LEONEL VIII - DON'T GO ANYWHERE! - CAPÍTULO 7

CAPÍTULO VII – DON’T GO ANYWHERE!

Vitória ficou olhando para o namorado nos olhos por alguns segundos. Leonel sustentou seu olhar. Floyd levantou-se, foi ficar atrás de Caio e o abraçou pelo pescoço, esperando o desfecho daquele impasse.

- Você está me colocando contra a parede, Leonel? – ela perguntou.

- Não. Eu respeito seu ponto de vista. Mas eu não vou ficar procurando um lugar pra morar porque eu já tenho lugar pra morar. Eu moro com minha família em Serra Negra. Tenho minha família lá, meu pai, minha tia, meu irmão, minha cunhada e ela está grávida do meu sobrinho que vai nascer em breve. Eu quero formar minha família também. Quero me casar e ter filhos logo, mas não precisa ser necessariamente com você, se isso não faz parte dos seus planos. Eu te amo, mas não vou ficar dependendo de você pra fazer isso.

- Também te amo...

- Fico muito feliz com isso.

- Vamos fazer uma coisa?

- O quê?

Vitória afastou-se dele e ajeitou os cabelos. Olhou para o irmão e para Caio e se ajeitou no sofá, ficando de frente para ele. Disse:

- Vamos ficar aqui por um tempo, depois... quando terminarem as gravações do disco do Caio e do Floyd... a gente começa a pensar nisso, tá?

- Você vai pensar se quer casar comigo?

- Já é um avanço, você não acha? Você não pode exigir que eu mude de ideia de uma hora pra outra, Leonel.

Leonel olhou para os dois rapazes também por cima do ombro dela e Floyd fez sutilmente um sinal de positivo com a mão que Vitória não viu por estar de costas. Caio apenas sorria.

- E aí? – ela perguntou. – Vamos ficar?

- Tudo bem...

Vitória pulou em seu pescoço e encheu seu rosto de beijos.

- Te amo! Te amo! Te amo! Não vejo a hora de entrar naquela banheira com você, gato!

- Menos, Vitória, Leonel disse, constrangido. – Tem dois caras atrás de você assistindo a todo esse espetáculo.

- Eles sabem exatamente o que eu estou sentindo, bobo, e morrendo de inveja de mim!

Floyd e Caio riram. Leonel corou até a alma.

Naquela mesma noite, eles se mudaram para o apartamento de Caio.

No apartamento havia dois quartos grandes e Vitória e Leonel se instalaram num deles, já que haviam assumido para valer seu caso de amor. Floyd ficou num outro, mas ainda não havia contado nada a Caio sobre sua intenção de morar com ele definitivamente, como tinha dito a Leonel. Disse aquilo para o rapaz para começar a se desligar dele aos poucos em doses homeopáticas. Ele mesmo ainda teria que se acostumar com a ideia. Mas nem sabia como Caio iria aceitar aquela nova situação. Nem sabia se ele diria que sim ou que não. Teria que ser bem sutil nas palavras.

Caio saiu naquela noite para fazer mais um show em Valinhos e deixou os amigos se instalando.

Voltou de madrugada e quando entrou no apartamento, encontrou Floyd deitado no sofá, acordado.

- Oi...

- Oi...

- Ainda acordado? Pensei que você fosse dormir cedo, depois da mudança.

- Não consegui dormir. Fiquei esperando por você.

- Que bom... Mas por que aqui na sala? Tem um quarto enorme lá dentro.

- Achei melhor ficar aqui por enquanto. Preciso... conversar com você. Como foi o show?

- Muito bom. Estou bem pregado, mas é muito legal chegar em casa e ter alguém pra receber a gente...

Caio colocou a caixa do baixo encostada num canto e sentou-se na beira do sofá.

- O que você quer conversar? Pela sua cara é coisa importante. Está tudo bem com a sua irmã e o Leonel?

- Está... Devem estar no terceiro sono.

- Ou não... Caio disse, malicioso, tirando a camisa. – Casa nova, cama diferente... Isso dá tantas ideias... Pra um casal é como estar em lua-de-mel.

- Não sei não. Eles foram dormir bem tarde e estavam bem cansados também.

- Mas quem disse que fazer amor cansa? Faz suar, mas é um cansaço tão bom depois... Ajuda a dormir melhor...

Caio franziu o nariz e tocou de leve a ponta do nariz do amigo.

- É... Floyd disse pensativo, olhando o rapaz enxugar o rosto com a camisa.

- Que foi? – Caio perguntou, ao sentir-se observado com tanta atenção.

- Nada...

- Você... se importa se eu for tomar um banho primeiro?

- Não, claro que não. Fique à vontade. Faz de conta que a casa é sua.

Caio riu gostoso e jogou a camisa sobre ele.

- Me espera lá no quarto. Eu volto já. Don’t go anywhere, dear!

Ele afastou-se e desapareceu atrás da cortina que separava o corredor da sala.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) VIII – CAPÍTULO 7

“DON’T GO ANYWHERE!”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS

OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 25/08/2020
Código do texto: T7045732
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