciana.
Cristiano sai para seu consultório.
Nalva termina de guardar os legumes e frutas no refrigerador quando toca seu celular.
- Nalva.
- Oi dr Arnaldo, que bom que ligou.
- Você esta bem, sua voz esta um pouco rouca.
- Estou sim, deve ser por que o refrigerador esta aberto aqui na minha frente.
- Tenha cuidado, não pegue um resfriado.
- Vou tomar doutor, então o que aconteceu?
- Ah, sim desculpe, te liguei para saber se quer jantar comigo?
- Hoje?
- Sim, por que, tem algum compromisso?
- Não, a que horas?
- Ás 8.
- Tudo bem, estarei no aguardo.
- Olhe.
- O quê?
- Te amo.
- Doutor. Risos.
Nalva desliga, nisso Danielle entra ali.
- Nalva, esta com uma cara de quem viu algo bom hein.
- Vi não, eu ouvi.
- Nalva. Só então Nalva percebe a presença de Dani ali.
- Ai meu Deus, que vergonha.
- Pare com isso mulher, vai diz logo, o que aconteceu, pelo jeito foi algo muito bom.
- O doutor Arnaldo acabou de me convidar para um jantar com ele.
- Finalmente, te falei Nalva, esse doutor já é seu amiga. Risos.
- Nossa patroa, o que eu vou fazer agora?
- Para inicio vai deixar tudo isso para uma das empregadas, agora vem comigo, afinal somos amigas.
- Dona Dani.
- Vem logo.
Nalva acompanha Dani até o carro e elas entram, minutos depois ambas estão em um bom salão de beleza, Nalva recebe um tratamento completo nos cabelos, unhas, pele.
- E então?
- Dona Dani eu nunca me senti assim, linda.
- Você sempre foi assim, linda Nalva. Risos.
Simone recebe uma ligação e passa alguns trabalhos para uma das funcionárias da boutique logo saindo, no caminho liga para Hércules e segue até o canteiro de obras do futuro frigorífico.
Ao descer, é recepcionada por dois engenheiros e Marcelo já esta ali com eles.
- Marcelo.
- Simone.
Um dos engenheiros os direciona, no escritório de uma das gatas, firmas menores responsáveis pela mão de obra, eles averiguam dados, documentos e prospectos, calendários e cronograma da obra, após isso assinam em conjunto diversas liberações e ordens de pagamentos.
- Muito obrigado senhor e senhora.
- Não imaginava que estava já tão adiantado tudo isso.
- Conseguimos bons parceiros de grandes empreiteiras.
- Estou vendo esta ficando lindo.
Em um jipe eles dão um tour pelo canteiro e Simone filma todo o percursso, Marcelo fica mais fascinado com a beleza da mulher do que com a obra realizada ali.
Luciana sai do táxi ali frente a casa, Arlete a espera no portão.
- Você veio irmã.
- Lógico, o que o velho quer?
- Ele esta lá nos fundos naquele quartinho só dele, você sabe bem qual, me dá arrepios mana.
- Aquele quartinho?
- Sim.
Luciana segue com a irmã até a porta do quarto.
- Pode ir Arlete, meu assunto é somente com sua irmã.
- Tudo bem. Arlete sai deixando Luciana entrar sozinha, ali no quarto, um cômodo avulso a casa aos fundos do quintal, velas, guias, santos e orixás, Lourival termina de firmar um ponto ali acende um cigarro que ele consome rapidamente e assim acende um charuto, em vestes de branco e vermelho e chapéu panamá branco na cabeça.
- Você veio né filha.
- Vejo que não largou isso tudo, velho safado sempre nos enganando.
- Olha bem o que vai falar, afinal foi minhas forças com as luzes que me acompanham, meus queridos, seres de luz que você conseguiu ficar onde esta, sem contar em se safar na época que fez aquilo, sabe muito bem do que digo.
- Sei que me chamou e se chamou é por que algo muito importante vai acontecer.
- Eu não pressinto, eu vejo.
- O que foi?
- Faça antes o que tem de ser feito, quando se chega a casa de alguém, um idoso uma autoridade, preste reverência.
Luciana tira seu calçado e de joelhos faz reverência ao altar e as santidades.
- Agora beba um pouco disso.
Lourival lhe dá um chá amargo, Lu bebe o mesmo sem reclamar.
- Pronto.
- Não precisa ter pressa, hoje é eles que querem te dizer algumas coisas, um papo contigo, cachorra.
- Sobre?
- Você sabe que aquele doutor não é e nem vai ser seu por completo?
- Isso eu sempre soube.
- Tá vendo, cadela de rua, sabe das coisas muito antes que as da casa fechada no quintal. Lourival ri disso.
- Me respeite velho.
- Eu vi, quando o cumprimentei, ele vai se envolver com outra, vai te usar para conseguir isso, mais você bem que sabe.
- Aquele canalha, eu sabia.
- Fique tranquila, o ajude, ele não vai te deixar na mão por completo.
- Como assim?
- O que você mais quer dele, vai ganhar.
- O amor dele, jamais, você mesmo acabou de dizer.
- Pare tranqueira, ele e você são da mesma laia, nunca ficariam juntos, do jeito que você quer, não, mais vão continuar nesse chove e molha por mais algum tempo.
- Depois, ele vai me deixar?
- Você sabe que sim, afinal você nunca teve e não terá até onde vejo o que ele mais almeja.
- O que eu faço?
- Já te disse, seja desse jeito que esta sendo, vai conseguir o seu teto em definitivo.
- Então é isso, ele finalmente vai me dar o apartamento.
- É tudo o que quer dele, fique feliz, afinal você sabe que não merece nada, bandida.
- Me respeite velho estúpido.
Lourival tira do pescoço algumas correntes de contas e joga no altar, após 3 rodopios ele diz.
- Certas verdades tem de vir á tona.
- O quê?
- Você sempre soube, uma hora o encoberto sai para a luz.
- Não me diga que...........
O velho olha para ela com olhos fixos, ela percebe que Lourival esta fora do corpo agora esta sendo regido por um guia espiritual.
11112020...........