LEONEL VI - BRAVO! - CAP. 7

CAPÍTULO VII – BRAVO!

Leonel se levantou e agradeceu. Os aplausos demoraram alguns longos segundos. Vitória pegou sua mão e desceu com ele do palco, indo novamente para a mesa.

- Como você fez isso? – Floyd perguntou.

- Não sei...

- Foi fantástico! – disse Décio. – Você é um gênio e a voz da Vitória... maravilhosa. Não tenho dúvida que, com uns ajustes, vocês vão arrasar aqui. Não conheci a música que você tocou depois de “Tonight”. De quem é?

Leonel olhou para Floyd que encolheu os ombros sutilmente e sorriu, respondendo por ele.

- É dele!

- É sua? Muito boa. Não é a vibe do lugar, mas é genial também. Você tocou... como se a musa da música estivesse te ouvindo! Quem é? Essa música tem nome?

- É... “Gilda”... Ela era minha avó... Leonel respondeu, emocionado.

- Interessante... Coloquem no repertório de vocês, se realmente forem ficar...

Décio olhou para o palco e viu outros músicos subindo ao palco.

- Ah, a banda da casa chegou. Vou até lá dar uma assistência pra eles. Fiquem à vontade. Vocês assistem ao show deles e depois a gente conversa mais. Com licença.

Ele se afastou na direção do palco.

- Por que você disse que aquela música era minha, Floyd? – Leonel perguntou. - Não é!

- E de quem é?

- Do... meu avô...

Floyd apenas ergueu as sobrancelhas e sorriu, tomando um gole de cerveja e, abraçando Vitória pela cintura, disse:

- Você estava linda lá em cima, japa. Amei!

Durante o resto da noite, eles assistiram ao show da atual banda do clube e Décio lhes deu algumas coordenadas para animar o público da casa. Citou discretamente alguns defeitos e qualidades da outra banda e eles decidiram juntos o que deviam ou não fazer em termos musicais, vocais e em termos de postura no palco. Depois, Décio foi mostrar a eles a aparelhagem e Leonel ficou fascinado pelo grande número de teclados que eles possuíam.

- Uau! – ele falou, extasiado.

- Quer tocar alguma coisa, Leonel? – Décio perguntou, divertindo-se com sua admiração.

- Claro! Posso? – ele perguntou, acariciando um Yamaha GS.

- Vá em frente.

Ele ligou o instrumento e tocou “Êxtase”, de Guilherme Arantes. Décio deu voz à canção e não ficaram devendo nada ao cantor original. Leonel terminou a canção, satisfeito. Vitória e Floyd aplaudiram e ele assobiou alto.

- Bravo!

- Nós vamos arrasar! – falou Décio, animado, batendo com as mãos abertas nas de Leonel.

Mais tarde, já de madrugada, Vitória começou a dar sinais de cansaço e pediu:

- Gente, que tal se voltássemos pro hotel? Estou com sono.

- É, já está tarde, disse Décio, olhando no relógio. – Vocês viajaram o dia inteiro, não foi?

- Leo, leva a Vitória pro hotel, disse Floyd. – Eu vou ficar mais um pouco por aqui.

- Por quê? – o rapaz perguntou.

- Quero colocar o papo em dia com o Décio. Eu vou mais tarde.

- Tudo bem. Tchau, então. Até amanhã, Décio.

- Até mais tarde, ele disse sorrindo. - Já é amanhã.

- É... Tchau.

Vitória despediu-se do rapaz com um beijo no rosto e os dois afastaram-se. Décio encostou-se ao piano e olhou para o amigo.

- Ainda nessa, cara?

Floyd nem olhou para ele, mas também não respondeu, fingindo estar testando o sintetizador.

- Eu posso ajudar? – Décio insistiu.

- Pode, ele disse, com um suspiro. – Quero tomar o maior copo de vodca que você tiver.

Décio sorriu e balançou a cabeça.

- Vem, eu tenho coisa melhor...

LEONEL (REENCARNAÇÃO) VI – CAPÍTULO 7

“BRAVO!”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS

OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 17/08/2020
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T7037965
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