MAR DE AMOR - PARTE 16

MAR DE AMOR

PARTE XVI

Victor, o namorado, já tinha morado no Rio de Janeiro também e os dois pareciam já ter morado juntos ou se conhecido em outra encarnação, pois tinham até os mesmo gostos em relação a todos os pontos turísticos cariocas.

Enquanto os dois batiam papo e o resto do grupo ia dançar ou conversar com outros amigos presentes ali, Marcos, com a testa apoiada na mão, olhava de vez em quando para Dione que retribuía o olhar como se querendo dizer alguma coisa. No meio da conversa com Victor, Luciano atacou:

- Cara, o papo está bom, mas eu preciso beber alguma coisa. A garganta secou total! Que tal se eu te pagasse uma cerveja?

- Legal! A gente chama o garçom e...

- Não, vamos até o bar! Detesto essa coisa de burguês que quer que as pessoas o sirvam a toda hora. Vamos até lá. Marcos e a... como é mesmo o seu nome? – perguntou ele a Dione, fingindo esquecimento.

- Dione, ela respondeu.

- Lindo nome, diferente. Nome de cantora negra... Você se importa se eu roubar seu namorado um pouquinho? Prometo que ele vai voltar mais alegrinho, mas vai voltar.

- Fiquem à vontade... ela disse com um sorriso.

Victor a beijou e disse:

- Volto já, benzinho.

Os dois afastaram-se, continuando a falar das ondas, do sol e das praias cariocas das quais Victor tinha saudade.

Sozinhos, Marcos e Dione ficaram em silêncio por alguns segundos olhando cada um para um lado. Ela olhava para Victor que se afastava com Luciano, com o braço sobre seus ombros; ele olhando e girando o copo diante de si. Até que ela quebrou o silêncio:

- Você não ligou...

- Pra quê? Você ia estar com ele, não ia?

Ela baixou os olhos para seu copo.

- Um telefonema não mata ninguém.

- Não tenho talento para vice-namorado.

Os olhos verdes dela brilharam de indignação.

- Você está me ofendendo.

- Desculpe, disse ele, irônico. – Não tive intenção.

Uma garota aproximou-se deles com uma máquina fotográfica na mão e pediu:

- Com licença? Posso tirar uma foto de vocês? Queria guardar uma lembrança do casal Lunny’s.

Marcos respirou e sorriu, sendo educado. Dione também e concordou com a cabeça, mas olhou para ele.

- Podemos?

- Claro... ele disse.

- Ah, que bom, obrigada, disse a garota. – Fiquem mais juntinhos e dêem um sorriso, por favor.

Eles olharam um para o outro e juntaram mais os rostos, a uma distância segura para Marcos. A moça não estava satisfeita ainda e pediu:

- Marcos... você podia... colocar o braço no ombro dela, gato?

- Isso não vai dar. Ela tem namorado e ele está ali.

- Mas é só uma foto!

- Que você pode vender pra qualquer revista depois e complicar a minha vida. Não vai dar.

- Tudo bem. Só a foto então, mas o sorriso pode, não pode?

Os dois sorriram e posaram para o foto e a moça afastou-se, agradecida.

- Não sabia que seu namorado era carioca também, ele disse.

- Eu o conheci no Rio, numa viagem de férias com meus pais. Ele também estava em férias. Quando voltei pra cá, ele me ligou e... a gente começou a sair.

- Muito romântico.

- Cenas de ciúmes também são, ela revidou, sorrindo.

Marcos olhou para ela sério, mas não disse nada. Dione tomou um gole de refrigerante e perguntou:

- Que idade tem seu irmão?

- Dezoito.

- Vai ficar em São Paulo?

- Não... por quê? Interessada?

- Marcos, para com isso! Eu estou conversando numa boa com você. Eu não te fiz nada!

- Não? Quer dizer que você sai por aí beijando tudo que é cara que faz comercial de TV com você, é? O que aconteceu com a gente não foi nada?

- Quer saber a verdade?

- Por favor!

- Eu pensei que você estivesse querendo só se divertir comigo.

- Eu? A troco de que eu faria isso, garota? A gente era amigo, antes!

- Por isso mesmo. Você nunca olhou diferente disso durante a gravação do comercial. Eu achei estranho que tivesse nascido uma coisa mais forte justamente depois de tanto tempo longe um do outro. Eu até gostei da paquera, mas não pensei que fosse sério. Quando você não ligou, eu tive certeza, mas nem por isso fiquei zangada com você. É muito difícil encontrar um cara que leve esse tipo de coisa a sério, hoje em dia. E com a sua cara, qualquer cara é dono do mundo. Eu já estou acostumada com isso. Eles fazem o que querem porque sabem que a garota cede ao primeiro olhar; depois se mandam sem nem deixar o telefone. Foi isso que eu pensei de você.

- Meu Deus! Você fala como se tudo isso já tivesse acontecido de você.

Ela baixou os olhos e disse:

- Já aconteceu.

- Já?

- Eu já fui apenas um rosto na multidão, antes de ser... a carinha de anjo da Lunny’s, sabia?

MAR DE AMOR

PARTE 16

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PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...

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PAZ E BEM

Velucy
Enviado por Velucy em 29/10/2020
Código do texto: T7099031
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