FLORES DE FERRO 9 IND 12 ANOS
Débora entra no seu salão de pedras, gruta revestida em tintura á ouro e alguns diamantes, rubis incrustados na parede.
Seu trono de pedra todo trabalhado num formato piramidal, com 3 lanças de prata com pontas em ouro.
- Me traga vinho.
O jovem vem com a bandeija de vinho, 3 copos de bronze e os bebe, enche os novamente e ao engolir o terceiro, cai em sono ali mesmo.
O rapaz sai e logo entram 3 servas negras que tiram a sua rainha dali levando-a para seu quarto, enorme com grandes prateleiras e bancadas de madeiras, várias essências e aromatizantes, ao pé da grande cama de pedra, uma banheira que recebe grandes jarros de água quente, Débora é banhada e vestida um camisolão de algodão.
Ali deitada, a rainha se vira de um lado a outro, passos firmes são ouvidos quando as cortinas de pratas são balançadas.
- Me deixe a sós.
- Mais a rainha dormiu e......
- Nos deixe.
As servas saem cabisbaixas, Camille enche um copo com água em gelos e joga no rosto de Débora que acorda aos gritos.
- O que foi, o que houve, quem fez.......
- Pare desse agito, temos que nos unir o mais rápido.
- O que faz aqui, quem te deixou entrar?
- Débora, sei que não somos amigas e nem devemos ser, mais agora preciso que decida de uma vez, vai ou não ficar com a gente?
- Já estou com vocês.
- O quê?
- O que ouviu.
Camille não segura a emoção, abraça Débora que a empurra.
- Como disse antes, não somos amigas, apenas me uno a vocês para a destruição daquela mulher.
- Odeia tanto assim Gerádia?
- Problema meu, somente prepare tudo como o combinado.
- Ja esta sendo feito.
- Não quero queimas e nem tampouco açoites aos meus.
- Pelo contrário, serão muito bem tratados, só preciso que alimentem as tropas.
- Vai ser preciso, as tropas?
- Gerádia já fora atrás de suas cumplices, a guerra vai ocorrer.
- Acho que temos de usar o máximo de diplomacia.
- Isso não existe, diplomacia, ela tem é que sentir o pior.
- Deixe-me levar isso.
- Acho que não Débora, algo me diz que você ainda é fraca.
- O que diz?
- Você é fraca.
- Não sou.
- Então prove.
Camille vai até a cortina e logo retorna com um garoto de seus 8 anos, um soldado traz o garoto preso a corrente e um facão.
- O que é isso?
- Sua prova de força.
- Como ousa me testar.
- Vai, mate-o.
- O quê?
- Mate este garoto e lhe darei apoio necessário para que fique no comando.
- Não vou fazer isso.
- Então, só prova que é fraca.
Débora sai da cama e pega o facão, tira o garoto da mão do soldado e ordena a vinda do ferreiro.
- O que pretendes?
- Vais ver.
O ferreiro vem e quebra as correntes, Débora segura o garoto em si e quebra o ultimo dedo da mão direita do garoto que grita e ajoelha em dor.
- É deste jeito que resolvo as coisas em meus domínios.
- Não vou dizer que foi assim, ruim, mais teve sua dose de sadismo isso sim.
- Ja pode deixar meu povo em paz.
- Tá, tá certo, vais ficar no comando.
- Eu sei, sempre soube que me deixaria neste.
- Já vou.
Camille sai dali, Débora ainda segura o garoto que só momentos depois segue em choro com uma serva.
Fora da gruta, Camille lava as mãos com certo vinagre de arroz e uma seiva vermelha de uma árvore nativa das planíces.
- E então rainha?
- Prepare tudo, se for preciso, faremos um novo mar em fogo neste lugar.
- Sim rainha.
O soldado sai de perto dela prestando reverência, mais adiante cerca de 80 homens seguem o soldado.
Camille olha para a gruta e sai com outras 3 amazonas.
20042020.........
Gerádia termina o suco de uvas, logo Edimar entra ali.
- Rainha, uma desgraça.......
- O que houve, fale pausadamente?
- As plantações ao redor do grande moinho em construção.
- O que houve?
- Fogo, fogo por toda a parte, rainha é o caos.
- O quê?
Gerádia corre para o quarto e logo retorna com a coroa na cabeça, junto de 3 camareiras entra na carroça seguindo para o local.
Diferente de outros incêndios, este fora devastador, pegara a maioria dos colocnos e trabalhadores ali a cochilar a sesta do dia, após o lanche da tarde, agora diversas pessoas a correr em chamas.
Corpos de crianças incendiadas, Gerádia sai da carroça, o odor ali além da fumaça é de cadaveres, carnes humanas sendo assadas.
Crisfri chega logo após e realiza alguns ritos abrandando o fogo, logo os soldados entram com grandes baldes de água a jogar por todo lado, elefantes também são usados, borrifando água pelos focos menores, as sacerdotisas auxiliam no recolher e apoio aos feridos.
Regina chega ali com dezenas de guerreiros que possui um certo pó que extingue os focos.
Com ajuda do Mago, logo tudo é contido, ficando as cinzas e trabalho de rescaldo.
Camille termina a taça de vinho quando um jovem vem a ela e lhe diz algo ao ouvido.
Ela não segura a alegria, sai do trono e dança ali diante a Marisa e Telma.
- O que foi?
- Nossa amiga, Gerádia esta recebendo nosso presente.
- Sério.
- Que tal irmos lá só para vermos de mais perto?
- Vamos, agora.
As 3 saem dali, Alice espera um pouco de tempo e se desfaz de suas vestes, pegasra um vestido de Camille ja um tanto usado para lavar e não devolvera, guardara para si, com ajuda de um capuz ela consegue sair das Minas sem danos.
Ezador ao longe, vê Alice indo e chama um garoto para que a siga em silêncio e sem ser visto, o menino vê a mulher seguir em um cavalo, ele também pega um para si e vai atrás.
Gerádia, ajuda as sacerdotisas, o céu escurece e inicia um temporal, Camille chega no instante em que a água desce torrencialmente naqueles campos em fogo, num monte ela e as outras duas presenciam aos sobreviventes dançarem e gritarem em alegria a chuva tão bem vinda.
- Bastardos, cretinos, ainda tem sorte.
- Não por tanto.
Telma tira do bolso um saquinho e sopra o pó deste ao alto, logo vários raios caem por todo lugar.
- O que é isso?
- Bruxaria de Nalva's.
- Nalva's?
- As grandes feitiçeiras do além leste.
- Gostei, sempre tens uma carta na manga.
- Isso sim, afinal não sabemos o que nos esperam.
- Gostei, gostei muito.
As 3 ali em gargalhadas enquanto alguns abrigos são atingidos pelos raios e pessoas sendo mortas.
22042020........