LEONEL III - CONFUSÃO - CAPÍTULO 11
CAPÍTULO XI – CONFUSÃO
Cristina conseguiu entrar em contato com Floyd e comunicou a ele a urgência de Leonel em lhe falar. Dois dias depois, Floyd apareceu no casarão para ver o amigo e Bruno o recebeu.
- Bom dia, seo Bruno.
- Bom dia, respondeu Bruno, muito sério.
- Eu queria... ver o Leonel... Ele está melhor?
Meio a contra gosto, Bruno abriu passagem na porta para ele. Cristina vinha descendo as escadas e sorriu ao ver o irmão receber o rapaz sem restrições.
- Ele... está no jardim, com minha irmã...
- Não está, ela disse. – Eu subi pra pegar o jogo de xadrez. Entra, Floyd.
Como Bruno estava ainda com a mão na maçaneta da porta, Floyd perguntou:
- Posso entrar?
- Claro... disse Bruno, afastando-se.
Cristina seguiu na frente e Floyd ia acompanhá-la, mas Bruno disse em voz baixa.
- Eu estou permitindo que você entre na minha casa pra não entrar em atrito com meu filho e com minha irmã. Eu não quero me indispor com eles... mas eu quero que fique bem claro que, se dependesse de mim, você nunca pisaria nessa casa.
- Eu respeito a sua posição. Se eu fosse o senhor, faria o mesmo. Mas, embora o senhor não acredite, eu garanto que a única coisa que me liga a seu filho é uma grande amizade. Nunca tive intenção de fazer nenhum mal a ele. O Leonel não tem nada a ver com a vida que eu levo e eu sei muito bem separá-lo dela. Não quero passar a vida inteira brigando com o senhor. Sei também que o senhor não é o homem radical que aparenta ser, senão não teria um filho como o Leonel. Por favor, procure na sua consciência se realmente o senhor odeia o que eu sou ou o que o senhor quer ver em mim.
Bruno ficou novamente desconcertado, como sempre ficava, cada vez que falava com Floyd.
- Com licença... pediu o rapaz, afastando-se dele e seguindo para o jardim da casa.
Leonel estava no quintal do casarão, sentado na grama junto de Cristina. Jogavam xadrez. Floyd sentou-se perto deles e piscou para ela que sorriu. Leonel deu seu lance e declarou:
- Cheque...
- Ah, não vale! – ela reclamou. – Foi só o Floyd chegar!
Leonel olhou para o amigo e o cumprimentou:
- Oi...
Apertaram-se as mãos. Cristina levantou-se.
- Bem, só me resta ir buscar uma bebida pra gente. O calor deve estar turvando minha cabeça. Eu volto já. Não briguem!
Ela afastou-se para o interior da casa. Leonel arrumou as peças novamente no tabuleiro e convidou:
- Quer jogar?
- Você sabe que eu não sei jogar isso, Floyd disse, abraçando os joelhos diante do corpo.
- Como não sabe? Foi você quem me ensinou!
- Não fui eu, Leonel.
- Não foi?
- Não...
Leonel passou a mão pela testa.
- Acho que eu estou ficando louco...
- Não seja tão drástico. Enganos acontecem. Quando eu te conheci, você já jogava xadrez. Eu até pedi pra você me ensinar. Sempre tive vontade de aprender a joga isso. O máximo que eu consegui nessa minha vida maluca foi aprender a tocar guitarra e teclado de ouvido. Xadrez não se consegue aprender nos discos do Pink Floyd ou dos Beatles. Embora sejam de outro mundo...
Leonel sorriu e concordou balançando a cabeça.
- Eu não estou legal, Floyd... Ando esquecendo coisas importantes. Detalhes super presentes na minha vida. Minha cabeça está um caos.
- É normal... O que você passou foi uma barra. Com o tempo tudo fica bem de novo.
- Foi o Gil e os amiguinhos dele, você sabe, não é?
- Sei. Você contou à polícia?
- Não... Podia complicar você. E... na verdade, ele nem me tocou. Deixou que os outros dois fizessem tudo...
- Eles o interrogaram e ele disse que só abriu a porta do apartamento pros outros dois caras. Está respondendo processo por conivência, mas como ficou provado que ele não teve nada a ver com o... o ato, ele não foi preso.
Leonel pegou numa peça do tabuleiro e ficou com ela na mão, pensativo.
LEONEL (REENCARNAÇÃO) III – CAPÍTULO 11
“CONFUSÃO”
O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,
AMANDO SEU IRMÃO.
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!
BOM DIA E OBRIGADA!