LEONEL II - REVOLTA - CAP. 4

CAPÍTULO IV – REVOLTA

Floyd levantou-se, passou as mãos pelo rosto e respondeu:

- Tenho... O pior é que eu tenho uma suspeita sim.

- Quem? Se você tem alguma pista, tem que falar com a polícia...

- É só suspeita. Não tenho provas.

- Me diga, quem?

- O cara que mora comigo, o Gil... Mas, de qualquer forma, se foi ele, o que ainda não é certeza, a culpa foi minha. O melhor é ouvir a avalanche de xingamentos que seu irmão vai jogar em cima de mim. Só quero saber agora como o Leo está.

- Por que você o chama de Leo? – ela perguntou, sorrindo.

- Porque o nome dele é Leo... Floyd respondeu, muito seguro e sério.

Cris ficou olhando para ele admirada, como se enxergasse outra pessoa naquele rosto. Floyd era, de certa forma, como ela. Pensava como ela.

- Eu também o chamo assim... ela disse. – Há quanto tempo você sabe?

- Que eu sei o quê?

- Que ele... é o Leo... reencarnado.

Floyd voltou a sentar-se do lado dela.

- Não sei... Não gosto de falar abertamente sobre isso. Muita gente não acredita e não entende. Acho que desde que o conheci. Mesmo no primeiro dia em que o vi tocar teclado no teste pra entrar na minha banda, eu soube que ele não me era estranho. A gente tem que ajudá-lo, Cris. Você tem que ajudá-lo. Ele corre grande perigo.

- Nós vamos fazer isso...

- Não, nós não. Eu não vou ficar muito tempo aqui... mas você vai. O Gil não deve ter feito isso tudo sozinho. Tem alguém da sua família que planejou isso. Tira o Leo de perto dele... ou ele vai matá-lo... de novo.

Cristina ficou muito impressionada com aquelas palavras de Floyd, mas não pôde comentar mais nada. Bruno vinha se aproximando deles e, olhando muito nervoso para Floyd, disse:

- Meu filho... vai ficar bem, fisicamente, pelo menos, em alguns dias.

- Graças a Deus! - falou Cristina.

Ainda olhando firmemente para Floyd, Bruno continuou:

- Eu vou colocar você na cadeia pelo aconteceu com ele, seu... depravado!

- Seo Bruno, eu não tenho ideia do que aconteceu. Não estava em casa quando...

- Meu filho foi violentado!

Os dois se assustaram.

- O quê? – Cris perguntou.

- O doutor Xavier o examinou e encontrou nele vestígios de violência sexual! Meu filho acabou com a vida dele, depois que conheceu você!

Floyd sentiu as pernas bambearem e apoiou-se no balcão.

- Eu vou colocar você na cadeia, seu covarde, nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida. Quero ver você no fundo de uma cela apodrecendo até o fim dos seus dias!

- Não fui eu, seo Bruno! Eu juro que não fui eu! Eu não fiz nada! Eu adoro seu filho. A Cristina me conhece e sabe disso...

- Cale a boca! Só de ouvir sua voz me dá nojo, seu...

Bruno desferiu um violento soco no rosto de Floyd que caiu sentado no sofá, com a boca sangrando. Cris tentou segurar o irmão.

- Não, Bruno. Não! Ele não teve culpa!

- E você ainda o defende, Cris?

- Por favor, acalme-se. Você está descontando na pessoa errada!

- Eu quero esse crápula longe do meu filho! Ou não respondo por mim. E se tem alguma decência dentro de você, aconselho que vá embora daqui! Já fez o que tinha que fazer. Saia daqui!

Bruno se afastou. Cristina voltou-se para Floyd.

- Você está bem?

- Bem melhor que o Leo lá dentro... Violentado, meu Deus... Eu sinto tanto, Cris! Como o Gil pode descer tanto...

- Acho melhor você ir embora cuidar dessa boca. A ironia é que estamos num hospital, mas meu irmão não vai querer mais vê-lo aqui.

- Eu queria tanto ver o Leo. Queria falar com ele. Ter certeza de quem fez isso com ele...

- O Bruno não vai deixar você chegar nem perto da porta do quarto onde ele está, Floyd. Fique em contato comigo. Você tem o telefone de casa, não tem?

- Tenho... e o Leo tem o meu.

- Eu ligo pra você dizendo quando você puder vir vê-lo.

- Obrigado, Cris, e pode deixar que... isso não vai ficar assim. Quem fez isso vai pagar. E quando falar com ele... diga que eu sinto muito de verdade... e que eu o amo...

- Eu digo...

Floyd afastou-se.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) II – CAPÍTULO 4

“REVOLTA”

O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,

AMANDO SEU IRMÃO.

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

BOA TARDE E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 21/07/2020
Reeditado em 22/07/2020
Código do texto: T7012451
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