LEONEL II - ATENTADO - CAPÍTULO 3
CAPÍTULO III – ATENTADO
Bruno subiu as escadas, nervoso. Passou por Leandro que estava apoiado no corrimão e sorria cínico, olhando para a tia.
- O santinho dançou dessa vez, hein, tiazinha?
- Você não sabe o que diz, Leandro. Nem o que diz, nem o que faz.
- Que foi que eu fiz? - ele perguntou, descendo até a sala. – Eu estou aqui na minha casa, sossegado. Ele saiu daqui com a minha garota e vai passar a noite justamente com o Floyd... Como sempre, pra vocês ou pra você, tia, o coitadinho deve ter motivos de sobra pra fazer isso, não é? Judiação!
Cris não respondeu. Foi para a cozinha e trancou-se lá.
Na manhã seguinte, Leonel acordou com uma enorme dor de cabeça. Tinha dormido na cama do amigo, ele tinha feito questão, e Floyd tinha dormido na sala.
Levantou da cama, saiu do quarto e procurou por ele, mas Floyd não estava. O colchonete estava ainda no chão, com o cobertor e o travesseiro arrumados sobre ele. Foi até a cozinha e tomou uma xícara de café da garrafa térmica, já meio frio, mas ajudou a acordar. Estava fazendo isso quando ouviu barulho na maçaneta da porta e ela se abrindo. Foi para a sala.
- Floyd, é você? – ele perguntou.
Mas quando chegou na sala viu Gil e mais dois rapazes com caras muito estranhas que ele não conhecia. Um deles, o último que entrou, trancou a porta em atitude muito suspeita.
- O Floyd não está... disse Leonel, apreensivo.
- Eu sei, não era pra ele estar mesmo, disse Gil, se aproximando dele devagar. – A gente quer conversar com você mesmo... a sós... gatinho.
Gil ia passar a mão em seu rosto, mas Leonel se desvencilhou de seu toque.
- O que você quer? Já disse que o Floyd...
Os rapazes foram se posicionar atrás dele e Leonel começou a ficar com medo.
- Ele não é do ramo, Gil? – perguntou um dos estranhos.
- Não... Ele não faz nem ideia do que vocês vão fazer com ele.
O rapaz agarrou Leonel pelos braços e ele tentou se soltar, sem conseguir.
- O que vocês querem? – Leonel perguntou agora realmente assustado.
- Nada, bebê, disse Gil, segurando seu queixo.
Como estava imobilizado, Leonel não conseguiu se desvencilhar dele.
- O Floyd não ensinou nada pra ele? – perguntou o outro.
- Nadinha... Ele é só uma paixão platônica do cara.
- Me larga! – Leonel gritou.
O rapaz que segurava seus braços tampou sua boca.
- Pena que eu não vou poder, disse Gil, não quero complicar o Floyd, mas o dinheiro que o carinha pagou pra vocês vai valer a pena. Vamos levar ele pro quarto. A conversa vai ficar mais confortável na cama do Floyd... Ele já estava lá mesmo...
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Quando Floyd voltou ao apartamento, encontrou a porta semiaberta e tudo revirado, como se houvesse acontecido uma guerra dentro dele.
Totalmente chocado, ele chamou:
- Leonel!
Ninguém respondeu. Floyd procurou pelo rapaz e foi encontrá-lo no quarto, deitado de bruços na cama, desacordado, seminu, com o rosto sangrando. Estava muito machucado, nos braços e nas costas.
Assustado, Floyd correu até ele e o virou na cama, colocando-o nos braços.
- Leo! Fala comigo, garoto! Acorda!
Leonel não acordava. Ele mesmo o ergueu nos braços e gritou por socorro. Com a ajuda de dois moradores do próprio prédio que estavam no corredor, conseguiu levá-lo para o carro e para o hospital da cidade.
Leonel foi encaminhado às pressas para a emergência e Floyd sabia que tinha que avisar a família do rapaz. O que seria a parte mais difícil. Achou melhor fazê-lo ele mesmo. Ligou e avisou Bruno.
Rapidamente, ele e Cristina foram para lá e logo estavam na sala de espera do hospital. Bruno foi falar com o médico, enquanto Cris sentou-se ao lado de Floyd.
- O que aconteceu, Floyd? Como aconteceu?
- Eu não sei, Cris. Acordei hoje cedo com o telefone tocando. Era alguém da recepção do meu prédio dizendo que um dos caras da minha banda queria falar comigo urgente no galpão onde a gente costuma ensaiar. Eu dormi num colchonete na sala pro Leonel dormir na minha cama e, como ele ainda estava dormindo, eu saí sem falar nada pra ele. Fui até o galpão. Não encontrei ninguém lá. Achei muito estranho e resolvi voltar pro apartamento. Como o galpão fica do outro lado da cidade, eu demorei um pouco a voltar. Quando eu cheguei... meu apartamento estava todo revirado e ele... no quarto, desacordado e muito machucado.
- Meu irmão vai pensar que você fez isso...
- Nunca! Eu nunca faria uma coisa dessas com o Leo. Eu adoro seu sobrinho, Cris! E porque eu iria bagunçar tudo na minha própria casa? Se eu quisesse fazer algum mal a ele, o que absolutamente não quero e nunca quis, não seria na minha casa, não é? E eu o socorri, eu o trouxe pra cá! Eu estou muito preocupado com ele. Aquele garoto é o meu único amigo, Cris!
- Eu sei... ela disse, colocando a mão no ombro dele. – Você tem ideia de quem possa ter feito isso?
Floyd levantou-se, passou as mãos pelo rosto e respondeu:
- Tenho... O pior é que eu tenho uma suspeita sim.
- Quem? Se você tem alguma pista, tem que falar com a polícia...
- É só suspeita. Não tenho provas.
- Me diga, quem?
LEONEL (REENCARNAÇÃO) II – CAPÍTULO 3
“ATENTADO”
O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,
AMANDO SEU IRMÃO.
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!
BOM DIA E OBRIGADA!