LEONEL II - EM BUSCA DA IDENTIDADE - CAPÍTULO 6
CAPÍTULO VI – EM BUSCA DA IDENTIDADE
Na manhã seguinte, Leonel foi examinado pelo médico que conversou com ele a sós, sem Bruno por perto.
- Seu pai me disse que você não o reconheceu quando o viu ontem à noite.
- Ele não é meu pai, Leonel respondeu, assustado, mas tranquilo.
- Você sabe por que está aqui nesse hospital?
Leonel olhou em volta e balançou a cabeça, confirmando.
- Gostaria de falar sobre isso?
- Não...
- Poderia me dizer ao menos quem fez isso com você? Você viu o rosto dele ou deles, porque pelo jeito foi mais de uma pessoa. Você chegou aqui muito machucado.
Leonel não respondeu. Apenas passou a mão saudável pelo rosto.
- Pode dizer ao menos quem é o dono do apartamento onde você estava?
O rapaz fez um esforço grande para se lembrar. A resposta foi surpreendente.
- Haroldo...
- Haroldo? Seu pai me disse que o nome dele, ou apelido, não sei, é Floyd.
- Não conheço ninguém com esse nome.
O médico achou aquela informação muito estranha, mas como sabia que o rapaz ainda estava sob o efeito do trauma e muito confuso, seguiu sua linha de pensamento, pois não percebia que ele falava com dúvida sobre o que dizia:
- E... esse... Haroldo é seu amigo?
- O único... Ele é meu único amigo.
- Você gostaria de falar com ele?
- Claro. Ele devia está aqui comigo... Ele sempre está... quando eu me meto em encrenca...
- Você falou o nome de Cristina, enquanto delirava essa madrugada. Quem é ela?
- Uma... amiga...
- Ela não é sua tia, a irmã do seu pai?
Leonel olhou para ele e franziu a testa.
- Não... a Cristina é só uma amiga.
- Você não disse que o Haroldo era seu único amigo?
Parecendo confuso, Leonel respondeu:
- Ela... já foi minha namorada uma vez, mas... agora é só uma amiga. Eu precisava falar com ela também.
O médico olhou para a enfermeira, dando sinais de que tudo que o rapaz dizia não fazia sentido e fez uma pergunta mais definitiva:
- Qual o seu nome?
Leonel passou a mão pela testa e fechou os olhos, olhou para o médico, parecendo aborrecido.
- Não fizeram uma ficha quando me internaram? Por que você pergunta isso?
- Só pra ter certeza de que o trauma que você sofreu não afetou sua memória... Você não consegue res...
- Meu nome é Leo, ele disse, antes que o médico terminasse a frase.
- Leo... Não seria Leonel?
- Já disse que meu nome é Leo, o rapaz repetiu com certeza.
- E o seu sobrenome? Você lembra?
Leonel olhou para a enfermeira e de novo pra ele.
- Por que tanta pergunta? Isso é um inquérito policial? Isso é um hospital ou uma delegacia? Eu fui agredido e eu sou o interrogado?
- Seu pai e todos nós achamos que você está sofrendo de uma amnésia momentânea...
- Era o que ele queria, não era? Não devia estar preocupado. Por ele eu estaria morto.
Doutor Xavier estranhou e acho aquela afirmativa muito grave.
- Ele disse isso?
- Várias vezes e com todas as letras.
- Seu pai passou a madrugada do seu lado e parecia muito preocupado com você. E não parecia querer você morto. Chorou muito por sua causa também.
- Aquele que estava aqui comigo não era meu pai... eu já disse...
- Qual o nome do seu pai?
- Chega! Cansei de responder perguntas. Eu quero sair daqui! Eu não tenho amnésia nenhuma!
- Tenha calma. Você ainda está muito machucado pra sair daqui. Seremos obrigados a sedá-lo de novo, se você não se acalmar.
Leonel fechou os olhos e encostou a cabeça no travesseiro alto da cama, respirando fundo e parecendo se acalmar.
- Não quero dormir de novo... Só quero... ir pra casa...
- Você não quer nos ajudar e procurar lembrar ao menos o nome de quem o agrediu? A polícia precisa do nome dele.
- Não é quem me agrediu que deve pagar... Quem foi o mandante é que deve ser punido.
- E você sabe quem é o mandante?
- Ele mesmo.
- Ele quem?
- Meu pai!
LEONEL (REENCARNAÇÃO) II – CAPÍTULO 6
“EM BUSCA DA IDENTIDADE”
O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,
AMANDO SEU IRMÃO.
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!
BOA TARDE E OBRIGADA!