LEONEL II - ALMOÇO - CAP. 11

CAPÍTULO XI – ALMOÇO

Bruno aproximou-se do filho e perguntou:

- Você quer que eu vá embora também?

- Por favor... Leonel respondeu, com voz tranquila. – Mas pode voltar... quando quiser. Me dá só um tempo. Minha cabeça está muito... Eu quero dormir um pouco.

Bruno aceitou aquela decisão e saiu. No corredor, viu Cristina conversando com Floyd. Não se aproximou deles. Passou direto e saiu do corredor.

- Ele deve estar bem confuso... disse Floyd.

- Está... mas ele é o que está menos precisando entender o que está acontecendo. Eu agradeço a Deus, às vezes, por ele não acreditar. Mas ele sempre foi um bom pai pro Leonel e pro Leandro.

- Eu sei... A gente vê isso pelo caráter do Leonel.

Cristina suspirou e passou as mãos pelos cabelos.

- Quer almoçar comigo?

- Almoçar? Eu não faço isso desde que trouxe o Leonel pra cá. Não voltei mais pro apartamento desde então.

- Por quê?

- Não consigo entrar lá...

- Então seu estômago deve estar pequenininho. Vamos. Tem um restaurante/lanchonete gostosinho aqui perto.

- Não trouxe dinheiro nenhum comigo, Cris.

- Eu estou convidando. Vem.

Os dois foram a um restaurante a dois quarteirões do hospital e já acomodados numa mesa perto da porta do restaurante self-service, eles almoçavam, enquanto conversavam.

- A moto do Leonel ainda está no estacionamento do meu prédio.

- Depois você devolve. Ele não vai precisar dela por enquanto.

- Eu preciso ir até lá rápido. Vou ver se faço isso hoje. E preciso encontrar com o Gil também, saber quem foi que o pagou pra fazer o que fez com o garoto e por quê.

- Você acha mesmo que foi ele?

- Agora que conversei com o Leo, tenho certeza.

- Que participação ele deve ter na história do Leo pra fazer uma atrocidade dessas? Será que foi ciúme de você?

- Ele pode até estar querendo se esconder atrás disso, mas... acho que não. Ele é muito mais “galinha” do que eu. Ninguém nessa relação doentia é tão fiel assim.

- Será que foi coisa... encomendada?

- Eu faço uma ideia, mas tenho que conversar com ele primeiro pra ter certeza.

Os dois ficaram em silêncio, enquanto comiam. Floyd olhou para ela, pensativo, e perguntou:

- Você já parou pra pensar no que é na vida do Leo, Cris?

- Eu?

- É... Já parou pra pensar por que você está a tanto tempo na vida dele? Por que ele procurou por você e não por outra pessoa? Ele podia ter procurado pela própria Gilda. Por que você?

Cristina encolheu os ombros e sorriu.

- Não sei... Você sabe?

Ele sorriu também, enigmático.

- Pergunte a ele, quando estiver melhor, se essa volta tão traumática demorar a passar.

- Ah, Floyd!

- Não posso interferir nisso, Cris. Ele te ama por mil razões. E você não se apaixonou por ele enquanto espírito à toa. Quando o... Leonel falava de você pra mim, ele não falava só de uma tia solteira e charmosa; ele falava de você como um ser especial, bonito, quase um anjo... Eu morria de ciúme... dele e de você. Esse sentimento idiota só acabou quando eu te conheci... porque eu passei a te amar também.

Cristina sorriu e passou a mão pelo rosto dele.

- Pena que eu já tenho uma vida tão complicada, ele continuou. – Complicada o suficiente pra não permitir que eu compartilhe da sua vida como homem.

- Você já compartilha, ela disse. – Só pelo fato de você amar o Leonel como ama. E conhecer toda complexidade da vidinha dele.

Ele terminou de comer e passou o guardanapo pelos lábios.

- Bom, vou fazer o que tem que ser feito. Vou até o apartamento. Tomara que o Gil não esteja lá... ou esteja, nem sei...

- Será que ele teria essa cara de pau?

- Ele é gay, viciado e mora quase de favor na minha casa. Você espera o quê de um cara assim?

Ela sorriu.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) II – CAPÍTULO 11

“ALMOÇO”

O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,

AMANDO SEU IRMÃO.

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

BOM DIA E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 25/07/2020
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T7016008
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.