“LIVRE ARBITRIO 11”
Quando Jesuína foi para o hospital tinha mudado todo o seu planejamento de ter um parto normal, isto porque cismou que o maridão tinha saído com uma garota do colégio e não discutiu o assunto com o professor, para ela a suspeita virou verdade e depois de um trabalho cuidadoso e já no oitavo mês, ela ligou para sua médica e disse que resolvera fazer uma cesariana. A médica tentou demovê-la, mas ela ficou irredutível, disse que queria marcar a operação o mais rápido possível e foi a custo que a médica conseguiu que ela aguardasse o tempo normal. Nasceu um garoto forte e todos fizeram questão de dizer que se parecia com o professor, mas tinha o narizinho de Jesuína. Claro que todos mentiam quando olhavam para o bebê pensavam... “É como todo recém nascido, tem cara de joelho”.
O trabalho de cuidar da criança foi da avó toda orgulhosa e até o umbigo ela fez questão de curar, o trabalho de Jesuína era se colocar em forma! Logo que o médico tirou os pontos da plástica e saiu a ultima casquinha do corte ficando só uma linha branca no local ela começou a malhar, correr e desgastar a ergométrica. Se para algumas era difícil voltar ao normal depois de um parto, para ela foi como um passe de mágica!
No baile de primavera que se aproximava novamente, ela já estava no ponto e na noite se vestiu de princesa e saiu com o professor à tira colo que estava se sentindo mesmo como o sapo da história. Jesuína estava festeira e nem mesmo se sentou na mesa a eles reservada, ficava de mesa em mesa conversando com todos os colegas da faculdade e fazendo o possível para deixar no ar uma sensação de estar pouco se lixando para o marido.
Helio percebeu tudo, mas nem se incomodou bebericando uma Marguerite de vez em quando dando atenção a quem vinha à sua mesa cumprimentá-lo. Quando o baile começou sua esposa foi até a orquestra e pediu que tocassem um Rock e começou a dançar freneticamente convidando rapazes e moças a se juntarem a ela. Helio começou a ficar incomodado com o que ela aprontava. Depois da seção de Rock tocaram uma seleta de musica lenta e Jesuína enlaçou-se nos braços de Wilson o mais irresponsável e galinha dos rapazes da faculdade, era muito falastrão e dava em cima de todas as alunas e professoras até as casadas.
De tão cafajeste que era nenhuma garota queria ser vista dando mole para o Wilson, era bem tratado por todos, mas uma garota só sairia com ele se tivesse a perigo com muita carência e mesmo assim combinavam tudo escondido e longe do pessoal da escola. Jesuína sabia disto muito bem, mas a cabecinha dela só pensava em se vingar de Helio. Em dado momento ela beijou o rapaz na boca, mas soltando as duas mãos do ombro dele e levantando os braços para parecer que estava protestando e quem estaria forçando o beijo, seria o rapaz.
Quando viu que Helio percebera a cena ela se soltou bruscamente dos braços de Wilson que adivinhou na hora ter sido vitima de uma armação. Jesuína saiu com cara de quem estava ofendida e foi se sentar à mesa onde estava o marido, Fez o clássico beicinho de choro e deixou as lágrimas crocodilíneas rolarem em soluços entrecortados de fungar de nariz. Helio como estava ficou, era inteligente e percebera as armações da esposa e mesmo sentindo o coração descompassado e a cabeça quente, levantou-se e simplesmente saiu da casa de baile caminhando sem pressa pelas ruas da cidade e perdendo-se na noite banhada por uma lua grande e prateada.
Caminhou por uma estrada de terra e se embrenhou no campo indo para a cachoeira onde tantas vezes se deliciara com Jesuína nas suas águas frias que os incitava a fazer amor. Aboletou-se sobre uma das pedras mais confortáveis e ficou pensando na sua situação e nos revezes que se sofre na vida. Achava que apesar das precipitações do seu casamento ele seria feliz com Jesuína, mas agora não sabia mais como seria depois das criancices da esposa.
Permaneceu ali até às duas horas quando sabia que o baile teria acabado e retornou sem pressa para a cidade aonde chegou quase três horas da manhã. Não havia mais ninguém das suas relações caminhando pelas ruas, um ou outro bêbado que passava por ele o cumprimentava seguindo à norma das cidades do interior mineiro que é educado cumprimentar a todo passante. Seguiu para seu apartamento de solteiro que ele mantinha fechado e onde às vezes ia estudar, desta vez o que o guiou até lá foi “talvez” a vontade de voltar à sua antiga vida despreocupada e sem as atribulações causadas pelo seu enlace com a sua esposa desmiolada que achava que a vida era apenas um jogo que deveria ser jogado com cartas marcadas
. Ao chegar defronte ao prédio de quatro andares decidiu que iria para casa, não adiantaria fugir dos seus problemas e nem era homem de fazê-lo. Enfrentaria o que tivesse de acontecer e mesmo que tivesse que tomar uma atitude mais drástica não se furtaria aos seus desígnios Jesuína depois que seu marido abandonou a sala ficou um pouco sem ação, mas como toda dondoca rica achou que deveria se safar de alguma maneira da situação constrangedora em que se meteu, percebia os olhares das pessoas em cima dela e no fundo sabia que todos condenavam suas atitudes.
