LEONEL XI - EXIGÊNCIAS - CAPÍTULO 6

CAPÍTULO VI – EXIGÊNCIAS

Leonel recostou-se na cabeceira da cama e continuou sério, apesar de estar explodindo de felicidade por dentro. Vitória havia cedido.

- Você não vai dizer nada? – Vitória perguntou. - Não é isso que você vive me pedindo, cada vez que a gente transa? Não é isso que você mais quer na vida?

Ele umedeceu os lábios, passando a língua sobre eles e quis brincar com ela.

- Não sei se quero mais...

- O quê!?

Leonel se afastou um pouco dela e passou a mão pelos cabelos, fingindo indecisão.

- Casamento é um passo muito sério e você tem razão... quem pode garantir que vá dar certo? As manias que as pessoas têm podem estragar tudo numa relação. Aconteceu isso com a minha tia, com seu pai... várias vezes, diga-se de passagem...

- A vida da sua tia e do meu pai não é a nossa, Leonel!

- Fico feliz que você tenha chegado a essa conclusão sozinha.

- Está me chamando de...

- Não estou te chamando de nada! Mas você praticamente me comparou ao seu pai quando recusou minha primeira proposta de casamento.

- Não foi essa a minha intenção.

- Que bom, mas lamento dizer que eu também tenho as minhas manias e tenho as minhas exigências.

- Exigências? Que exigências? Não sou tão fácil assim.

Ele segurou suas mãos e a puxou para perto de si, abraçando-a. Acariciou suas costas e disse, olhando em seus olhos.

- Você tem que me dar filhos lindos e de olhos puxadinhos como os seus.

Vitória abriu a boca para dizer alguma coisa, mas sorriu e finalmente percebeu que ele estava brincando desde o início, mas manteve a conversa na mesma linha.

- Não acho que eu possa decidir alguma coisa diferente disso. Está no meu DNA, amor. Só posso decidir a quantidade, mas os olhinhos puxados vêm no pacote.

- Acho bom...

Ela o beijou.

- Aceita a minha proposta então?

- Apesar de você não ter aceitado a minha... eu não sou machista... sim.

Vitória o abraçou com alegria.

- Mas não quero me casar logo. A gente pode esperar um pouquinho pelo menos até o Floyd fazer o tratamento dele e ficar bom.

- Tirou as palavras da minha boca. A minha intenção é essa mesmo. Acho que dois anos é um tempo legal pra isso acontecer.

- Dois anos... Perfeito. E eu ainda preciso conhecer seu pai e seu irmão.

- E eu preciso pedir você pro seu pai em casamento... oficialmente, ele assegurou..

Vitória fez uma careta, não gostando da ideia.

- Teodoro Fontes adora você. Acho que nem precisa...

- Precisa sim. Quero fazer tudo direitinho. Leo Torres tentou e não conseguiu, porque o sogro não gostava dele. Acabou morrendo solteiro. Não quero passar pela mesma coisa de novo.

- Eu vou poder algum dia ver alguma fotografia desse... Leo Torres?

- Claro, amanhã mesmo a gente vai pra Serra Negra com o Floyd e eu te levo na minha casa.

- Acho que, se eu contar essa estória pra alguém, ninguém vai acreditar.

- Não conte. Nem eu acredito, ele disse, rindo.

- Precisamos encontrar um lugarzinho gostoso pra morar. Você disse que só faria isso quando eu aceitasse me casar com você, lembra?

- Ainda tem muita água pra correr debaixo da ponte. Tudo a seu tempo.

Leonel deitou-se de novo e aconchegou Vitória nos braços.

- Eu nem acredito que vou ser sobrinha da Cris, ela disse animada, encostando o rosto no peito dele e secretamente fazendo planos.

- Deus me perdoou e está sendo muito bom comigo...

- Por quê?

- As duas mulheres que eu mais amo no mundo, fazendo parte da minha família. Eu nem sei se mereço tanto. A Cris já é uma bênção na minha vida, você... minha boneca japonesa voltando pra mim, de outro jeito... mas tá valendo.

- Não entendi, como voltando pra você? Eu nunca te deixei!

- Outra estorinha... que eu vou te contar depois. Bem depois, quando a gente fizer... bodas de prata.

Ele a beijou.

- Eu te amo! – ela disse, enchendo seu rosto de beijos.

- Agora eu só peço a Ele que livre o Floyd desse fardo pesado demais que ele está carregando. Seu irmão é muito importante pra mim, Vitória.

- Ele vai livrar. Meu maninho vai ficar bom logo, logo, você vai ver.

Leonel fechou os olhos e pediu:

- Posso ir pra minha cama agora? Estou morrendo de sono.

- Não... ela disse, dengosa.

- Não?

- Fica aqui comigo... Você vai ser meu marido, tem que se acostumar a dormir agarrado comigo... ou vamos dormir em cama separada?

Leonel sorriu e concluiu:

- Outra exigência: tem que ser numa cama de casal bem grande! Eu gosto de me esparramar, já disse.

- Ok, decidido. Cama kingsize. Está bom pra você?

Ele nem respondeu. Abraçou-se a ela e fechou os olhos, mostrando todo seu cansaço.

- Boa noite, amor... ela murmurou, beijando seu pescoço, seu queixo e finalmente sua boca. – Boa noite, futuro maridinho...

- Hum... ele gemeu, sorrindo em seguida com a felicidade explodindo no peito, ainda de olhos fechados. Abraçou a namorada mais apertado e beijou o alto de sua cabeça.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) XI – CAPÍTULO 6

“EXIGÊNCIAS”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS

BOA TARDE E OBRIGADA

Velucy
Enviado por Velucy em 07/09/2020
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