LEONEL X - OFERECIMENTO - CAPÍTULO 13
CAPÍTULO XIII – OFERECIMENTO
Cristina e Vitória chegaram à clínica onde Floyd estava internado e o rapaz ficou muito feliz e surpreso ao ver as duas, juntas.
- Eu já morri e estou sonhando? – ele perguntou, sorrindo, ao vê-las entrar.
- Não, Pink bobão, disse Vitória, aproximando-se da cama do irmão e enchendo seu rosto de beijos.
- Eu estava esperando tudo menos vocês duas... Cris, que bom te ver.
Floyd estendeu a mão que Cristina segurou. Ela lhe deu um longo beijo no rosto.
- O que você está fazendo aqui, amigo? Deve haver algum engano. Eu falei com você anteontem praticamente e... agora você está aqui, internado num hospital?
- Eu não te avisei que tinha pouco tempo?
- Você avisou sim, mas eu imaginei tudo menos isso! Você não vai me deixar de novo como... meu pai me deixou, Floyd...
- Do que vocês estão falando? - Vitória perguntou, totalmente por fora do que eles diziam.
- Nada, japa, disse Floyd. – A gente não está falando de nada. Como você conseguiu vir pra São Paulo, Cris? Por que você está aqui? É pra o que eu estou pensando?
- É isso mesmo. Eu vim com o delegado de Serra Negra pra capturar e prender os dois monstros que atacaram o Leo.
- Deu tudo certo?
- Graças a Deus! Os dois devem estar nesse momento prestando depoimento na delegacia do Morumbi.
- Que estória mais cabeluda foi essa, meu Deus?! - perguntou Vitória, abismada. – A Cristina veio me contando no caminho até aqui e eu quase não acreditei no que ouvia. Meu Leonel foi atacado em Serra Negra por aqueles dois nojentos? Eu nunca poderia imaginar uma coisa dessas! Como alguém tem coragem de fazer isso com um ser humano?
- Foi muito difícil pra ele, Vitória. Leonel ficou internado por três dias no hospital e nós quase enlouquecemos com ele. Foi bem complicado.
- Mas graças a Deus ele superou e agora está tudo bem, disse Floyd. – Como é que foi lá no hotel? Nosso bofinho resistiu, Vita?
- Quase bravamente, disse Vitória. – Só desabou depois que estava longe deles. Eu imagino o que ele teve que segurar diante dos caras. Meu gato foi muito valente!
- E seu irmão, Cris, ele ficou sabendo de alguma coisa?
- Não, nada. Ele nem sabe que eu estou aqui. Só vou contar quando chegar em casa hoje à noite. Eu não disse nem pro Leandro. Tive medo de colocá-lo numa situação difícil com o pai, mais difícil do que já está. O Bruno já anda com o pé bem atrás com ele, por causa da gravidez da Helena, não quis piorar a barra do coitadinho.
- Essa Helena... é aquela Helena? – perguntou Vitória.
- É... Floyd respondeu. - Mas o Leonel já desencanou dela, japa. Pode ficar sossegada.
- Desencanou mesmo, disse Cristina, sorrindo. – Os olhos dele brilharam quando me contou sobre você, mocinha. Ele te ama muito. Não duvide disso.
Vitória sorriu orgulhosa, corando.
- Eu também o amo demais.
- Mas ele me disse que você não quer se casar com ele...
- Disse é? E ele me disse que você me achou uma boba por não querer. Isso é verdade? Que você acha que ele é o melhor partido de Serra Negra?
Cristina sorriu e olhou para Floyd.
- Não é por ser meu sobrinho não, mas ele é mesmo. O rapaz mais bonito da cidade. Ele puxou ao avô.
- Sério? Você tem alguma foto desse avô dele?
- Aqui não, mas se você for a nossa casa, eu lhe mostro várias. Leo Torres era um homem muito bonito.
- Torres... Mas o sobrenome de vocês não é Marques?
- Essa é uma longa história de família que, se você quiser, um dia eu posso lhe contar.
- É por isso que vocês dois o chamam de Leo? Não vejo ninguém mais chamar o Leonel assim. Só vocês dois.
Cristina e Floyd trocaram um olhar significativo.
- É, Vitória, é por causa dele sim.
- Fiquei curiosa agora. Se o Floyd voltar a Serra Negra, você me leva pra conhecer sua casa?
- Claro, com todo prazer. Mas você quer voltar pra lá, Floyd?
- Quero não, eu vou voltar. É só ter alta desse hospital e já vou providenciar isso. Só preciso achar um lugar para morar lá. Meu apartamento antigo acho que já foi alugado por alguém ou ainda está interditado pela polícia depois do atentado e da morte do Gil.
Cristina ficou pensativa olhando para ele.
- Que foi? – ele perguntou, percebendo esse olhar.
- Estou aqui tendo uma ideia...
- Ideia?
- A casa da minha mãe está fechada, desde a morte dela... Você gostaria de morar lá?
Floyd chegou a se emocionar com aquele oferecimento. Seus olhos lacrimejaram.
LEONEL (REENCARNAÇÃO) X – CAPÍTULO 13
“OFERECIMENTO”
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!
NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS
OBRIGADA