QUEBRANDO BARREIRAS - QUINZE ANOS - PARTE 15

XI - QUINZE ANOS...

We don’t regret a single day, you see?

Some of it was fun…

Elton e Bernie

Dan sorriu, gostando do fecho de ouro dado por Elton a sua pergunta.

- Mudando de assunto...

- Ah, por quê? Estava tão bom!

Dan riu.

- Elton, eu ainda não trabalho pro “Sun”. (Jornal Inglês especializado em escândalos sobre celebridades).

Agora foi a vez de Elton rir.

- Ok, vamos em frente.

- Você já se preocupou em acordar um dia e descobrir que todo seu sucesso foi um sonho?

- Se foi um sonho... então eu me diverti um bocado. Não me arrependo de nada. Eu tenho sorte por ter conseguido tudo que tenho e, realisticamente, estou preparado pra vida.

Dan apertou o botão do gravador, desligando-o, e Elton perguntou:

- Acabou?

- Já tomei muito do seu precioso tempo.

- Que nada. Repórteres são sempre bem vindos.

- Não vem com essa que nunca conheci Elton John como mentiroso. Pra cima de mim não, tá? – ele falou, erguendo-se.

- Não quer beber nada?

- Não. Outro dia. Vou correndo pra revista enxugar isso aqui.

- Aprimorar.

- É. Asseguro a você que vai sair bem profissional. Nada mais do que foi dito aqui. Nada que te comprometa.

- Não me importo mais. O que tinham de falar e fazer já fizeram. Todo mundo já sabe de tudo e, se você toma determinados cuidados, outro vem e suja tudo.

- Eu sei, só que eu não vou apelar com um cara que fez Nova Yorque chorar com “Empty Garden” quinta-feira passada.

Elton sorriu, mas não disse nada. Levantou-se e acompanhou Dan até a porta.

- Até a próxima, Elton. Obrigado pela entrevista.

- Disponha.

Apertaram-se as mãos de novo e Dan se foi. Elton fechou a porta e encostou-se nela.

- Pode sair, cambada, falou em voz alta.

De todos os cantos do apartamento, Davey, Dee, Nigel, Richie, Tim e Bernie apareceram, aplaudindo, assobiando e ovacionando Elton ruidosamente.

- Grande garoto! Que respostas, hein, cara? – disse Richie Zito.

- Poxa! O cara saiu daqui querendo te beijar na boca! – falou Davey.

- Pelo menos esse não te perguntou se você já teve um orgasmo no palco, acompanhou Bernie, jogando-se no sofá e rindo cinicamente em seguida, no que todos o acompanharam.

- Que engraçado... falou Elton, ainda encostado na porta. – Vocês são tão engraçados! Me ajudem a parar de rir, por favor...

- Quando você falou pra ele que você e eu éramos íntimos, poxa, rapaz, minha espinha gelou, falou Bernie, abraçado a uma almofada.

- Um dia eu conto o resto da estória, falou Elton, jogando as mesmas cartas, tão cínico quanto ele.

- Aí, garotão! – aplaudiram todos, enquanto Davey passava a mão pela cabeça de Bernie, desmanchando-lhe os cabelos.

Bernie ficou vermelho, mas não perdeu a esportiva.

- Se você tivesse que contar, já teria contado...

Elton deu de ombros e foi até o bar, enquanto todos se acomodavam pela sala. Ele serviu a todos e, depois de acomodados, já mais sérios, ele disse:

- Valeu, garotada. Estou muito feliz por tudo que a gente passou nesses dois meses e agradecido demais por vocês terem me feito voltar a América de cabeça erguida, sem medo nem vergonha de nada.

- Xi! Isso está me cheirando a despedida, disse Richie.

- Não, não é despedida. A turnê européia começa em...

- Novembro, lembrou Bernie.

- Isso. E os senhores estarão comigo... ou não? – perguntou, olhando para cada um deles.

- Ele pergunta isso quando já temos contratos assinados por dois anos, falou Nigel.

- Não custa prevenir. Eu sei como astros da música são imprevisíveis.

- Nós temos exemplo a seguir... chacoteou Davey, dando uma risadinha e cutucando Dee.

O baixista segurou a mão dele e mudou de assunto:

- Por quanto tempo você ainda fica por aqui? - perguntou.

- Vou pra Califórnia com Bernie, amanhã. Ele volta para San Fernando e eu fico em Los Angeles. Meu advogado está fazendo negócio com a minha casa de Beverly Hills e eu quero estar lá pra ver a transação de perto.

- Vai vender mesmo? – Nigel perguntou.

- Vou.

- Aquela casa é um estouro! – disse Davey.

- É, eu também acho, mas... as coisas cansam e como tudo pode ser reposto, um dia eu compro outra lá mesmo ou em outro lugar. Vou investir estes poucos dois mil dólares no Watford e tenho certeza que ele me dará de volta em dobro. Eu preciso construir essa tribuna o quanto antes pra provar pra esses engomadinhos que quando eu quero e faço. Tenho inclusive que ligar pro Taylor ainda hoje pra saber como andam as coisas. Bom, mas isso não vem ao caso. Meu assunto hoje tanto não é despedida que estou avisando que os ensaios da turnê britânica começam em setembro, vulgo, mês que vem.

- Todos os ensaios serão feitos lá? – Davey perguntou.

- Exatamente, grandão. Tenho... uma entrevista com a Lisa Robinson no final desse mês e um show em Bruxelas no dia 05 de setembro, depois... outra no dia 26, um especial que eles querem fazer comigo na rádio... gravação de vídeos no final deste e começo do outro mês e... meu Deus, temos a agenda cheia!

- Graças a Deus! – falou Davey.

- É a primeira vez que eu te vejo trabalhar por um objetivo maior do que o prazer de tocar ou cantar, falou Bernie. – Vejo que dessa vez é tudo pelo Watford.

- É... Tudo pelo Watford, repetiu Elton. – Eu morreria por ele, se fosse preciso. Algum problema?

- Eu não estou criticando, calma! – o letrista disse, erguendo as mãos. - Só acho que você fica tenso demais. Não cuide disso como se tivesse que carregar o mundo. Tudo deu tão certo até agora, por que abrir mão dessa alegria de se apresentar num palco só porque tem uma responsabilidade por trás disso? Vá com calma, John Júnior.

Elton sorriu e concordou com Bernie.

XI – QUINZE ANOS - PARTE 15

COMO VOCÊ ERA AOS QUINZE ANOS?

BOM DIA E QUE DEUS ILUMINE NOSSAS VIDAS

OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 21/12/2019
Código do texto: T6823708
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