LEONEL II - LEO OU LEONEL? - CAPÍTULO 1
CAPÍTULO I – LEO OU LEONEL?
Quando Leonel acordou, Floyd estava sentado no tapete no chão, com o violão a tira colo, tocando e cantando baixinho “Revolution” uma canção dos Beatles. Ao vê-lo abrir os olhos, o rapaz parou de tocar e acenou para ele de leve e voltou a tocar.
Leonel sentou-se no sofá e esfregou o rosto e o pescoço que doía.
- Eu avisei que era duro...
- Que horas são?
- Pouco mais de seis.
- Desculpa ter invadido.
- Bobagem. Difícil foi convencer o Gil que você era um amigo desesperado em busca de abrigo.
- O Gil esteve aqui?
Floyd balançou a cabeça, confirmando.
- Ele mora aqui, esqueceu?
- Pensei que você já tivesse... parado com isso.
Floyd sorriu, mas não disse nada.
- Ele brigou com você?
- Não o suficiente pra pedir o desquite, brincou ele. – Mas como você está?
- Melhor... mas ainda perdido.
- Vai acontecer de você me contar o que houve ou eu vou ter que bancar o hóspede ignorante e solidário numa boa?
- Não me pergunta nada ainda não, tá, Floyd? Eu não quero falar sobre isso ainda... Tem paciência comigo.
- É um prazer. Com você é sempre um prazer, falou ele, dando de ombros, colocando o violão no chão e se levantando. – Fome?
- Não.
- Eu estou. Vou ver se arrumo um grude pra gente comer. Gosta de pizza?
- Quem não gosta? Você faz? Não sabia.
- Faço, com esse dedo, ele disse, mostrando o indicador.
Apanhou o telefone e pediu a pizza. Leonel riu.
Quando a pizza chegou, Leonel comeu só um pedaço. Como disse: não estava com fome, mas Floyd devorou todo o resto num piscar de olhos. Antes de comer o último pedaço, perguntou:
- Não quer mais mesmo?
Leonel balançou a cabeça, negando, não acreditando no que via. Como alguém tão magro podia comer tanto?
- Pra onde vai tudo que você come?
- Nem me pergunte, ele disse, mastigando com gosto e ao final lambendo os dedos. – Vai dormir aqui mesmo?
- Acho que vai te complicar, não é?
- Eu me viro.
- E o Gil?
- Ele não é macaco de um galho só. Fica frio. Tenho certeza de que ele tem outros ninhos para abrigá-lo. Ninhos bem mais quentes.
- Vale a pena isso, cara?
- Você vive uma vida normal e está aqui, desesperado por eu-não-sei-o-quê. O que é que vale a pena, Leo?
- Não me chama de Leo...
- Você sempre teve cara de Leo. Eu sempre achei que seu nome tinha umas letras a mais. O nome Leonel não tem nada a ver com você.
- Mas é meu nome! Para com isso! Minha tia de vez em quando me chama assim também.
Floyd sorriu um sorriso significativo e ergueu as sobrancelhas. Pegou os pratos e foi levá-los para a cozinha. Quando voltou, trazia duas latas de cerveja nas mãos. Jogou uma lata para Leonel e abriu a outra.
LEONEL (REENCARNAÇÃO) II – CAPÍTULO 1
“LEO OU LEONEL?”
O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,
AMANDO SEU IRMÃO.
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!
BOM DIA E OBRIGADA!