LEONEL IX - POSITIVIDADE SEMPRE - CAPÍTULO 8

CAPÍTULO VIII – POSITIVIDADE SEMPRE

Floyd entregou o telefone de volta para Caio que passou para Leonel o endereço do hotel em que estavam hospedados e o número do quarto, mas como não sabia quando estariam de volta do hospital, deu também o número do quarto onde o restante da banda estava com o empresário. Pelo menos teriam a possibilidade de encontrar alguém da banda para recebê-los, quando chegassem à cidade.

Caio desligou o telefone e Floyd, que tinha ouvido toda a conversa, pensou na possibilidade que Leonel teria de se encontrar com Ulisses e Saara.

- O Leo está vindo pra cá... e vai encontrar... os rapazes da banda?

- A gente não vai estar aqui. Ele não conhece o Vicente nem os meninos da banda, mas eu vou

deixar avisado aí embaixo que eles virão e avisar o Vicente que a gente não vai estar aqui e que eu vou te levar ao hospital e o que está acontecendo. Pelo menos eles vão estar com gente que conhece a gente. Não vão ficar perdidos na cidade. Você não concorda?

- Concordo... ele disse, ainda sem coragem de dizer a Caio o motivo da sua preocupação.

- Vai tomar seu banho. Eu vou avisar pro Vicente enquanto isso. Tenho certeza de que ele vai entender.

- Obrigado...

- Quando você sair dessa, eu vou aceitar seus agradecimentos e dizer o que eu penso dessa sua cabeça dura. Eu te mato... se você morrer...

Caio segurou o rosto dele com carinho e o beijou.

- Ainda bem que a febre cedeu, meu Deus. Me espera aqui. Eu já volto. Vou pedir o carro do Vicente emprestado pra gente ir mais rápido.

Em Belo Horizonte, Leonel desligou o telefone e chamou:

- Vitória! Você está bem?

Ele não ouviu resposta. Teve que ir até a cozinha. Vitória estava sentada à mesa com um copo de água nas mãos. Leonel sentou-se diante dela.

- Quando é que a gente vai pra lá? – ela perguntou, com lágrimas nos olhos.

- Agora, se você quiser.

- O que está acontecendo com meu irmão, Leonel?

- Ele está doente. Muito doente. Por mim, ele já teria dito pra você, mas você sabe como seu irmão é.

- Doente... como? Doente do quê?

- Ele tem... câncer no sangue... Leucemia...

Vitória baixou a cabeça sobre as mãos cruzadas sobre a mesa e chorou ainda mais; depois, nervosa, levantou a cabeça e disse:

- Mas isso tem tratamento! Por que ele não está se tratando ainda? E por que ele não me disse nada? Você sabia também e não... me disse nada, Leonel!

- Ele não queria te ver triste... Nem ele e nem eu...

- Eu fui muito burra! Não enxerguei o que estava diante dos meus olhos! Ele sempre foi magro, mas quando chegou lá em casa estava mais magro e pálido demais. Estava visível que ele não estava bem, meu Deus!

- Não se culpe por isso, Vi. Ele não te disse nada porque não queria que você ficasse assim. Procura usar toda essa força que você tem pra ajudar seu irmão com energia positiva. Ele precisa disso agora. A gente vai pra São Paulo e procura fazer o que for possível efetivamente estando perto dele. Se você tem noção de que ele tem chance, procura pensar assim e passar isso pra ele. Colocar isso na cabeça dele.

- Já que a gente vai pra São Paulo, eu quero passar na minha casa, primeiro. Preciso falar com meu pai.

- Com seu pai? Por quê?

- Ele precisa saber que meu irmão está doente. Precisa parar de tratar o Floyd dessa forma desumana que tem tratado. Ele tem que começar a ser pai dele. Teodoro Fontes é o pai dele! Tenho certeza que um transplante de medula vai ajudá-lo a sair dessa... É obrigação dele doar a medula! Eu tenho certeza de que eles serão compatíveis. Ou eu...

- Espero que você tenha sucesso e esteja certa. Você talvez saiba dizer pro seu pai o que ele precisa ouvir. Mas vamos primeiro ver o que o Floyd acha disso. Acho que ele não está muito preocupado com seu pai. Ele me disse que quer voltar pra Serra Negra.

- Serra Negra? Por quê?

- Não entendi bem. Disse que tem alguém lá que pode cuidar dele.

- Quem?

- Não sei... Ele até sonhou com essa pessoa hoje. Os sonhos dele são bem decisivos. Costumam ajudar. Acho melhor a gente fazer uma coisa de cada vez. Vamos pra São Paulo primeiro?

- Você tem o endereço dele lá?

- Tenho, o Caio passou pra mim. Nós vamos primeiro até o estúdio onde a banda do Caio está gravando o disco dele. Lá eles vão ter informações sobre onde o Floyd está.

- Eles quem?

- O Caio disse que o empresário dele vai estar lá com o grupo.

- Tá... Então vamos logo. Não vejo a hora de ver meu irmão...

Leonel deslizou as mãos pelos cabelos dela e lhe deu um beijo na boca.

- Não quero te ver pra baixo durante essa viagem, amor. Essa não é a minha Vitória. Tristeza não combina com o Floyd e muito menos com você.

Ela sorriu e enxugou o rosto.

- Você tem razão. Positividade sempre! Meu irmãozinho vai sair dessa!

- É assim que eu gosto. E só pra te provocar mais ainda, você vai dirigindo a moto até São Paulo.

- Combinado! Adoro dirigir motocicleta! Isso vai me acalmar.

- É isso! É tudo que eu quero. Eu te amo demais.

Ele a beijou com mais paixão e encostou a testa na testa dela, sorrindo.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) IX – CAPÍTULO 8

“POSITIVIDADE SEMPRE”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS

BOA TARDE E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 29/08/2020
Código do texto: T7049386
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