MAR DE AMOR - PARTE 7
MAR DE AMOR
PARTE VII
A empregada riu e voltou para a cozinha, balançando a cabeça.
Marcos viu o pai sair do banheiro enrolado numa toalha a caminho de seu quarto e perguntou a ele:
- Está tudo bem, pai?
- Tudo...
- Aonde você vai a essa hora da noite?
- Uns amigos me convidaram prum show de jazz no centro de São Paulo. Vou... espairecer.
- Show de jazz? Legal, divirta-se. Vai esticar com alguma garota depois?
- Isso não é da sua conta, é? Eu me meto na sua vida?
- Não, Marcos disse, sorrindo. – Divirta-se, pai.
Breno entrou no quarto e Marcos no banheiro.
Depois do banho, o rapaz jantou com Thereza, assistiu um pouco de televisão com ela, só para lhe fazer um pouco de companhia e pouco antes das onze, foi para o quarto. Ficou estudando até pouco antes da meia noite. Os olhos começaram a pesar.
As fotos de Dione ficaram olhando para ele o tempo todo, sobre a escrivaninha. Ajudavam a pensar. Thereza entrou no quarto e colocou sobre o criado mudo da cama dele um copo de leite. Depois, inclinou-se sobre o ombro dele e xeretou. Ele sorriu.
- Quer me ajudar?
- Deus me livre! Não entendo nada disso aí!
Ela viu as fotos da moça e as apanhou. Marcos percebeu que tinha esquecido de esconder.
- Que lindinha! É a menina do comercial, não é?
- É, ele respondeu, corando levemente.
- De onde você tirou?
- Não fui eu. É... O Alberto tirou de uma revista que ele achou por aí...
- Você gosta dela, não gosta?
- Não! Quer dizer... Foi... Tem uma foto minha aí. Vira.
- Sua? – ela perguntou, virando e vendo a foto dele. – Olha ele aqui! Que bonitinho! Olha só!
Ela leu o texto em voz alta e o abraçou.
- Meu garotão ficando famoso, vejam só!
- Não exagera, Thê, é só uma foto.
- Que todo mundo vai ver. Tenho tanto orgulho! Que revista é essa? Quero comprar uma pra mim.
- Eu compro amanhã.
- Está certo. Vou colocar a sua foto numa moldura.
- Uma foto dez por sete, Thereza. Não tem moldura pra ela.
- Eu arrumo pode deixar. Ela também está lindinha! Vocês deviam namorar, como no comercial.
- A gente ou, os personagens que a gente faz não namoram no comercial. É só uma paquera.
- Ué! Da paquera nasce o amor. Você devia continuar isso então na vida real.
- É... Eu vou pensar.
- Pense. Tome seu leite quente e pense. Já está na hora de arranjar uma namorada e esse anjinho combina direitinho com você.
- Esse é o ponto. Ela é um anjinho de quinze anos.
- Ui, quinze? Parece mais.
- Se você diz que ela parece um anjinho, não pode ter mais.
- Ah, tem gente que tem idade, mas tem cara de criança. Você tem cara de um rapaz de dezessete, mas tem vinte e dois... Pensei...
- Você pensa demais, Thereza. Boa noite e obrigado pelo leite.
- Boa noite. Não vai dormir muito tarde, ela disse, indo para a porta.
- Não. Nem você.
- Vou esperar seu pai.
- Não precisa. Eu espero.
- Você vai dormir. Tem que levantar cedo amanhã. Eu espero. Vou assistir um filme legal na Globo hoje.
- Que programa legal, hein?
Ela lhe mostrou a língua e saiu do quarto. Marcos segurou a foto de Dione e disse:
- Todo mundo anda com nós dois na cabeça... Será que você também, anjinho de olhos verdes...?
Ele aproximou a foto dos lábios e beijou a boca da garota.
- Que decadência, Marcos... Você está precisando transar, mas não com ela, óbvio.
MAR DE AMOR
PARTE 7
SOMOS PRODUTOS DO QUE FAZEMOS
NOSSAS CPUs DEVEM ESTAR SEMPRE CHEIAS DE BONS PROGRAMAS
BONS ARQUIVOS, BOAS IMAGENS,
E UMA ÓTIMA INTERNET BANDA LARGA
MAS QUEM DIGITA TUDO SOMOS NÓS
NÃO COLOQUE A CULPA NO SERVIDOR
SE A CONEXÃO CAIR
PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...
ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!
BOM DIA
PAZ E BEM