LEONEL X - NOVA LUZ NO FIM DO TÚNEL - CAPÍTULO 6
CAPÍTULO VI – NOVA LUZ NO FIM DO TÚNEL
Leonel apertou Vitória nos braços também, mas já esperava que ela não obtivesse sucesso com Teodoro, por isso não disse nada.
- Eu tive vontade de... bater nele! – ela disse, afastando-se de Leonel e indo sentar-se na cama. – Não esperava que meu pai fosse um cara tão... duro, insensível! Ele sempre me pareceu superficial mesmo, mas... Talvez por eu nunca ter precisado dele pra nada tão importante que não fosse o dinheiro... Até achei que estivesse protegida na casa dele... mas eu não estou... Se eu ficar doente... ele vai me internar num hospital e pagar para outras pessoas cuidarem de mim, Leonel! Meu pai é um monstro! Ele não sente amor nenhum por ninguém! Ninguém!
Ela recomeçou a chorar compulsivamente. Leonel sentou-se ao lado dela e abraçou.
- Seu pai não é a única pessoa do mundo que pode ajudar o Floyd, Vi. A gente está aqui com ele.
- Como é que ele está? Você viu ele. Como é que ele está?!
- Está bem na medida do possível. Ele não gostou nada de saber que você tinha ido falar com seu pai.
- Ele conhece o Ted melhor do que eu...
Ao ouvir o apelido do ex-namorado de sua tia, Leonel pareceu ver uma luz no fim do túnel. Uma luz bem fraca, mas uma luz.
- Ted... Eu acho que tem alguém que ele ame mais do que a si mesmo nesse mundo sim, Vitória.
Ela ergueu o rosto e olhou para ele.
- Quem?
- Minha tia...
- Sua tia?
- Vamos tirar essas roupas e tentar descansar um pouco. Eu vou te contar a minha ideia.
Já deitados numa das duas camas do quarto, Leonel aconchegou Vitória nos braços e viu que ela ainda estava muito triste por não ter conseguido o apoio do pai em seu intuito de ajudar o irmão.
- Me conta logo que ideia é essa de meter sua tia no problema do Floyd. Ela está tão longe do meu pai e não acho que possa ajudar em nada.
- A Cris gosta demais do Floyd. Eu acho que vou ligar pra ela e contar sobre ele. Tenho certeza de que ela vai poder fazer alguma coisa por ele.
- Como?
- Quando eu conversei com seu pai, percebi nitidamente que ele ainda sente alguma coisa por ela. Ele me disse que se arrepende e lamenta muito ter traído ela com a mãe do Floyd.
- E daí?
- Eu tenho uma suspeita de que se ele vir minha tia de novo... e se ela pedir... ele muda de ideia em relação ao Floyd.
- Será?
- Vamos tentar?
- Mas você está esquecendo que tem o outro lado dessa moeda. Sua tia deve ter sofrido muito com a traição dele, não sofreu? Ela já esqueceu?
- Não digo que ela esqueceu, mas ela seguiu em frente.
- Casou de novo?
- Não... mas não foi por causa dele.
- Então por quê? Ela é contra o casamento como eu? O pai dela também era um sem noção como o meu?
- Não, ele disse rindo. – Meu avô era um cara bem legal, mas ele faleceu quando ela era bem jovem ainda.
- Ela é feia?
Leonel pensou na tia e sorriu, suspirando.
- Não... Ela é uma gata de trinta e seis anos. E era uma gata quando jovem também. Seu pai tem razão em lamentar ter traído ela.
- Como você sabe?
- A gente tem fotos de família em casa! Dos meus avós, do meu pai e dela quando jovens e nossas, do meu irmão e eu! Já ouviu falar em fotografia, japonesa?
- Ah, claro... Que pergunta idiota a minha! Mas mesmo assim. Quem te garante que ela vai aceitar se reencontrar com meu pai pra falar com ele?
- Pelo Floyd era faria isso sim. Você não conhece minha tia...
- Nem conheço, mas já estou gostando dela... ela disse, conseguindo sorrir, com um lampejo de esperança. – Mas por que ela não se casou?
Leonel demorou a responder. Vitória olhou para ele e insistiu:
- Hein? Por que ela não se casou, se não é contra o casamento como eu?
- Não sei... ele mentiu. – Questão de gosto. Ela é uma mulher muito exigente.
- Não vejo a hora de conhecer sua tia! Nós duas vamos nos dar muito bem!
- Eu disse a ela que você não quer se casar comigo, ele disse, para provocá-la.
- E o que ela disse?
- Que você é boba... Está desperdiçando uma grande oportunidade e um ótimo partido.
Vitória olhou de novo em seus olhos e mediu se ele estava realmente falando a verdade. Leonel sorria.
- Mentiroso!
Ele a beijou na testa e afastou-se dela, saindo da cama.
- Dorme aqui comigo! – ela pediu.
- Não, estou cansado. Preciso dormir esparramado na cama, não abraçado com você.
- E quer se casar comigo pra quê? A gente vai dormir em camas separadas?
- Você só vai saber se se casar comigo. Boa noite!
Ele se deitou, puxou o lençol por cima do corpo e virou de bruços, fechando os olhos. Vitória apoiou-se no travesseiro e ficou olhando para ele, mas começou a pensar no irmão.
LEONEL (REENCARNAÇÃO) X – CAPÍTULO 6
“NOVA LUZ NO FIM DO TÚNEL”
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!
NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS
BOM DIA E OBRIGADA