Gian Diep ( cap 2 )
Às sete da manhã Gian Diep acordou com o barulho de alguém abrindo sua porta, era Sandra uma mulher de trinta e cinco anos que hà cinco cozinhava e limpava para Gian, ele não gostava de chama-la de empregada, se referia a ela como sua secretária, já ela não se importava com o termo desde que recebesse em dia pelos seus serviços.
-Bom dia seu Gian.
- Maravilhoso dia Sandra.
- hum, acordou de bom humor, mesmo tendo dormido nessa poltrona.
- É, cheguei tarde e peguei no sono aqui mesmo.
- pois não deveria estar saindo a noite seu Gian, com essa quarentena todo mundo dentro de casa, quem sabe o que pode acontecer?
- surperstição Sandra?
- não seu Gian pessoas ruins podem muito bem se aproveitar do deserto que fica aqui a noite pra fazer o que não presta.
- pessoas ruins?
- sim, ontem na rua da clínica mataram um homem. ninguém sabe quem foi, mas deixaram a casa a maior bagunça e o corpo jogado do outro lado da rua.
- a casa ? bagunça? onde foi isso Sandra?
- Alí homem, num tem essa rua sem saída? lá no fim, num tem um restaurante? pronto nos fundos do restaurante uma casa que fica na esquina da rua da emissora.
- Ah sim sei. Gian sentiu um frio que crescia dentro dele. sabia que aquilo teria uma repercussão na vizinhança.
-O senhor vai ver no jornal de meio dia.
- e eles gravaram algo?
- Claro seu Giam, o crime aconteceu na frente da emissora, eles não deixariam isso passar.
Aquilo acabou com o dia de Giam ele só pensava agora no que poderia acontecer, o que os repórteres mostrariam e contariam no jornal? O que a policia apuraria do caso. depois de uma noite de sono reparadora, Giam agora tinha uma manhã de tensão e angustia.
até que emfim chegou meio-dia, a hora do jornal, Giam já estava na mesa esperando que o jornal começasse logo. até emfim começa e ele nervoso reclama das reportagens que passavam falando do vírus e dos casos de contaminação, mas nada de assassinato. Giam ainda não havia nem tocado na comida.
-Não vai comer seu Giam?
-Vou vou Sandra, só estou esperando a reportagem.
até que chegou a hora chegou, o jornalista anunciou que um crime bárbaro havia acontecido na redondeza da emissora, um assalto a uma residencia seguido do assassinato do dono da casa. Giam pensou alto: - isso está errado.
-Claro seu Giam, só pode estar errado.
- pois é
o repórter que anunciara a manchete passou a entrevistar o delegado de policia responsável por aquele distrito.
- O que a policia concluiu desse crime?
- Bem, fomos acionados pelos vizinhos que ligaram dizendo que havia um corpo jogado no canteiro da avenida, ao chegarmos no local avistamos o cadáver que fora brutalmente assassinado.
- A policia ja sabe qual o motivo do crime?
- provavelmente foi latrocínio, o assassino invadiu a casa da vitima, tem marcas de luta por todos os cômodos da casa, objetos e roupas espalhados, e manchas de sangue na cozinha e banheiro.
- A polícia tem algum possível suspeito desse latrocínio?
- Não podemos falar para não atrapalhar as investigações, mas a população pode ficar tranquila que faremos de tudo para pegar esse criminoso e coloca-lo atrás das grades.
- Giam correu para a janela, desesperado pensando em como poderia se livrar de qualquer acusação caso chegassem até ele, será que fariam isso? será que ele foi visto por alguém? haviam câmeras naquela rua?
Giam agora temia pela sua liberdade, aquilo que antes havia lhe trazido a paz desejada, agora trazia uma sensação de que estava sendo perseguido.