MAR DE AMOR - PARTE 5
MAR DE AMOR
PARTE V
Marcos riu e apoiou os braços na cama.
- Não, eu não acredito que seja esse o motivo da sua fossa. É saudade da sua mãe, do seu irmão... ou...
- Ou o quê?
- Alguma garota roendo alguma coisa aí dentro desse coração, hein?
Antônio tocou o peito dele com o indicador, na altura do coração. Marcos balançou a cabeça, negando.
- Eu sei até o nome dela, continuou Toni.
- Não é isso, tio...
- Dione!
- Ah, pelo amor de Deus! – Marcos falou, erguendo-se. – Você e o Alberto resolveram pegar no meu pé com isso!
- Bom, então, se não é ela, é de alguma coisa da mesma espécie que você está precisando, confesse.
- Como é que eu posso precisar disso, com tanta garota me parando na rua pra pedir autógrafo e me chamando de “Gato da Lunny’s”? Nem nome mais eu tenho, tio!
- Espinhos da fama!
- E eu não digo que não goste disso, mas... está me faltando alguma coisa mais... mais...
- Consistente.
- É... Mais real.
- Você não se permite procurar.
- O quê?
- Você não se dá tempo pra procurar. Essas coisas não vêm na mão da gente, Marcos. A gente tem que ir atrás. Está certo que essas garotas que te param na rua não têm muito pra te oferecer. Estão só deslumbradas com um palmo de rosto bonito, mas se alguma delas parasse pra conversar com você, iam ver que você é muito mais que beleza física. Que você é inteligente, sensível, humano... e também com vários defeitos, como todo ser humano! Nem você está conseguindo ver isso em si mesmo. Você está se menosprezando demais! Quando a gente não se gosta, não se dá chance de gostar de ninguém e quando sente que gosta, não procura dizer que gosta. Você não sente vontade de dizer isso pra alguém? Não pra mim ou pro seu pai, a Thereza, a Mara ou mesmo sua mãe ou seu irmão lá no Rio, mas alguém! Alguém lá fora, fora das suas relações normais de amizade. Não te dá vontade de fazer isso?
Marcos balançou a cabeça, confirmando.
- E essa pessoa já tem nome?
- Tem...
- Qual?
O telefone tocou e Marcos atendeu.
- Alô!... Oi, Guilherme, como vai?... Não, ele não chegou ainda...
O barulho de chaves na porta denunciou a chegada de Breno.
- Espera aí, Gui, ele está chegando. Pai! Telefone pra você! – Marcos gritou.
Breno atendeu a extensão na sala. Ao ouvir sua voz atendendo ao telefone, Marcos desligou e olhou novamente para o tio que perguntou:
- O nome...?
- Xuxa, Marcos respondeu, brincando.
- Ah, palhaço! Você não me leva a sério!
- Levo sim. Eu entendi o que você quis dizer. Não vou esquecer.
- Não esquece mesmo. Você é muito jovem pra estar se consumindo de tristeza desse jeito.
- Consumindo de tristeza... Profundo, hein? – Marcos continua brincando.
- Ouvi isso da Mara, ontem. Ela adora um melodrama. Bom, deixa eu ir me mandando, falou Toni, indo para a sala e apanhando as duas sacolas de equipamento. Marcos o seguiu.
- Não vai se despedir dela?
- Ela vai comigo. Está me esperando no furgão da agência com o pessoal. Disse que não ia ficar aqui chocando enquanto eu tomava sol lá. Mulheres! Tchau.
Marcos riu.
- Dá-lhe, Mara! Certa ela! Se ela não cuida do que é dela, outras cuidam. Tchau, tio.
Toni bateu no ombro do irmão, ainda no telefone e saiu. Marcos sentou-se no braço do sofá e ficou pensando nas palavras dele. Breno desligou o telefone e sentou no sofá, esfregando o rosto cansado.
MAR DE AMOR
PARTE 5
SOMOS PRODUTOS DO QUE FAZEMOS
NOSSAS CPUs DEVEM ESTAR SEMPRE CHEIAS DE BONS PROGRAMAS
BONS ARQUIVOS, BOAS IMAGENS,
E UMA ÓTIMA INTERNET BANDA LARGA
MAS QUEM DIGITA TUDO SOMOS NÓS
NÃO COLOQUE A CULPA NO SERVIDOR
SE A CONEXÃO CAIR
PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...
ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!
BOM DIA!
PAZ E BEM