LEONEL III - CONSCIÊNCIA PESADA - CAPÍTULO 9

CAPÍTULO IX – CONSCIÊNCIA PESADA

Na hora do jantar, todos desceram e sentaram-se à mesa, menos Leonel. Bruno esperou um pouco antes de pedir à empregada para servir a mesa, até que o filho descesse, mas ele demorava demais.

- Leandro, você não quer ir chamar seu irmão? Pode ser que ele não esteja disposto a descer e comer com a gente. Pergunte a ele se ele quer alguma coisa no quarto mesmo. Eu peço pra Rosa levar pra ele.

Leandro não gostou muito da incumbência e olhou para Cristina, que perguntou:

- Você quer que eu vá, Leandro?

- Não, pode deixar, eu vou.

Ele se levantou e subiu. Chegando diante da porta do irmão, bateu levemente e chamou.

- Leonel! O pai está chamando pra gente jantar.

Não ouviu resposta. Abriu a porta e não viu Leonel no quarto. Procurou por ele no banheiro e também não o achou. Viu a porta do quarto de Cristina totalmente aberta e acho isso estranho. Cristina sempre fechava sua porta. Foi até lá, entrou e viu Leonel caído ao lado do piano, desacordado. Assustado, correu até ele e gritou:

- Pai! Cris! Corram aqui!

Aproximou-se do irmão e levantou sua cabeça do chão. Ficou muito assustado e sentiu uma vontade incontrolável de chorar. Uma vontade que ele nem sabia de onde vinha, já que não morria de amores pelo irmão.

Quando Cristina e Bruno chegaram, ele começou a gritar:

- Não fui eu! Não fui eu que o empurrei, pai! Não fui eu! Eu juro que não fui! Quando eu cheguei aqui, ele já estava no chão!

- Calma, Leandro! – falou Cris, afastando-o do irmão, enquanto Bruno erguia Leonel do chão e o levava para a cama de Cristina. Leandro não conseguia parar de chorar e Cristina o colocou sentado na banqueta do piano, abraçando-se a ele.

- Ele está ardendo em febre, falou Bruno. - Vou ligar pro doutor Xavier.

- Eu não fiz nada, juro... disse Leandro, ainda tremendo.

- Calma, falou Cristina, ajoelhando-se ao lado do rapaz e segurando sua mão.

- Ele já estava caído quando eu entrei, juro, tia!

- Eu acredito, calma... Não precisa ficar assim. Não me lembro de ter te visto tão nervoso antes. Por que você acha que nós pensaríamos que você fez alguma coisa?

- Sei lá... Quando eu o vi deitado no chão... me deu a impressão de que...

- De que o quê?

- Não sei... Deu a impressão... de que eu já tinha visto essa cena e que eu... era culpado do que tinha acontecido...

- Como assim?

Ele olhou para o quadro de Leo Torres na parede.

- Esse quarto me dá arrepios, tia. Eu não gosto daqui...

Leandro saiu do quarto apressadamente. Cristina sabia bem o que ele havia sentido, embora ele mesmo não soubesse. Foi para perto de Leonel e sentou-se ao lado dele na cama, segurando sua mão. Ela colocou a outra mão sobre a testa dele. O rapaz suava bastante e estava quente como fogo. Seu rosto estava vermelho.

- Leo... ela murmurou.

Leonel começou a acordar e olhou para ela.

- Tia...

Cristina percebeu que Leonel estava de volta.

- Eu estou aqui, querido, calma. Seu pai já foi chamar o médico. Vai ficar tudo bem.

Ela passou novamente a mão por sua testa molhada e afastou seus cabelos. Leonel respirava com dificuldade e segurou a mão dela com força e a apertou, fechando os olhos.

- Meu pai... Cadê meu pai?

- Ele já vem.

- Estou com frio... Minha boca está seca...

Cristina soltou sua mão com dificuldade.

- Não sai de perto de mim! – ele pediu.

- Vou pegar um cobertor pra você, querido, e água.

Ela levantou-se e foi até o guarda-roupa pegar uma manta para cobri-lo.

- Não vou te dar água ainda porque não sei se você pode beber. Você se lembra de ter caído, batido a cabeça?

- Não... acho que não, mas meu pescoço dói...

- Tenha paciência. Vamos esperar o doutor Xavier.

Bruno entrou no quarto e foi para perto do filho.

- O médico vai estar aqui em pouco tempo.

- Pai! – exclamou Leonel, chorando.

Ao ver que realmente aquele era seu filho amado, Bruno também começou a chorar e ergueu Leonel abraçando-o.

- Que bom que você está de volta, meu menino!

LEONEL (REENCARNAÇÃO) III – CAPÍTULO 9

“CONSCIÊNCIA PESADA”

O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,

AMANDO SEU IRMÃO.

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

BOM DIA E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 30/07/2020
Código do texto: T7020906
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