Q.B. - DOIS QUARTOS NO FIM DO MUNDO - PARTE 1

III - DOIS QUARTOS NO FIM DO MUNDO

Don’t judge us by distance or the difference between us…

(Não nos julgue a distância, ou a diferença entre nós...)

…try to look at it with an open mind...

(...tente olhar para isso com a mente aberta...)

…because where there is one room... you always find another…

(...pois onde há um quarto... você sempre encontrará outro...)

O período crítico que havia provocado tantas modificações no comportamento de Elton parecia estar passando.

Ter estado tão próximo da morte começou a fazer dele um homem ávido pela vida. Essa fabulosa modificação agiu também em seu exterior. Nenhuma modificação externa pode ser totalmente realizada se não houver mudanças também no interior e o segredo não estava em um salão de beleza ou consultório de um cirurgião plástico.

Elton havia maquiado sua alma, sem perceber, e já não era a figura grotesca de antes porque a maquiagem havia transbordado por seus olhos e fluía por todos os seus poros.

Era outro homem... Será?

Dezembro de 1978 inteiro, ele passou descansando e se recuperando das fortes emoções pelas quais tinha passado. Com essa parada, as investidas da imprensa passaram a escassear e o público do mundo só foi saber de Elton no mês de janeiro de 1979.

Ele foi apresentar-se com outros artistas no Hammersmith Odeon, no primeiro mês do ano, e em fevereiro, no dia 04, iniciou uma turnê pela Europa, o que deixou muita gente surpresa e feliz. A turnê rolou por vários países europeus, inclusive Suécia, Holanda, Espanha, Alemanha e França.

Seu início deu-se na Suécia, em Estocolmo, e vários membros da imprensa inglesa estiveram lá para assistir a esse show inicial.

Outro ponto memorável da turnê foram os concertos dados em Paris, cinco ao todo e, durante aquela semana, Elton teve, assistindo a seus shows, grandes personalidades e pessoas amigas. George Harrison foi um deles. A princesa Caroline de Mônaco e seu marido Phillipe Junot também estiveram lá.

Bernie também voou de Los Angeles para assistir a alguns concertos. E foi bom ver o amigo por perto outra vez, como antes.

Vestido em largas calças cor-de-rosa, um blusão azul marinho também largo, botas pretas e um boné, que fazia parte da coleção de chapéus que ele passara a usar, Elton entrou no palco do Teatro Champs Elysées, em Paris. O teatro era pequeno, mais apropriado para pequenas peças, mas o selecionado e sortudo público, que foi assistir ao show, pôde constatar que o cantor era antes de qualquer coisa, músico de primeira, pianista criativo e excelente cantor.

Do vasto repertório interpretado por ele, pode-se destacar grandes sucessos como “Your song”, “Candle in the Wind”, “Pinball wizard”, a maravilhosa “Sorry seems to be the hardest word”, “Ego” e a recente “Song for Guy”, que ainda deixava Elton tremendamente emocionado, pela lembrança de Guy Burchett.

Elton cantou também canções de outros artistas como “He”ll have to go” de Jim Reeves, que foi o primeiro número que ele tocou ao começar a trabalhar como músico nos pubs de Londres. “I heard it through the grapevine” também vinha fazendo parte do repertório há algum tempo e ele dava um toque todo especial a tudo que cantava.

Dentro ou fora da Inglaterra, dentro ou fora do estrelato, Elton continuava, mesmo sem fazer muita força, a ser premiado como melhor em alguma coisa.

No dia de 05 de março, a rádio Capital, de Londres, o apresentou como melhor cantor e o álbum “A Single Man” recebeu o prêmio de melhor álbum de 1978. Os prêmios não puderam ser entregues a ele em mãos, pois estava para fazer outro show de sua turnê, em Nice.

Como os prêmios foram entregues no Grosvenor Hotel em Londres, John Reid encarregou-se de recebê-lo por Elton e Gary Osborne recebeu o prêmio pelo melhor álbum.

Dois dias depois, o álbum “A Single man” recebeu também o prêmio de melhor capa e o criador da mesma, David Costa, foi recebê-lo pessoalmente.

A turnê terminou no dia 11 de março. Elton gravou um especial para a TV ABC e começou uma série de entrevistas para promover o álbum. Uma delas deu-se no dia 15 de abril quando Robert W. Morgan o entrevistou e esta foi transmitida para várias TVs americanas. No dia 16, a WIP da Filadélfia colocava no ar os depoimentos de Elton.

DOIS QUARTOS NO FIM DO MUNDO – PARTE 1

CONTINUA...

OBRIGADA E DEUS ABENÇOE A TODOS!

BOM DIA!

Velucy
Enviado por Velucy em 28/07/2019
Reeditado em 06/08/2019
Código do texto: T6706288
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