MAR DE AMOR - PARTE 10
MAR DE AMOR
PARTE X
Dione riu, cruzando os braços sobre a mesa.
- Isso não vale. Eu já convidei.
- Mas você não é ela. Você é a Dione. E eu não sou ele. Sou...
- Não dava pra fazer de conta? – ela perguntou séria.
Marcos ficou sério também. Ele inclinou-se mais sobre a mesa e ela fez o mesmo. Bem devagar, seus rostos foram se encontrando e eles beijaram-se com carinho.
De repente, todas as pessoas que estavam na lanchonete começaram a aplaudir e os dois olharam em volta assustados. Depois olharam um para o outro e riram.
- Acho melhor a gente ir embora, ela disse. - Já ficamos famosos demais por aqui.
- É, só que dessa vez não tinha câmeras.
Antes de conseguirem sair da lanchonete, deram uma boa dúzia de autógrafos para os jovens que os conheciam e estavam no local e foram para a moto. Marcos foi levá-la ao prédio onde ela morava e depois de descer da moto, ela perguntou:
- Vai ficar só nisso também, como no comercial, não é?
- Não sei... Você tem um namorado...
- Ele não suporta você...
Marcos sorriu.
- Imagino...
- Me liga. O telefone está no guardanapo. Coloquei no bolso da sua jaqueta.
Ele colocou a mão no bolso da jaqueta e retirou de lá o papel. Riu.
- Nem senti.
- Liga depois das oito. Vou pro colégio à tarde.
- Certo.
- Liga mesmo.
- Ligo.
Ela se aproximou dele e o beijou gostoso na boca; depois afastou-se e da porta do prédio acenou para ele sorrindo. Marcos fez o mesmo, ainda entorpecido e deu a partida na moto, fazendo o retorno e indo embora, depois de olhar ainda mais uma vez para ela.
Marcos não contou a ninguém o que havia acontecido entre ele e Dione. Ainda não podia garantir que ia acontecer algo de mais sério entre os dois porque, afinal da contas, ela ainda tinha um namorado. Mas o fato não saiu de sua mente pelo resto do dia. Ainda sentia a maciez dos lábios dela em sua boca.
Á noite, em seu quarto, ficou olhando para o telefone, pensando se ligava ou não. Não sabia se ia ser bom ou se ia entrar numa disputa amorosa com o outro rapaz, ainda mais sabendo que ele já tinha percebido e sentido algum clima diferente entre os dois.
Estava nesse dilema quando o telefone tocou. Ele atendeu.
- Alô.
- Marcos?
- Eu, quem é?
- Luciano, cara. Já esqueceu minha voz? Seu maninho do coração!
- Oi, cara! Tudo bom? Vai chover canivete hoje. Você, ligando?!
- Não exagera. Liguei não faz nem duas semanas.
- Dois meses, você quer dizer. Como é que você está, moleque?
- Pergunta onde eu estou que você vai cair de costas.
- Onde?
- Em São Paulo! Na velha Sampa!
- Aqui? Em São Paulo!?
- Exatamente. Estou no aeroporto. Vem me buscar. Não sei nem como pegar táxi nessa cidade.
- Você só pode estar brincando, Luciano.
- Não estou. Eu estou aqui, em Congonhas.
- Sozinho? A mamãe veio com você?
- Não. Vim sozinho. Ela ficou lá, me xingando até. Vem me pegar. Estou morrendo de frio, cara. Ô cidade gelada, meu!
- Mas por que você veio? O que aconteceu?
- Acho bom você vir me buscar primeiro ou eu vou virar picolé. Depois a gente conversa. Tchau, Marcão.
- Tchau uma ova! Não vou buscar, não. Não dá nem vinte minutos de táxi daí até aqui. Pega um táxi e vem, cara! É só pegar a Bandeirantes direto, sentido Brooklin Novo. Não tem erro. Não é a primeira vez que você vem.
- Custa você vir me buscar?
- Droga! Quando é que você vai crescer, Luciano?
- Amanhã cedo, depois do café. Espero você onde?
- Saco! Na praça.
- Ah, legal. Já estou nela. Até já, maninho.
Luciano desliga o telefone. Marcos apanhou o agasalho morrendo de raiva e saiu do quarto.
- Thereza!
- Oi! – ela gritou da cozinha, aparecendo em seguida.
- Vou buscar o Luciano no aeroporto.
- Luciano? Ele veio pra cá?
- Veio. E sozinho. Avisa o papai quando ele chegar. Ele não vai gostar nada disso. Tchau.
MAR DE AMOR
PARTE 10
SOMOS PRODUTOS DO QUE FAZEMOS
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BOAS MENSAGENS DEVEM SER ESCRITAS
MAS QUEM DIGITA TUDO SOMOS NÓS
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O PRINCIPAL É A INTENÇÃO
PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...
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BOA TARDE
PAZ E BEM