LEONEL - BEBEDEIRA - CAP. 5

CAPÍTULO V – BEBEDEIRA

- Leo foi uma pessoa que me fez muito feliz por um período muito curto de tempo e... que se foi, tão rápido quanto veio, Cristina continuou.

- Ele abandonou você?

- Não foi bem isso... A gente se afastou em comum acordo.

- Quando tempo durou o namoro?

- Não foi bem um... namoro.

- Como assim? Foi só um caso passageiro?

- Também não chamaria de caso.

- Por que não? Vocês não... transavam?

Cristina riu alto.

- Não! Não chegou a tanto... nem dava!

- Que tipo de relação esquisita foi essa, então?

- É meio complicado explicar, mas ele está sempre comigo.

- Como?

- Aqui dentro, ela disse, colocando a mão sobre o peito.

Leonel sorriu.

- Tia, recordação não coloca anel no dedo de ninguém, nem leva ninguém pra cama, sabia?

- “E nem só de cama vive a mulher”, ela cantou, lembrando Rita Lee.

- Rita Lee... Meu Deus, como você é quadrada, Cristina!

- Mas é verdade!

- Ele morreu?

- Sim... e não. Mas ele está vivo e muito vivo...

Leonel sentiu algo estranho e de repente afastou-se dela, ficando sério.

- Que foi? – Cristina perguntou.

- Nada... Não sei... por uma fração de segundos eu...

- Você o quê?

- Nada, bobagem... Vou deixar você dormir. Até amanhã, tia.

Ele a beijou e ergueu-se. Ela segurou sua mão.

- Dê uma chance à Helena, Leonel. Quem sabe ela merece?

- Vou pensar. Boa noite... tia maluca, durma bem.

Leonel voltou para seu quarto, sentou-se na cama e olhou para a fotografia da avó Gilda que estava no porta-retrato no criado ao lado do de Laís, sua mãe. Ficou algum tempo olhando para a foto da avó e sentindo-se estranho. O rosto dela lhe era familiar, claro, tinha convivido com a avó por vinte anos, mas naquele momento, depois da conversa tida com a tia, ela parecia outra pessoa.

A porta abriu de repente e Leandro entrou por ela intempestivamente. Leonel assustou-se.

- Que é isso, cara? Não sabe bater, não?

- Por quê? Estava sonhando com a minha garota?

- Está falando do que, Leandro?

- Eu vim só te avisar pra ficar longe da Helena, entendeu?

Leonel percebeu que ele estava com a voz alterada.

- Você bebeu?

- Não interessa se eu bebi ou não! Você não é meu pai! E se você for homem o suficiente, mostre um pouco de dignidade e se afasta na minha namorada.

Leonel se levantou.

- Eu não tenho nada com a Helena, Leandro.

- E é bom que não tenha mesmo, ou eu acabo com você!

Bruno apareceu na porta do quarto, pois tinha ouvido barulho de vozes.

- Que está acontecendo aqui?

- Nada, não, pai, Leonel respondeu.

- Não toquei no seu protegidinho, não, seo Bruno, falou Leandro, irônico. – Está tudo bem com ele. Cada fio de cabelo...

O rapaz ia saindo do quarto, mas Bruno segurou seu braço.

- Você está bêbado?

- Por quê? Não posso beber? Não posso ficar no meu quarto com a minha namorada em paz... Não posso levá-la pra casa... O que mais eu não posso fazer? Posso respirar, pelo menos, pai? Posso ir dormir? Você me autoriza?

Bruno não soube o que dizer ou fazer. Soltou o braço dele e Leandro saiu. Leonel falou:

- Deixa, pai. Ele só deve estar meio alto. Amanhã de manhã vai estar melhor.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) – CAPÍTULO 5

“BEBEDEIRA”

O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,

AMANDO SEU IRMÃO.

OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!

PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!

BOM DIA E OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 16/07/2020
Reeditado em 16/07/2020
Código do texto: T7007233
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.