FLORES DE FERRO 6 IND 12 ANOS

Nove semanas ali na cela de Geul, sem poder sair para respirar, tendo 2 alimentações diárias com pouquissimos nutrientes, 1 bacia com água quente para higiene e uma moringa com água para consumo.

Ao fundo da cela um rego feito em pedras para que Alice possa fazer suas necessidades, neste 1 vez ao dia corre uma água suja que passa por tantos locais até chegar por ali e levar os dejetos, enquanto isso ela covive com o forte odor de sua existência.

Camille faz um riso, do outro lado Alice tenta se levantar do úmido colchonete de feno que já estava ali bem antes dela.

A porta é aberta, 3 soldados a levanta, Camille olha para a mulher ali a sua frente, um trapo perto da rainha que fora.

- Vamos sair um pouco.

Alice é praticamente carregada, logo se vê dentro de uma pequena sala onde recebe medicinas preparadas por Ezador, as servas de Marisa lhe traz um vestido marron na latura dos joelhos, Alice é despida e logo ali de roupa trocada, recebe uma alimentação especial, com direito a vinho e pães de cereais.

Camille olha para ela com certo pesar, porém logo dá espaço para uma gargalhada, 3 garotos escravos tiram medidas do corpo e pés de Alice.

- A partir de amanhã, serás minha camareira.

Camille diz aquilo com tanto orgulho, Alice nada responde, somente deixa o que sobrara no prato saindo da mesa.

- Não vai me agradecer?

- Isso, sabia que ia aprender.

Ezador realiza um feitiço, Alice cai em sono profundo e é levada para um quarto simples porém bem melhor que a cela em que esteve.

Um mensageiro do reino traz uma carta para Camille.

- Só isso?

- Sim rainha.

- Pode ir.

O rapaz sai as pressas dali, lá fora ele monta em um cavalo e segue em retorno ao castelo.

- Noticias boas?

- Nem tanto, a paspalha quer vir e ver a filha.

- O que pretende?

- Pelo menos a tiramos daquele buraco, lhe alimentaram e vai estar em ótima aparência amanhã.

- Amanhã?

- Sim, por quê?

- Não se esqueça, temos negócios com os bárbaros do além leste.

- Havia me esquecido.

- O que fará?

- Deixarei essa mal trapilha no jardim de hortências.

- Vai deixa-la lá?

- Sim com a mãe, coloque alguém de confiança para executar tudo.

- Farei isso.

- Tá vendo Ezador, tudo corre como planejamos.

- Sei, mais ainda tenho minhas desconfianças.

- Quanto aquilo?

- Sim.

- Fique tranquilo, tenho escutas por todo canto, saberei se existe a chance de algo ser enganoso.

- Espero que sim.

- O que foi Ezador, vai agora ficar controlando e discordando de mim?

- Jamais.

- Bom mesmo.

Gerádia termina o suco de tangerina, caminha pela sala de costura enquanto algumas moças costuram vestidos novos e outras fazem reformas em vestimentas dos soldados.

O mensageiro entra ali junto de uma serva.

- E então?

- Amanhã senhora.

- Obrigado meu rapaz.

- Posso ir?

- Sim claro.

O rapaz sai dali, porém Gerádia não perde tempo, olha para o traseiro do moço naquela calça grudada em suor.

- Minha nossa, que saboroso. Risos.

Alex termina o mingau, sai da cama e anda alguns passos, agora já consegue andar em distâncias maiores, tem treinado a dias.

- Me chamou?

- Sim, prepare meu cavalo, vou viajar amanhã.

- Para onde senhor?

- O que foi, tenho agora que lhe dizer para onde e.........

- Me desculpe, ordens da rainha.

- Gerádia?

- Sim senhor.

- Pois me leve até ela.

- O que senhor?

- Vai, vamos logo.

O rapaz pega um carrinho de mão e Alex senta neste e o rapaz o leva até próximo ao quarto de Gerádia.

- Pretende falar com quem?

- Me deixe, quero falar com ela.

- Ficou louco Alex, você perdeu a posição de cavaleiro.

- Crisfri, eu preciso.

- Vai embora, agora, retorne para seu quarto.

- Não, eu quero.

- Deixe-o. Gerádia sai de seu quarto, no corredor abre espaço para que o homem entre ali.

- Não quero ser incomodada.

- Mais rainha.

- Tenho dito.

Alex entra sem cerimônia no quarto dela, Gerádia fecha a porta, quando o homem vai sentar ali ela aponta a porta adjunta e eles seguem para o quarto de Yan.

- Como pode ter feito isso, Alice é sua filha, você é cruel e sem coração.

- Pronto, ja desabafou.

- O quê?

- Pelo que sei você perdeu o direito de ser cavaleiro.

- Sempre o serei.

- Não enquanto eu estiver no poder.

- Por que Gerádia?

Silenciosamente, a rainha se aproxima dele e o beija na face, coloca em seu bolso um bilhete.

Alex ainda bravo, sai de perto da mulher que senta na cama do garoto.

- O que quer?

- Faça com que eu sinta segurança nisso.

- Por que?

- Um dia, você vai entender.

- O quê?

A rainha se aproxima dele o levando a cama, sob protestos porém ainda a sentir dor, Alex é tocado por ela, uma camareira coloca um copo do outro lado para escutar e sorri sem fazer barulho ao que ouve dali.

15042020..........

paulo fogaça
Enviado por paulo fogaça em 18/04/2020
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