MAR DE AMOR - PARTE 32

MAR DE AMOR

PARTE XXXII

Na casa dos Bianchi, o telefone tocou e Mara gritou da cozinha:

- Atende aí, Marcos! Estou com as mãos sujas de molho!

- Vou quebrar teu galho, ele brincou, deixando os livros no quarto e indo até o telefone na sala. - Alô, Studios Abbey Road, quem quer falar?

- Marcos Roberto, me chama seu irmão!

A voz esganiçada no ouvido dele era inconfundível.

- Mãe?...

- Sou eu mesmo e quero falar com aquele irresponsável já!

A frieza da mãe o deixou sem ação.

- Ele... não está...

- E por que ninguém me avisou que ele estava aí? Há uma semana que eu ando atrás dele! Sumiu de casa sem dizer nada! Por que seu pai não me ligou dizendo que ele estava aí!? Afinal de contas, eu ainda sou a mãe dele e quem o sustenta desde os treze anos!

- Ninguém aqui pensou que você estivesse procurando por ele, mãe.

- O Breno fez de propósito! Ele quer pisar em mim outra vez, como fez quando me tirou você! Isso não se faz! Ele não vai tirar o Luciano de mim também!

- Mãe... o pai não tem nada a ver com isso. O Luciano veio pra cá porque quis. E por sua causa mesmo, pelo que ele mesmo contou.

Mara apareceu na sala e ficou ouvindo tudo, com um pano de prato enxugando as mãos.

- Por minha causa? E o que foi que eu fiz?

Marcos se sentou no braço do sofá.

- Ele disse... que você... vai casar com o Gilberto, amigo dele.

Rosana fez silêncio no outro lado da linha, e ele perguntou:

- É mentira, mãe?

- Eu tenho culpa se me apaixonei por ele e ele por mim?

Marcos respirou fundo, fechou os olhos e conseguiu dizer:

- Mãe, o cara tem a minha idade!

- Eu não vou discutir isso com você por telefone, Marcos. Você já é adulto e deve entender como essas coisas acontecem. Quero meu filho de volta em casa até domingo, ou eu vou até aí buscá-lo na marra.

- Ele já disse que não vai. E eu vou ficar do lado dele, mesmo que o papai esteja de acordo com você.

- Você não decide nada. Ele é meu filho e é menor de vinte e um. Seu pai tem você aí. Eu não tenho ninguém e o Luciano foi a única coisa que me sobrou daquele malfadado casamento.

- Você tem o Gilberto... quase a mesma coisa...

Rosana fez silêncio novamente e em seguida desligou o telefone. Marcos ainda ficou com o aparelho junto do ouvido por algum tempo, pensativo, e de repente começou a sentir revolta pelo comportamento da mãe. Colocou o telefone no gancho lentamente e respirou fundo.

- Era ela? – perguntou Mara.

- Minha mãe...

- Nossa! Fazia tempo que ela não ligava. Falaram pouco.

- Ela queria saber do Luciano. Quer que ele volte.

- Ah, estava demorando. Como mãe, eu também ia querer meu filho de volta.

- Mãe de quem, Mara? – ele perguntou, sorrindo.

- Ah... Se eu tivesse um filho, oras! Chato!

Ela voltou para a cozinha. Marcos riu, voltando aos livros.

Breno entrou pouco depois, chegando do consultório. Entrou no quarto e colocou a valise sobre a cama.

- Boa noite, filho.

- Oi, pai.

Breno aproximou-se dele e puxou uma cadeira giratória, sentando-se ao seu lado.

- Estudando?

- É.

- Bons tempos aqueles... Você leva mais jeito do que eu. Já te vi acordado às três da manhã em cima desses livros...

- Eu não teria essas olheiras charmosas que nem maquiagem tira se não fizesse isso.

Breno riu.

- Eu bobeei um pouco no primeiro ano. Quase não termino... Depois do terceiro é que comecei a criar juízo. Não me arrependo.

Marcos aproveitou que o pai parecia estar de bom humor para falar do telefonema da mãe. Colocou a caneta sobre o caderno e voltou-se para ele.

- Tenho um negócio chato pra te contar, pai.

- O quê?

- A mamãe ligou...

O rosto de Breno se fechou.

MAR DE AMOR

PARTE 32

SONHAR É DE GRAÇA

A IMAGINAÇÃO DEVE REGER NOSSOS SONHOS

PRA ISSO DEUS NOS FEZ CABEÇAS PENSANTES

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

BONS PENSAMENTOS NOS ACOMPANHEM!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...

ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!

BOA TARDE!

PAZ E BEM

Velucy
Enviado por Velucy em 06/11/2020
Código do texto: T7105274
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.