LEONEL II - REENCONTRO - CAPÍTULO 8

CAPÍTULO VIII – REENCONTRO

Cristina ficou olhando para o sobrinho sem saber que atitude tomar.

- O que eu fico pensando é... como isso aconteceu com você? Você ainda lembra da sua vida como Leonel?

- Algumas coisas... Ele era ou é... exatamente o que eu queria ser, mas não tão impotente. Eu queria ter um meio de mostrar pro... Leandro, que eu gosto dele, além da vida que nós dois levamos como... filhos do Bruno... mas eu sei que ele não vai acreditar em mim se eu continuar apenas aceitando as provocações e as desfeitas que ele me faz. Mesmo que eu o perdoe agora pelo que ele me fez, me matando na outra vida, o que eu já perdoei, eu sei que ele vai continuar fazendo isso. Ele não sabe quem é, não sabe de onde vem o ódio que tem por mim... Não pode parar a si mesmo. Meu medo não é meu, não é por mim, é por ele. Não quero passar a vida inteira fazendo o que fiz como filho de Samuel Torres. Ele me odiava por achar que eu era culpado pela morte do filho mais velho e eu era inocente, mas eu também não agi certo, várias vezes depois. Eu sei que estava errado antes, mas não tenho muita certeza de estar agindo certo agora. Estou me sentindo fraco... inútil... O Leonel é bom demais... Eu voltei porque... ele não ia aguentar a barra de tudo que passou naquele apartamento... sozinho...

Bruno abriu a porta do quarto e ficou olhando para o filho, hesitante.

- Posso entrar?

- Pensei que você tivesse ido pra casa, Bruno, Cristina disse.

- Não consegui. Eu preciso falar com ele de novo. Eu posso entrar?

Cristina olhou para Leo e ele respondeu:

- Claro...

Bruno aproximou-se deles e perguntou:

- Você... está melhor?

- Estou... Me desculpe...

- Do quê? Você não me fez nada. Eu é que sinto muito por tudo que aconteceu com você. Podia ter protegido você, filho...

Os olhos de Leonel encheram-se de água e ele procurou disfarçar, passando as mãos pelos os olhos.

- O Harol... O Floyd está aí fora?

Bruno percebeu que Leonel havia começado outro nome antes de falar de Floyd e perguntou:

- Você ia perguntar por outra pessoa, filho. Quem?

Leonel ficou hesitante e não respondeu. Olhou para Cristina, procurando apoio e ela contornou:

- Ele está confuso ainda, Bruno.

- Eu sei. Não reconheceu nem a mim...

- Você é meu pai. Não tem nada errado comigo agora. Eu estou bem e... você não podia ter feito nada pra evitar isso. Eu te amo muito.

- Tem certeza? – Bruno perguntou. – Não consigo te reconhecer como meu filho, meu Leonel. Seu jeito de olhar, de falar... estão diferentes. Que foi que aquele marginal fez com você?

- O Floyd não teve culpa de nada, eu juro!

- Está tentando protegê-lo a troco de quê, Leonel?

- Ele é meu melhor amigo... e seu também, droga! – Leonel falou nervoso, com voz alterada, quase gritando.

Bruno, muito chocado, ficou olhando para o filho abismado. Leonel nunca havia erguido a voz para ele. Sem dizer palavra alguma, saiu do quarto. Leonel sussurrou:

- Filho... Pai...

Ele apertou a mão de Cristina e fechou os olhos.

- Como é difícil olhar pra ele agora, meu Deus! É como ver a mim mesmo. Nós estamos tão mais próximos agora e é como se ele estivesse há anos e quilômetros de distância de mim.

- Não pense mais nisso. Trate de ficar bom e acalme-se. Nós vamos achar uma saída.

- O Haroldo está aí? Eu preciso... ver o Haroldo.

- Haroldo?

- O Floyd, Cristina... Seu pai. O homem que criou o Bruno quando eu não pude. O cara que se casou com a Gilda quando eu não podia nem olhar pra ela...

Cris sorriu emocionada.

- Floyd... é meu pai?

- É... ele disse, sorrindo. - Ele voltou de um jeito que nem você o reconheceria.

- Eu sabia que ele era alguém especial, mas não sabia por que. Por isso ele te protege tanto.

- E me ama também, como amava antes, e aceitava feito um monge todas as crueldades que eu fazia com ele. Que eu fiz...

- Então é injusto o Bruno pensar que foi ele que...

- Não foi ele e você tem que evitar que o Bruno o inclua nessa maldade. Traga o Haroldo aqui, por favor.

- Tudo bem, acalme-se e tente relaxar. Eu volto.

Ela o beijou na testa e apertou sua mão, olhando-o nos olhos.

- Eu te amo... falou, quase num sussurro. – Apesar de tudo... estou muito feliz por você estar aqui e eu poder dizer isso... Leo...

Ele sorriu e apertou delicadamente a mão dela também.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) II – CAPÍTULO 8

“REENCONTRO”

O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,

AMANDO SEU IRMÃO.

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

BOA TARDE E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 23/07/2020
Código do texto: T7014455
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