MAR DE AMOR - PARTE 28
MAR DE AMOR
PARTE XXVIII
Sandra ficou em silêncio, enquanto lágrimas calmas caiam por seu rosto.
- Você quer esquecer?
- Não sei...
- Já é um bom passo pra não esquecer nunca. A dúvida. A incerteza.
- Essas coisas não são assim, Sandra. Não é só dizer; “Vou esquecer” e pronto.
- Eu sei, mas se você acha que não pode ficar com ela, podia começar a tentar, não é?
- Como?
Sandra abriu os braços e sorriu.
- Estou a sua disposição. Quer namorar comigo?
Ele sorriu e deitou-se novamente ao lado dela.
- Eu não posso. Não seria justo com você.
- Eu digo o que seria ou não seria justo, Marcos. Não é justo ela te deixar chupando o dedo. Nós dois podemos dar a volta por cima.
- Ela não me deixou chupando o dedo. Ela nem sabe que eu gosto dela...
- Trocou você pelo seu irmão, dá no mesmo.
- Você está transformando a garota em uma bruxa.
- Já imaginou ela de chapéu de ponta fina, berruga no nariz e toda vestida de preto?
Ele fechou os olhos e imaginou.
- Ficaria linda...
Sandra bateu nele com a ponta do lençol. Marcos riu. Ela acariciou o rosto dele com as pontas dos dedos e o beijou de novo devagar com pequenos beijos.
- Deixa eu te ajudar a esquecer essa garota, Marcos.
- Não quero te usar.
- Não vou ser usada. Eu sei que tem alguém nesse coração que não sou eu, mas... eu quero te usar... posso. Já vi que vale a pena.
Ele sorriu e balançou a cabeça, confirmando. O rosto dela se iluminou num sorriso e ela o abraçou, dizendo baixinho.
- Ganhei o gato da Lunny’s!
- Se você repetir isso eu vou embora agora! – ele disse rindo.
- Não, não, não, estou brincando!!
Quando Marcos chegou em casa, Thereza estava arrumando a mesa do café da tarde com Mara, mulher de Toni.
- Poxa! Até que enfim a gente se cruza, hein? Há quanto tempo eu não te via! - disse Mara.
- Oi, titia! – ele disse, beijando seu rosto. – Oi, Thê!
- Tudo bem com você, ilustre desconhecido?
- Tudo.
- O Luciano está emburrado aí no quarto por sua causa. Nem almoçou. Nunca vi vocês de biquinho com o outro. O que foi que houve?
- Eu vou falar com ele.
- Aproveita e vê se você consegue trazê-lo pra tomar café.
- Deixa comigo. E o Toni?
- Trabalhando. Hoje vai até as dez.
- Não vejo a hora de estar fazendo isso.
- O quê?
- Trabalhando!
- Logo, logo, meu querido, disse Thereza, sorrindo para ele. – E eu serei sua primeira cliente.
- Paciente, Thê, paciente.
Marcos deslizou a mão pelo rosto da empregada e foi na direção do corredor, abrindo a porta do quarto devagar. Luciano estava assistindo televisão, deitado na cama do pai.
- Oi... Posso entrar?
O rapaz olhou para ele sério e sentou-se na cama. Marcos entrou e fechou a porta atrás de si.
- Demorou, hein? Quanto tempo dura essas palestras que você assiste?
- Depende. Hoje durou duas horas.
- E onde você estava até agora?
Marcos sentou-se ao pé da cama em que ele estava.
- Com uma garota da minha sala de Odonto.
- Hum... Paquera cultural e científica?
- É, mais ou menos... ele respondeu, sorrindo.
- Pensei que você ainda estivesse zangado comigo, Luciano disse, apanhando o controle remoto e desligando a TV.
- Eu não estava zangado com você. Estava zangado com outra coisa.
- O quê?
- Bobagem. Já passou.
Luciano foi sentar-se mais perto do irmão; ajoelhou-se na cama.
- Marcos, eu fiquei a tarde toda aqui pensando... Tentando entender aquela sua zanga comigo...
- Eu já disse que não era com você, Lu...
- Eu sei, o tio Toni me disse que você não ficaria zangado comigo daquele jeito à toa e eu concordei com ele. Depois, aqui pensando, eu saquei o que era.
- Não esquenta, não vou repetir, não era com você...
- Era com a Dione, não era?
Marcos não respondeu.
MAR DE AMOR
PARTE 28
SONHAR É DE GRAÇA
A IMAGINAÇÃO DEVE REGER NOSSOS SONHOS
PRA ISSO DEUS NOS FEZ CABEÇAS PENSANTES
BOAS MENSAGENS DEVEM SER ESCRITAS
ÀS VEZES AJUDAM QUEM LÊ
ÀS VEZES NINGUÉM LÊ
MAS O PRINCIPAL É SEMPRE A INTENÇÃO
PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...
ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!
BOA TARDE!
PAZ E BEM