QUEBRANDO BARREIRAS - QUINZE ANOS - PARTE 3

XI - QUINZE ANOS...

We don’t regret a single day, you see?

(Não nos arrependemos de um único dia, sabe?)

Some of it was fun…

(Parte disso foi divertido…)

Elton e Bernie

(Frase extraída da letra de Bernie em Approaching Armaggedon)

Só na manhã seguinte, Elton já de pé, sentiu o olhar de reprovação do empresário sobre si quando ele acordou.

- Bom dia, baby Reid! – falou ele, rindo, enquanto colocava o brinco na orelha direita, diante do espelho.

John levantou-se e foi para o banheiro sem responder. Elton prendeu um sorrisinho e ficou quieto. Não era de bom alvitre provocar John Reid quando estava nervoso. E ele estava!

Quando John saiu do banheiro, ele já não estava mais no quarto. Estava na sala de refeições onde iriam tomar o café da manhã com a banda. Nigel e Dee já haviam chegado com James Newton-Howard.

Sentado na ponta da mesa, Elton servia-se de uma xícara de leite, muito bem humorado e os rapazes já riam de alguma coisa que ele havia dito. O humor de Elton era muito peculiar quando estava sóbrio. Quase coisa de criança. John Reid entrou ali pronto para um discurso, mas quando viu os rostos animados dos quatro, desarmou-se.

- Bom dia, John! – disseram todos ao mesmo tempo, menos Elton.

Ele ficou parado olhando para Elton e só respondeu:

- Bom dia...

Voltou por onde havia saído. Os rapazes olharam uns para os outros sem entender. Elton apenas começou a rir baixinho, enquanto mastigava um pedaço de bolo, no que os rapazes o acompanharam em seguida.

- Você está cutucando a onça com vara curta, falou James. – Eu não consigo entender como vocês conseguem conviver como empresário e artista por tantos anos.

- Isso chama-se... química, Jim!

- Química? – ele perguntou por ele e por todos os outros. - Pra explodir o quê? Vocês parecem o pavio e a chama cada vez que se encontram às vezes...

- Certas pessoas nasceram pra viver juntas e não conseguem se desfazer desse destino mesmo que queiram. É uma espécie de atração natural, um imã que une suas almas. O mistério que me liga ao Bernie, ao Graham, a vocês... a àquele baixinho ranheta que está lá dentro. Nenhum de vocês vai se ver livre de mim tão cedo. Isso é destino. Carma. Não importa quantas pedras existam no caminho ou quantas barreiras. Tudo isso é frágil demais perto da força que nos une. Sou feliz por isso. Nosso carma é muito forte.

- Ele ficou muito zangado, ontem, disse Nigel.

- Não ligue, ele gosta disso, ganha pra isso, brincou Elton, cortando e mordendo outro pedaço de bolo.

- Elton, o que a Renate Blauel estava fazendo na casa do Bernie, ontem? – James perguntou.

- Foi com o Chris, ele respondeu, não querendo prolongar o assunto. – Me passa a geleia, Dee?

- Cacho novo dele?

- É, quem sabe?

Elton olhou para Nigel e piscou. O baterista coçou a nuca por baixo dos cabelos longos e disfarçou um sorriso.

A porta se abriu e Davey Johnstone entrou com Ritchie Zito e Tim Robinson.

- Bom dia! – cumprimentaram os dois.

Davey não abriu a boca. Sentou-se ao lado de Dee e foi tratando logo de servir-se, sem conversa. Não parecia de muito bom humor.

Após responder ao cumprimento dos rapazes, Elton, que estava relativamente perto de Davey, baixou o rosto até a mesa procurando encontrar o olhar do guitarrista. Ficava difícil porque Davey não olhou para ele.

- Bom dia, David! – falou com voz afeminada.

Davey olhou para ele com ar sério e lhe mostrou o dedo médio bem na frente de seu nariz, ainda sem palavras. Nigel fez uma careta, Dee e os outros riram. Elton riu maroto e gemeu:

- Ai, como é grande! Logo de manhã faz mal, anjo!

- Me deixa em paz, tá? Me erra.

- Elton... falou James, como a aconselhar para que ele não provocasse o guitarrista.

Elton passou um guardanapo pela boca e colocou a mão sobre a mão de Davey sobre a mesa.

- Eu não fiz nada de errado, DJ. Não vejo porque você está com toda essa zanga comigo.

Davey tirou a mão debaixo da dele e disse:

- Não estou pedindo pra você se desculpar. Você é bem maior de idade e não deve satisfação a ninguém mesmo, mas a gente é uma família, não é?

Elton olhou para todos ali na mesa e respondeu, agora a sério:

- Sempre...

- E como família a gente se preocupa, não é?

- Acho que sim, mas...

- Por sua causa eu briguei com aquele...

- Aquele o quê? - perguntou, John saindo do quarto.

Davey voltou-se para ele e não respondeu.

- Meu Deus, vai começar de novo, falou Nigel em voz baixa, coçando a testa.

- Ei, então quer dizer que a coisa é séria mesmo? – Elton perguntou.

Nenhum dos dois disse nada. Elton levantou-se, jogou o guardanapo com raiva sobre a mesa e começou a andar pela sala.

- Pelo amor de Deus! Eu sou o homem mais feliz do mundo! Sou capaz de fazer as pessoas brigarem por minha causa! Já escolheram as armas? Pena que o Bernie nem está aqui. Ele tem umas 45 ótimas pra esses casos. Onde vai ser o duelo?

XI – QUINZE ANOS - PARTE 3

COMO VOCÊ ERA AOS QUINZE ANOS?

JÁ COMEMOROU QUINZE ANOS DE ALGUMA COISA?

E O QUE ESTARÁ FAZENDO DAQUI QUINZE?

BOM DIA E QUE DEUS ILUMINE NOSSAS VIDAS

OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 10/12/2019
Código do texto: T6815267
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