MAR DE AMOR II - PARTE 5
MAR DE AMOR II
PARTE V
Mara e Thereza deixaram Luciano e Dione sozinhos na sala com a desculpa de irem fazer alguma coisa para o café da tarde na cozinha.
- Minha tia gostou de você, Luciano falou, tocando o queixo dela.
- Também gostei dela. E a dona Thereza parece ser uma mãezona pra todo mundo aqui, não é?
- E é! Ela trabalha pro meu tio desde que ele se casou com a tia Mara, há cinco anos. Depois o papai e o Marcos vieram do Rio e a família começou a comer inteira na mão dela, com exceção de mim e da minha mãe. Mas eu gosto um bocado da Theca. Toda vez que eu vinha pra cá nas férias, ela me tratava feito filho e trata até hoje. É mais carinhosa comigo que minha mãe mesmo.
- E sua mãe, por que não vem pra cá, já que você também está aqui? Quero dizer, ela podia morar em São Paulo também...
O rosto dele mudou.
- Ela não quer morar aqui. Gosta demais do Rio de Janeiro. Eu também não quero que ela venha.
- Por que não?
- É uma longa estória que eu não estou muito a fim de contar pra você agora, Didi. Não quero estragar nossa noite. Estou muito feliz.
Ele a beijou apaixonado. Marcos viu o beijo da porta do quarto e sentiu o peito doer de ciúme. Entrou no banheiro e tomou um longo banho, tentando esfriar a cabeça. Saiu, trocou-se com a melhor roupa que conseguiu encontrar e diante do espelho, ajeitou os cabelos. Olhou o próprio reflexo por alguns segundos, respirou fundo e jurou a si mesmo que daria a volta por cima naquela noite. Pensou consigo mesmo:
- “É só uma menininha que não sabe o que quer, cara. Você já tem vinte e dois anos. Não daria certo.”
Apanhou a jaqueta e saiu do quarto. Dione estava sozinha na sala e ele colocou a jaqueta numa poltrona.
- Cadê o Luciano?
- Foi pegar o álbum de casamento da sua tia pra mostrar a mãe de vocês.
- Ah...
- Você está lindo!
Ele sorriu sutilmente.
- Obrigado.
Dione ajeitou a bolsinha de mão sobre o colo e, séria, falou:
- Eu tinha tanta coisa pra te falar, hoje de manhã...
Luciano entrou na sala com os álbuns de fotografia e sentou-se junto dela novamente. Olhou para o irmão e elogiou:
- Opa! Está gato hein, cara? Caprichou! Você vai fechar o trânsito, hoje, meu! A Sandra vai gostar!
- Não amola. Vou ver se a Thereza e a Mara já aprontaram o café.
- Legal, vai lá.
Luciano abriu um dos álbuns numa página pré-marcada e apontou para Rosana.
- Minha mãe é essa aqui, Di.
- Ela é bonita... ela disse, sem nenhum entusiasmo na voz.
Nunca conseguia falar com Marcos o que tinha vontade.
Ao entrar na cozinha, Marcos apoiou-se numa cadeira e desabafou para si mesmo:
- Meu Deus...
Thereza, sentada na mesa, perguntou, vendo seu desespero:
- Quem foi que inventou esse passeio?
- Ele...
- E você aceitou, filho?
- Dizer não como, Theca? Dar que desculpa?
- Era só dizer que vai estudar, que vai dormir cedo! Desculpa é o que não falta!
- Agora já era.
- Esse namoro com essa Sandra, é coisa séria?
- É... ele disse, encolhendo os ombros. – Mas ela sabe que... Não estou enganando ninguém, Thereza. Ela sabe de tudo.
- Deve ser uma santa, coitada! Vai ser uma excelente dentista.
Ele riu.
- Chame os dois. O café vai ser servido aqui na cozinha.
- Chama você, ele disse, sentando-se à mesa, começando a servir-se.
Thereza balançou a cabeça, sorrindo, dizendo:
- Só estando viva pra ver isso!... Tenho vontade de bater em você. Pena que meu metro e sessenta não alcança seu metro e 83!
- Você alcança a parte onde pode bater...
- Queria te dar um soco nesse rosto lindo!
Ele riu, apanhando um pãozinho e colocando manteiga nele.
E ela foi chamar os jovens.
MAR DE AMOR
PARTE V
SONHAR É DE GRAÇA
A IMAGINAÇÃO DEVE REGER NOSSOS SONHOS
PRA ISSO DEUS NOS FEZ CABEÇAS PENSANTES
OBRIGADA PELA COMPANHIA!
BONS PENSAMENTOS NOS ACOMPANHEM!
DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!
PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...
ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!
BOA TARDE!
PAZ E BEM