LEONEL - DECLARAÇÃO - CAPÍTULO 3
CAPÍTULO III – DECLARAÇÃO
Leandro desceu, minutos depois e sentou junto do pai. Helena sentou-se entre ele e Leonel, do lado direito de Cristina que não perdia um movimento do sobrinho mais velho. O rapaz ficou vermelho ao sentir a proximidade da moça a seu lado e não abriu a boca. Quase não levantou os olhos do prato durante todo o jantar.
Bruno terminou seu jantar e disse:
- Leandro, eu preciso falar com você.
- Vou ter que levar a Helena em casa, pai.
- Seu irmão leva. A conversa é séria.
- Mas pai... Leonel ia começar a falar.
- Tem graça, agora? Ele não pode levar minha garota em casa, pô! – reclamou Leandro.
- Mas vai levar. A conversa tem que ser agora. Vem até a lavanderia comigo.
Bruno saiu da cozinha e foi para a lavanderia da casa.
- Helena, me espera, Leandro falou.
- Não, Lê, acho que eu vou embora. Seu pai estava falando sério. Amanhã gente se vê, baby.
Ela se levantou e beijou o namorado. Despediu-se de Cristina e foi para a porta. Leandro olhou feio para o irmão e disse em voz dura, mas baixa.
- Dedo duro! Você não aprende, não é?
Ele saiu da cozinha. Leonel olhou para a tia como a pedir socorro.
- O que foi que eu fiz?
- Vá levar a moça pra casa, Leo. Nós conversamos depois.
Leonel pegou o carro do pai e levou Helena até sua casa, que não ficava muito longe dali. Foram em silêncio pelo caminho todo. Quando chegaram diante do portão da casa dela, ele puxou o freio de mão e olhou para ela.
- Chegamos. Está entregue.
- Seu pai está zangado comigo, não é?
- Não necessariamente com você. Ele está zangado com meu irmão.
- Por quê?
- Ele não concorda com o jeito que vocês se trancam no quarto dele pra... namorar. Ele ainda é das antigas, sabe?
Helena olhou para as mãos e ficou em silêncio.
- Acho melhor você entrar. Já está tarde, ele disse.
- Eu preciso te dizer uma coisa, Leonel.
- O quê?
Ela tirou o cinto de segurança, ajeitou-se no banco, voltou-se para ele e tocou seu rosto. Leonel tentou se afastar minimamente, evitando aquele contato.
- Eu não sinto nada pelo Leandro.
Leonel pegou sua mão e a tirou do rosto dele.
- E por que você namora com ele?
- Pra ficar perto de você...
- Você está doida! Você... engana meu irmão?
- Foi o único jeito que eu achei pra te ver todo dia. Eu sempre amei você.
Leonel sentiu o coração pular no peito. Não disse nada.
- Você acredita em mim, não é? – ela perguntou, voltando a tocar seu rosto.
Helena ia se aproximar dele para beijá-lo, mas Leonel a impediu:
- Acho melhor você sair do carro e entrar. Tenho que voltar pra casa.
- Eu não significo nada pra você, não é?
- Significa... Significa que você é a garota do meu irmão. E é de quem ele gosta.
- Ela não gosta de mim. Ele só quer se divertir comigo, Leonel. O Leandro não gosta de ninguém. Nem da sua mãe que morreu. Nem aos mimos que ela fazia com ele, ele dava valor.
- Não fale assim da minha mãe, Helena! Eu te proíbo, ouviu? Ainda me lembro que no dia que ela morreu, vocês dois foram a uma danceteria. Isso nunca vai sair da minha cabeça.
- Ele insistiu! Eu sei que eu fui errada também, mas ele me obrigou! Você conhece o gênio do seu irmão, sabe que ele tem é um cara muito temperamental e de certa forma, até imaginei que ele estivesse sofrendo e estivesse desorientado... que aquilo fosse... uma forma de fuga. Cada pessoa lida com a dor de um jeito! Eu não queria magoar você nem ninguém! Acredite em mim, Leonel!
- Tá, tudo bem, mas... ainda assim...
Ele inclinou o corpo e abriu a porta do carro do lado dela.
- Tchau, Helena. Boa noite!
Quando ele estava voltando, ela o agarrou e lhe roubou um beijo que Leonel não teve tempo de evitar. Helena saiu do carro e entrou em casa correndo. Ele passou a mão pelos lábios e ficou sem ação.
Voltou para casa totalmente confuso.
LEONEL (REENCARNAÇÃO) – CAPÍTULO 3
“DECLARAÇÃO”
O AMOR DE DEUS É IMENSO! USUFRUA DELE COM AMOR,
AMANDO SEU IRMÃO.
OBRIGADA, SENHOR, POR TUDO!
PELA PIEDADE, PELO AMOR E PELAS BÊNÇÃOS!
BOM DIA E OBRIGADA!