LEONEL VI - POSSESSIVIDADE - CAPÍTULO 12

CAPÍTULO XII – POSSESSIVIDADE

Quando o carro já estava na saída da cidade, próximo à estação desativada, Leonel pediu para Vitória parar o carro.

- Que foi? – ela perguntou.

Leonel ficou olhando para a direção de sua rua, paralela à linha do trem.

- Ele mora aqui, Vi, Floyd disse. – Quer dar uma passada lá, Leo?

- Não... Deve estar todo mundo dormindo... Só... senti saudade...

Floyd sabia o que ele estava sentindo. Colocou a mão em seu ombro em apoio. O rapaz respirou fundo e colocando a mão sobre a mão de Vitória, pediu:

- Vamos embora, Vitória. Quero chegar logo em BH.

Ela colocou o carro em movimento de novo e eles foram por todo percurso até Belo Horizonte em silêncio.

Quando entraram no quarto, Floyd despediu-se da irmã, desejando-lhe boa noite e foi para o quarto ao lado. Leonel ficou com ela, para despedir-se também.

Vitória sentou na cama com ele e Leonel a beijou.

- Boa noite...

- Posso te perguntar uma coisa?

- O quê?

- O que aconteceu de verdade entre você e a sua família? Você não me pareceu ter brigado com eles quando saiu de Serra Negra. O que está acontecendo? Que assunto de... homem foi aquele que o Floyd falou que te deixou tão pra baixo outro dia, antes do nosso primeiro show em Belo Horizonte. Tem a ver com a garota que você gostava lá?

- Tem...

- Posso saber o que é ou... é segredo?

Ele olhou para a mão dela na sua.

- Isso já virou passado, Vitória.

- Se já virou passado, você pode contar. A menos que esse passado ainda te atinja.

- Eu não posso ter segredos pra você, se quero ter um futuro com você...

- Também acho que não, mas foi você que disse. Não quero te obrigar a nada.

Ele olhou em seus olhos e suspirou.

- Tem a ver com a namorada do seu irmão? É dela que você gostava?

- Como você sabe disso?

- O Floyd me disse, mas eu perguntei, depois que você me beijou pela primeira vez e me deixou em suspense, lembra?

- Lembro...

- Eu queria saber em que chão estava pisando. Ela ainda mexe com você?

- Não devia e eu estou fazendo de tudo pra não mexer mais, mas está meio complicado.

- Complicado como? Quer explicar do começo?

- Ela... vai se casar com meu irmão... Está grávida dele.

Vitória ergueu as sobrancelhas.

- Uau! Rapidinha ela...

- Eles já namoravam quando eu saí de lá... Eu nunca tive nada com ela.

- E aí? O que você pretende fazer?

- Nada... Quero namorar você.

- Namorar comigo pra esquecer dela?

- Não vai ser pra sempre. Eu vou desencanar dessa, com sua ajuda.

Ela demorou os olhos no rosto dele.

- Devo confiar nisso? Posso ter a cabeça bem aberta, mas quando eu gosto, gosto de verdade e sou bem possessiva. Não estou muito a fim de dividir você com ninguém...

- Verdade?

Ele beijou sua boca bem de leve.

- Não sei se deu pra entender, mas eu quase tirei você do meu irmão... Entende a gravidade da coisa?

- Mais ou menos... Eu não sou e... nunca fui do seu irmão.

- Mas ele te ama e é como se fosse.

- Hum...

Ela encostou os lábios nos dele novamente e os dois se beijaram, com paixão.

- Posso dormir aqui? – ele perguntou.

- Não... Estou cansada e você também está e, depois do que houve hoje, é capaz de me trair sonhando com ela. Não vou aceitar isso de novo, entendeu?

- Entendi. Vou pro meu quarto então, sonhar com você.

- Acho bom...

- Boa noite.

Ele se levantou, beijou sua testa e acariciou seus cabelos, saindo do quarto em seguida.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) VI – CAPÍTULO 12

“POSSESSIVIDADE”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS

BOM DIA E OBRIGADA!