MAR DE AMOR - PARTE 1
MAR DE AMOR
São Paulo, 09 de março 2018 (07:15)
PARTE I
Marcos apanhou os cadernos em cima do sofá e ia já correr para a porta quando o telefone tocou.
- Droga! – ele exclama.
Voltou e atendeu:
- Alô!
Mas ninguém disse nada. Ou a ligação caiu ou era engano ou na pior das hipóteses... trote.
Ele olhou para o aparelho, deu de ombros e desligou. Esperou um pouco para ver se não ligavam de novo, mas nada. Thereza, a empregada, veio da cozinha enxugando as mãos no avental e perguntou:
- Quem era?
- Não sei. Ninguém falou nada. Deve ter caído a ligação.
- Vai ver é aquele chato que ligou ontem querendo saber do comercial.
- Será?
- Você não disse que tinha a impressão de que a ligação era de um orelhão? Vai ver, caiu a ligação mesmo.
- É, pode ser, mas não me pareceu ser de um orelhão agora. Bom, eu estou indo, já estou atrasado. Se ligarem de novo e perguntarem por mim, diz que não tem ninguém aqui com o meu nome, ok?
- E se for mulher?
Marcos sorriu.
- Pede pra deixar recado, pega o telefone... endereço...
- Safado!
Ele a beijou no rosto e parou pensativo.
- Sabe de uma coisa, não faz nada disso. Não ando com tempo nem pra olhar minha cara no espelho.
- O que é um desperdício... ela suspirou.
- Não enche, Thereza. Tchau. Diz pro Toni que a moto dele foi roubada... por mim!
Ele saiu correndo pela porta. Mal tinha ouvido o barulho dela batendo e o telefone tocou novamente. Thereza atendeu:
- Alô!
- Alô, é da casa do Marcos Roberto? – perguntou a voz de um rapaz.
- Não, ela mentiu. - Quem está falando?
O rapaz não respondeu e a ligação foi desfeita. Thereza sorriu e desligou. Mas o aparelho tocou novamente, depois de alguns segundos.
- Ah, meu Deus, eu vou procurar emprego em outra casa! Alô!
- É da casa do Marcos? – perguntava agora a voz de uma garota.
- Não, não tem ninguém com esse nome aqui.
- Não é do 210.53.94?
- É, mas já falei que essa pessoa não mora aqui.
- Ah, desculpe, foi engano.
- Tudo bem.
Desligaram novamente. Thereza fez o mesmo, mas estranhou. Engano ou não, a pessoa tinha acertado o número; por que desistiu tão fácil e disse que era engano, depois da confirmação do número? Seria mesmo algum trote? Ela deu de ombros, esperou mais um pouco para ver se o telefone tocava outra vez e voltou para a cozinha.
Marcos Roberto Bianchi, de 22 anos, fazia odontologia na USP. Morava com o pai, o tio e a mulher dele numa casa elegante de esquina na Rua Kennedy, no Brooklin Novo.
Seu tempo ultimamente estava dividido entre a faculdade e fotos para publicidade que ele havia conseguido por indicação do tio, que trabalha numa agência como fotógrafo.
Tinha vindo morar em São Paulo há cinco anos, depois que seus pais se separaram. Terminar o colégio e conseguir o vestibular na USP não tinha sido coisa fácil, mas ele tinha chegado ao terceiro ano e sabia que tinha sido pelo esforço próprio.
O pai, Breno Bianchi, tinha um consultório em Pinheiros e dava duro para sustentar a si próprio e aos dois filhos e mais a pensão que pagava à mulher, mesmo com a ajuda do irmão. Marcos não tinha como arrumar um emprego em período integral, já que a faculdade exigia quase todo o seu dia. Então ele apelou para as fotos de publicidade, pois seu visual ajudava bastante. A altura, os olhos azuis num rosto de um moreno jambo formavam um conjunto bonito que facilitava.
No campus da Universidade, Marcos mal desceu da moto e Alberto, um amigo de três anos de curso aproximou-se e lhe chacoalhou diante do nariz, a capa de uma revista.
- Você já viu isso?
Ele apanhou a revista e riu.
- Você anda lendo isso agora, é?
- Comprei por causa da capa, sem noção. Não reconhece?
Ele prestou mais atenção e reconheceu a moça.
- Dione!
MAR DE AMOR
PARTE 1
SOMOS PRODUTOS DO QUE FIZEMOS
NOSSAS CPUs DEVEM ESTAR SEMPRE CHEIAS DE BONS PROGRAMAS
BONS ARQUIVOS, BOAS IMAGENS,
E UMA ÓTIMA INTERNET BANDA LARGA
MAS QUEM DIGITA TUDO SOMOS NÓS
NÃO COLOQUE A CULPA NO SERVIDOR
SE A CONEXÃO CAIR
BOM DIA!
PAZ E BEM!