LEONEL V - GRÁVIDA - CAPÍTULO 7

CAPÍTULO VII – GRÁVIDA

Cristina estava na sala de estar com Leandro, quando Leonel e Floyd chegaram, na manhã seguinte.

Bruno veio descendo as escadas, quando eles entraram na casa. Encarou o filho muito sério, mas permaneceu em silêncio.

Leonel aproximou-se dele e, sabendo que ele tinha muito a dizer, pediu:

- Fala o que vai na sua cabeça, pai.

Bruno olhou para Floyd, depois para o filho novamente e finalmente disse:

- Boa viagem.

Leonel percebeu que por trás daquela frase havia milhares de objeções.

- Eu volto, pai. Não se zangue comigo. Eu vou ficar bem.

Bruno não disse nada. Floyd aproximou-se dele, ficando ao lado de Leonel e disse:

- Se o que preocupa o senhor é a relação que eu tinha com o Gil, seo Bruno, pode ficar sossegado. Seu filho não vai ter nada com que se envergonhar, quando voltar... Ele é um rapaz íntegro e vai continuar sendo.

- Eu sei que ele é... ou era... Mas ele não precisa voltar... Ele escolheu o destino dele...

- Pai! – Leonel exclamou.

- Eu não vou impedir nada do que você queira fazer, Leonel. Começou a fazer essa faculdade de música que não sei que futuro daria pra você e já me conformei. Agora você vai largar a faculdade também pra seguir... esse aí. Já percebi que falhei com meus dois filhos. Naquele ali eu ainda posso dar um jeito, ainda depende de mim legalmente, mas você... Você é maior de idade e deve saber o que faz, mas não me peça pra aceitar isso. Não precisa voltar...

Os olhos de Leonel encheram-se de água. Bruno subiu. Ele fez menção de seguir o pai, mas Cristina o impediu, segurando seu braço.

- Deixa... Eu converso com ele depois. Não se preocupe. Mas numa coisa ele está certo em se preocupar. O que você vai fazer com a faculdade, Leonel?

- Não sei ainda. Trancar... Ainda vou pensar sobre isso. Não sei, tia. Tenho dois meses de férias ainda pra pensar.

- É... Faça de conta que você vai sair de férias, mas pense nisso com carinho. Essa faculdade é seu futuro e seu sonho... há muito mais tempo do que você imagina.

Cristina disse isso pensando em Leo Torres, que na encarnação anterior teria sido muito feliz em estudar música com a concordância e o apoio do pai também, como a mãe queria.

- Sua mala está no seu quarto. Vá pegá-la.

Leonel abraçou a tia com força e demoradamente.

- Eu amo você...

- Também amo você, querido. Vá com Deus...

Ele lhe deu um carinhoso beijo no rosto e afastou-se dela. Olhou para Leandro que havia ficado calado todo tempo, apenas observando tudo. Aproximou-se dele e estendeu a mão. Leandro a apertou, sorrindo.

- Te cuida, cara.

- Você também, Leandro revidou. – Não vai se despedir da Helena?

- Não... Quero que você tome conta dela. Não a deixe sozinha. Ela ainda pode vir a aprender a te amar muito. Não desperdiça isso.

- Ela não vai entender se você for embora sem falar com ela.

- Vai sim. Eu sei que vai.

Leonel abraçou o irmão e foi para a escada, subindo correndo. Cristina olhou para Floyd.

- Senta, Floyd. Ele não demora.

- Eu vou esperar lá fora na moto, se você não se importa.

Cristina sorriu e o abraçou.

- Vai com Deus! Cuida bem do nosso menino.

- Com prazer... ele disse.

Segurou o rosto dela entre as mãos e a beijou carinhosamente na boca. Leandro estranhou, mas não disse nada.

- Eu te amo...

- Também te amo, ela repetiu.

Floyd beijou seu rosto várias vezes e afastou-se dela.

- Tchau, garoto, disse para Leandro.

Leandro apenas levantou a mão, despedindo-se. Floyd saiu da sala.

Cristina aproximou-se de Leandro e perguntou:

- O que é que você tem? Está quieto o dia inteiro.

- Estou com raiva de mim mesmo, tia.

- Por quê? Pelo que aconteceu com o Leonel? Ele já te perdoou, você viu.

- Não, não é isso. Eu aprontei outra, Cris. Irreversível dessa vez.

- Como assim? O que você fez?

- A Helena esteve aqui ontem, enquanto você estava fora com o Leonel. Ela disse pra mim que tinha se acertado com ele, que o amava como ele a ela e que não dava mais pra gente continuar... como antes, como namorados.

- Meu Deus! Ela fez isso?

- Fez...

- E você? O que disse?

- Eu aceitei...

- Tudo bem pra você? Não vai brigar com o Leo por isso?

- Não... Já não tenho mais como brigar com o meu irmão. Não, depois de tudo que eu fiz. Eu sei que ela não me ama, mas gosta dele, sempre gostou. Namorava comigo pra fazer ciúme nele e no fundo eu sabia disso. Transei com ela todas as vezes pra deixá-lo louco. Mas eu sentia que ela não sentia nada. Estava sempre com a cabeça nele.

- Foi tolice fazer isso. Machucou ela, você e seu irmão, sim, mas... não vejo erro seu irreversível nisso. O fato de ela não ser mais virgem não é o fim do mundo... ou é?

- Ela não ser mais virgem não é o único problema, tia... Ela está grávida. A Helena vai ter um filho... meu!

LEONEL (REENCARNAÇÃO) V – CAPÍTULO 7

“GRÁVIDA”

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

NÃO PERMITA QUE EU ME APARTE DE VÓS

BOA TARDE E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 11/08/2020
Código do texto: T7032486
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