MAR DE AMOR - PARTE 4

MAR DE AMOR

PARTE IV

Ao chegar em casa, Marcos encontrou o tio arrumando seus equipamentos de trabalho.

- Oi, disse, colocando os livros sobre um móvel.

- Fala, garotão! Foi bom você chegar, preciso da minha máquina. Estou indo pro litoral agora.

- Agora? Que mordomia, hein?

- Mordomia nada. Trabalho mesmo. Ah, e por falar em trabalho, arranjei outra coisa pra você. ‘Tais a fim de outro comercial?

- Por que não? – ele respondeu, dando de ombros.

Toni tirou do bolso da camisa um cartão e entregou a ele.

- Procure por essa agência. Quando eu falei que era seu tio, ficaram malucos!

- Exagero, aposto, Marcos falou, sentando-se no braço do sofá e olhando para o cartão.

- É verdade!

- Comercial de quê? Roupas de novo?

- Não, refrigerante.

- Hum... Com mais vinte caras e garotas...

- Acho um barato! Eles têm um pique incrível e você está aí, vendendo saúde! Vinte e dois com cara de dezessete... É o cara certo pra vender refrigerante. Você vai curtir.

Marcos ficou olhando para o cartão, em silêncio. Toni estranhou.

- Ei, meu? Que foi? Está tão apagado...

- Impressão sua. Estou só cansado. Obrigado pela moto.

Marcos levantou-se e foi para o quarto. Toni o seguiu com os olhos e depois foi atrás dele. Encostou-se no batente da porta e ficou olhando para o sobrinho. Marcos tirou a camisa, depois se sentou na cama e começou a tirar o tênis.

- Marcos...

Ele olhou para o tio.

- Tem alguma coisa te grilando. O que foi?

- Não é nada, não, Toni.

- Sua mãe ligou? Brigou com a Mara? O que foi?

Marcos riu.

- Não, a mamãe não me liga há duas semanas e eu não vejo a Mara há dois dias. Ela ainda mora aqui?

- Mora, quem não mora é você. Está mais naquele país da cultura do que aqui. Vai acabar estafado, sabia?

- Aquele país da cultura ultimamente é o meu mundo, sabia?

- É, mas não se esqueça que é nesse mundo aqui fora que você aplicar tudo que aprender lá. Você tem vivido muito pouco, sabia? Desde que prestou aquele vestibular, não tem feito outra coisa senão estudar, estudar... Vai com calma, meu!

- Estou me sentindo inútil...

- Inútil? – Toni perguntou, rindo. – Quem disse que você é inútil, seu pai?

- Não, eu disse.

- Leu isso nos olhos do Breno?

- O papai não tem nada a ver com isso, Toni. Sou eu! Ele me cobra também, indiretamente, às vezes, mas... eu tenho vinte dois anos... e não fiz nada até agora.

Toni entrou no quarto e sentou-se na outra cama de solteiro diante dele.

- Não fez nada? E o que é que você queria ter feito com vinte e dois anos, cara?

- Sei lá... Você já tinha seu estúdio com a minha idade. O papai já era casado com a minha idade e eu já estava a caminho...

- E você está fazendo o terceiro ano de Odonto. Isso já é alguma coisa, não é não? Eu tenho visto o duro que você dá em cima desses livros e quase o dia inteiro lá no campus. Você já está construindo seu futuro, garoto!

- Um futuro que só vai chegar daqui três anos quando eu terminar o curso, aí, eu vou estar com quase trinta e...

- Pode parar! Que papo mais baixo astral, Marcos Roberto, meu sobrinho! Que é? Crise existencial de vinte e dois? Eu sei que houve uma semana de Arte Moderna em vinte e dois, mas isso?

Marcos riu e apoiou os braços na cama.

MAR DE AMOR

PARTE 4

SOMOS PRODUTOS DO QUE FAZEMOS

NOSSAS CPUs DEVEM ESTAR SEMPRE CHEIAS DE BONS PROGRAMAS

BONS ARQUIVOS, BOAS IMAGENS,

E UMA ÓTIMA INTERNET BANDA LARGA

MAS QUEM DIGITA TUDO SOMOS NÓS

NÃO COLOQUE A CULPA NO SERVIDOR

SE A CONEXÃO CAIR

PAZ, LUZ, ALEGRIA E HARMONIA...

ALÉM DE MUITA SAÚDE A TODOS!

BOM DIA

PAZ E BEM

Velucy
Enviado por Velucy em 23/10/2020
Reeditado em 24/10/2020
Código do texto: T7094133
Classificação de conteúdo: seguro
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