LEONEL VIII - PROCURADOS - CAPÍTULO 11
CAPÍTULO XI – PROCURADOS
Floyd e Ulisses ficaram olhando um para o outro por alguns segundos até que Ulisses resolveu disfarçar e abriu um sorriso amarelo.
- Não esperava mais te ver nessa vida, rapaz! Você sumiu.
- Vocês também...
Ulisses levantou a mão para apertar a dele, mas Floyd não se moveu. Ele então recolheu a mão e passou-a pelos cabelos.
- Você veio... assistir a gravação do nosso disco? – Saara perguntou com certo nervosismo na voz.
- Vim assistir a gravação do disco da CR5. O disco do Caio.
- Não só assistir, disse Caio, passando o braço em volta do ombro de Floyd. - Ele vai participar da gravação. Eu convidei e o Vicente aceitou. Não é o máximo?
- É... é sim...
- Você ainda não tinha dito pra eles? – Floyd perguntou.
- Não. Quis fazer surpresa, já que vocês já se conheciam.
- De repente, eles não querem tocar comigo de novo... disse Floyd.
- Querem sim, por que não quereriam? Não vai ser legal, meninos?
- Claro... disse Ulisses. – Será um prazer relembrar os velhos tempos.
- Bom, então chega de rapapés, falou Vicente. – Vão decidindo quem dorme onde nos dois quartos que a gente tem reservados pra gente porque à tarde nós vamos dar uma chegada no estúdio pra acertar os horários de gravação. Eu já estou mais ou menos a par dos horários do estúdio, mas quero que todo mundo esteja ciente de tudo pra evitar atrasos depois. Quero muita disciplina, estão ouvindo?
Ele falou a última frase olhando feio para os dois retardatários.
- Vamos almoçar juntos, ou alguém quer ficar aqui e dormir mais um pouco. Aproveitem que eu estou bonzinho.
- Dependendo da cama desse hotel, eu vou aceitar a sugestão, disse Fábio. - Acordei cedo pra caramba!
Ele foi até um dos quartos e testou a cama, pulando nela. Gritou de lá:
- Eu vou dormir até acordar! Tchau, gente!
- Não vai dormir de roupa e sapato, mocinho. Isso aqui é um hotel, não um bordel! – gritou Vicente.
- Falou, papai! – gritou o rapaz, abraçando-se a uma almofada, mas depois se levantando e começando a tirar a roupa.
Era melhor obedecer ao empresário para evitar estresses maiores.
- Vem, Eddie! A gente fica nesse aqui, antes que alguém invada.
Eddie entrou no quarto também e pulou na outra cama.
Vicente saiu do apartamento para resolver alguma coisa fora. Caio, Floyd, Ulisses e Saara ficaram na sala e o clima pareceu ficar pesado de um jeito que Caio, o único que estava alheio ao que acontecia entre os outros três, achou estranho.
- Quer ver logo onde a gente vai ficar, Floyd.
- Você se importa... se eu não ficar aqui?
- Por quê?
- Acho que tem muita gente pra se acomodar aqui, mesmo com dois quartos. Eu queria ir pra outro hotel.
- Sério? Você não quer pensar melhor? A gente vai almoçar daqui a pouco e depois você decide. Eu não quero ficar longe de você.
- Não quero separar você da banda, mas se você quiser pode vir comigo... Tem outro hotel aqui pertinho. A gente pode ficar lá.
- Pode ser... Eu vou falar com o Rocco depois do almoço. Vou tomar um banho, antes. Me espera?
- Claro, vai nessa.
Caio se afastou. Floyd olhou para Ulisses, sentando na poltrona a sua frente e Saara deitado no sofá, abraçado a uma almofada. Os dois tinham ficado ali apenas ouvindo a conversa.
- Vocês estão juntos? – Ulisses perguntou.
- Como vocês.
- Nós somos amigos.
- Nós também.
- Você não quer ficar aqui no apartamento por nossa causa?
- Vocês sabiam que estão sendo procurados em Serra Negra pelo que fizeram ao Leonel Marques?
- Procurados? – perguntou Saara, temeroso.
- Aquilo foi só uma brincadeira, disse Ulisses.
- Brincadeira? O Leonel quase morreu, seu idiota!
- Você não vai... denunciar a gente, vai?
- Não posso fazer isso ainda. Não quero prejudicar a gravação do disco da banda do Caio... da qual vocês infelizmente fazem parte. Mas a vontade é grande. Quando tudo isso terminar, vou falar com o Leonel e ele vai decidir.
LEONEL (REENCARNAÇÃO) VIII – CAPÍTULO 11
“PROCURADOS”
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!
NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS
BOA TARDE E OBRIGADA!