Q.B. - EU AINDA ESTOU DE PÉ - PARTE 17

IX - EU AINDA ESTOU DE PÉ

See the changes here on every street

As time goes marching to a different beat

Moving on into the restless age

As the kids today find their feet

“Where have all the good times gonne?” – Álbum Jump Up! - 1982

O Watford Futebol Clube foi a Oslo, na Noruega, e lá, após uma partida, tornou-se pela primeira vez, um time de Primeira Divisão. Nem é preciso falar da alegria que isso significou para Elton. Como ele mesmo havia dito, 82 estava sendo realmente seu ano!

O início de junho serviu para que ele e a banda iniciassem os ensaios para a turnê que teria o dia de estréia em 12 daquele mês, em Denver, no Colorado.

Nigel, Dee, Davey e ele usaram o estúdio local para programar sua estratégia de ação durante os shows.

Com muita seriedade, mas também muita descontração, os quatro trataram de aprimorar e unir seu conhecimento e o resultado foi dos melhores. Depois de dez dias de ensaios, com largos sorrisos de satisfação nos rostos, decidiram que não precisavam mais nada além de começar.

- Bem, vocês têm um dia e meio para descansar, agora, disse John, com eles no estúdio. - Vão precisar. Vocês têm uma longa jornada pela frente!

- Que nada! - falou Davey. - São só três meses. Dá pra tirar de letra.

- Está chamando a gente de velho, John? - perguntou Dee.

- Não, claro...

- Gastos, não é? - falou Nigel, sorrindo.

- Também não. Só acho que fazer shows no ritmo que vocês fazem é cansativo mesmo para um jovem de vinte anos. Independe da idade.

- Eu concordo, falou Elton. - Mas a gente está nesse mundo pra isso. Quando eu era um Elton John verde pensava que pudesse fazer sucesso parado em casa, só esperando que meus discos vendessem, mas não era nada disso. Gus Dudgeon me ensinou isso. Tem que dar o sangue.

- Até lembro de você batendo o pé quando ele insistia em que você aceitasse a ideia de excursionar, Nigel disse, sentado atrás de seu kit predileto de bateria.

- Batia o pé só quando o Dick estava longe... completou Davey, com um sorrisinho malandro.

Todos riram.

- Mas não era medo, Elton explicou. - Nunca tive medo daquele nariz empinado e daquela careca esquisita. Acho que ando pagando todos os palavrões que dizia a ele em pensamento, falou, tirando o boné e acariciando a própria cabeça, tão escassa de cabelos.

- Isso não é castigo, é negligência, falou Davey.

- Nem me lembre disso, grandão. - Tenho vontade de chorar, só de pensar... Mas o que me deixava trêmulo ao ver Dick James é que atrás de todo aquele ar de prepotência, de quem era o dono do mundo, estava um grande trunfo pra um dia eu vir a ser o que sou agora... Como eu ansiava por isso... Com eu e Bernie sofremos nas mãos daquele cara... Até o grande John Reid chegar a nossas vidas em 70, fomos feitos de marionetes por ele...

John riu.

- Tive quase que quebrar um braço dele pra conseguir empresariar você.

- Ele explorou a gente um bocado!

- E roubou você pra caramba.

- Ainda não vejo assim. Dick era um judeu honesto pra caramba. Só queria minhas matrizes de volta...

- Isso tem conserto. Você é que não me ouve.

- Será que vale a pena mexer com isso? - Elton perguntou, encostando-se na poltrona, cruzando os dedos sobre o peito.

- Claro que vale, homem! Tem dinheiro seu rolando ainda no bolso dele!

Elton balançou a cabeça, concordando.

- Seria bom ter plenos poderes sobre todas as minhas matrizes até 75...

- Não sei por que você não exigiu isso até agora, disse Nigel. - Só o que você vendeu de discos naquela época, cara, é dinheiro pra encher um Wembley!

Elton olhou para John e ergueu as sobrancelhas. John fez o mesmo.

*TEREMOS DUAS PARTE HOJE, 17 E 18.

EU AINDA ESTOU DE PÉ - PARTE 17

SER CONSCIENTES DO QUE NOS TROUXE AQUI...

É ISSO QUE NOS MOVE E NOS MANTÉM EM PÉ!

BOM DIA E QUE DEUS ILUMINE NOSSAS VIDAS

OBRIGADA!

Velucy
Enviado por Velucy em 20/11/2019
Código do texto: T6799038
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