Q.B. - EU AINDA ESTOU DE PÉ - PARTE 18

IX - EU AINDA ESTOU DE PÉ

See the changes here on every street

As time goes marching to a different beat

Moving on into the restless age

As the kids today find their feet

“Where have all the good times gonne?” – Álbum Jump Up! - 1982

Elton olhou para John e ergueu as sobrancelhas. John fez o mesmo.

- Depois da turnê, a gente conversa, tá? - falou Elton.

John balançou a cabeça.

- Você manda...

Elton levantou-se e foi até o piano, começando a tocar “Little Jeannie”, depois passou bruscamente para “White Lady, White powder”; em seguida para “Take me back” e acabou cantando o último verso de “Two rooms at the end of the world”.

- Por que só “21”? - perguntou Dee.

- Sei lá... ele respondeu, dando de ombros.

- Quatro canções que não têm nada a ver uma com a outra, falou Davey. - Estranha combinação.

- Elas têm muito a ver, sim. Sentiram o choque de se passar de uma para a outra?

- Elton / Bernie e Elton / Gary, adivinhou Nigel.

Elton balançou a cabeça, confirmando.

- Matou, Mr. NO. Curto muito as canções que fiz com Gary, mas as letras do Bernie dão força às minhas melodias. São mais... agressivas... pulsantes, exigentes... temperamentais até... como ele.

- Verdade? - perguntou Bernie, entrando ali, com um belo chapéu de cowboy branco na cabeça.

Elton e os outros olharam para trás, surpresos. Bernie aproximou-se do piano, apoiou-se nele e perguntou:

- Agressivo, pulsante, exigente e temperamental... Isso tudo é elogio ou o quê? Eu posso ser pulsante, exigente... mas não sou agressivo nem temperamental! Você é mais que eu em vários níveis.

- Seu prato favorito, agora, é chegar de surpresa, baixinho? - Elton perguntou, levantando e olhando extasiado para o chapéu de Bernie.

- Que coisa linda! Quero um igual!

Elton tirou o chapéu da cabeça dele e colocou na sua, indo olhar-se num espelho próximo.

- Você ainda é a mesma criança, disse Bernie. - Fica.

- Você me dá, jura? Eu amei!

- Tenho mais um cinco em casa.

Elton ajeitou o chapéu na cabeça e voltou a sentar-se, satisfeito com o presente.

- Faço parte da gangue, não faço? - ele perguntou, olhando para John.

- Óbvio! - ele respondeu.

- O assunto chegou. Era eu?

- Não exatamente. Estávamos falando das letras que você e o Gary Osborne escrevem.

- A eterna comparação...

- Eu tenho esse direito, concluiu Elton. - Faço canções para elas...

- Você fez melodias agressivas, pulsantes, exigentes e temperamentais pra ele também.

- Pode citar exemplos?

- Ah, sei lá... “Breaking down barriers”... “Dear John”... “Madness”... “Heart in the right place” pra citar algumas... Acho que nunca vai haver termo de comparação.

John olhou discretamente para Elton que retribuiu o olhar e sorriu de leve.

- Você fala como letrista, Bernie, eu falo como músico. O sentimento que as suas letras me passam é diferente do que as dele me passam. Eles saem diferentes... pra mim...

- Todo mundo sabe disso, disse Davey.

- Ah, é complô? - Bernie perguntou, rindo.

- Declarado, concordou Nigel. - Canta alguma coisa pra gente, Bernie.

- Até você, Cherokee? Não vim aqui pra isso, não.

- Uma só, não vai arrancar pedaço, concordou Davey, entregando a ele o violão.

Bernie olhou para Elton e disse, como se o esnobasse:

- Chato ter fãs, não?

Elton riu.

- Também, se eles não fossem, quem seria? - continuou.

- Não se menospreze, ralhou Elton. - Você vai cantar mesmo? Sem nenhuma recusa?

- Provocaram, aguentem, falou Bernie, empurrando Elton e sentando-se no banquinho em que ele estava, ficando de costas para ele e preparando-se para tocar. Mas quando viu os quatro preparando-se para acompanhá-lo, falou:

- Sem acompanhamento.

- Por quê? - Elton perguntou.

- Quero mostrar como eu gosto de tocar “Born in the 4th of July”, sem frescura.

Ele começou a tocar a canção, que, na gravação, tinha saído como um rock forte e agressivo, mas cantou-a como um country leve e gostoso. Nigel e Dee ocasionalmente o acompanhavam fazendo backing vocal com suas vozes suaves; Elton, Davey e John apenas ouviam.

* HOJE SÃO DUAS PARTES, 17 E 18. POR FAVOR, NÃO PERCA A

SEQUÊNCIA.

EU AINDA ESTOU DE PÉ - PARTE 18

SER CONSCIENTES DO QUE NOS TROUXE AQUI...

É ISSO QUE NOS MOVE E NOS MANTÉM EM PÉ!

BOM DIA E QUE DEUS ILUMINE NOSSAS VIDAS

OBRIGADA!

AMANHÃ NÃO POSTAREI. VOU VIAJAR. FIQUEM COM DEUS!

Velucy
Enviado por Velucy em 20/11/2019
Código do texto: T6799052
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.