Aproximou-se de Wilson que dançava com uma garota alta e magra e chamou sua atenção ao mesmo tempo em que puxava o ombro do rapaz, quando ele se virou ela lhe deu uma bofetada no rosto que ressoou pelo salão acima da música, Wilson ficou com o rosto vermelho e pensou em revidar, mas ela começou a xingá-lo no maior pití elevando à voz acima do som da música que parou no instante que os músicos ouviram o bate boca e resolveram prestar atenção, tudo o que acontece em bailes é motivo para comentários posteriores e ainda mais se tratando de uma figura tão badalada como a rica e doidinha Jesuína.
Ela disse para todos ouvirem, você é um irresponsável, eu o tratei com amizade e confiança. O senhor não me respeitou provocando o ciúme do meu marido e talvez até acabando com meu casamento, mas pode aguardar que eu vou mover um processo e só descansarei quando o vir na cadeia. Virou as costas e saiu da sala pedindo a uma amiga para acompanhá-la até a saída da casa do baile. Foi para casa arrependida do que aprontara, sabia que não agira com inteligência e todos perceberam, mas nada que o tempo não curasse. Ela chegou a casa, seus pais estavam dormindo e ela foi direta para o quarto e deitou-se sem, no entanto, conseguir dormir.
Helio chegou só às quatro horas e entrou no quarto, despiu-se e se deitou ao seu lado, porém sem lhe dirigir a palavra. Ainda não estavam tendo relações respeitando o período pós-parto. Acordou tarde acordando-a também! Ela se levantou primeiro e vestiu-se sentando na beirada da cama e fingindo um pesar que não sentia, pediu desculpas pela noite anterior alegando que agira assim porque estava com raiva dele por ter saído com uma garota quando ela estava grávida. Helio ouviu e disse sabe bem que isto não aconteceu, mas vou deixar por sua conta o bom andamento do nosso casamento, então se você quer salvá-lo é quem vai ter que trabalhar para que isto aconteça. O que se passou, acabou aqui, Se acontecer alguma coisa que me aborreça novamente como hoje vamos nos separar. De acordo? Ela concordou, mas no íntimo sua mente achava que tinha que se vingar do marido não por ele ter feito algo errado, mas porque percebeu que ele era mais querido pelos amigos do que ela, mas no entanto não queria perder o marido, era invejada e isto é uma massagem ao ego de qualquer mulher. Saberia como humilhá-lo sem que ele a deixasse.
O trabalho de cuidar da criança foi da avó toda orgulhosa e até o umbigo ela fez questão de curar, o trabalho de Jesuína era se colocar em forma! Logo que o médico tirou os pontos da plástica e saiu a ultima casquinha do corte ficando só uma linha branca no local ela começou a malhar, correr e desgastar a ergométrica. Se para algumas era difícil voltar ao normal depois de um parto, para ela foi como um passe de mágica!
No baile de primavera que se aproximava novamente, ela já estava no ponto e na noite se vestiu de princesa e saiu com o professor à tira colo que estava se sentindo mesmo como o sapo da história. Jesuína estava festeira e nem mesmo se sentou na mesa a eles reservada, ficava de mesa em mesa conversando com todos os colegas da faculdade e fazendo o possível para deixar no ar uma sensação de estar pouco se lixando para o marido.
Helio percebeu tudo, mas nem se incomodou bebericando uma Marguerite de vez em quando dando atenção a quem vinha à sua mesa cumprimentá-lo. Quando o baile começou sua esposa foi até a orquestra e pediu que tocassem um Rock e começou a dançar freneticamente convidando rapazes e moças a se juntarem a ela. Helio começou a ficar incomodado com o que ela aprontava. Depois da seção de Rock tocaram uma seleta de musica lenta e Jesuína enlaçou-se nos braços de Wilson o mais irresponsável e galinha dos rapazes da faculdade, era muito falastrão e dava em cima de todas as alunas e professoras até as casadas.
De tão cafajeste que era nenhuma garota queria ser vista dando mole para o Wilson, era bem tratado por todos, mas uma garota só sairia com ele se tivesse a perigo com muita carência e mesmo assim combinavam tudo escondido e longe do pessoal da escola. Jesuína sabia disto muito bem, mas a cabecinha dela só pensava em se vingar de Helio. Em dado momento ela beijou o rapaz na boca, mas soltando as duas mãos do ombro dele e levantando os braços para parecer que estava protestando e quem estaria forçando o beijo, seria o rapaz.
Quando viu que Helio percebera a cena ela se soltou bruscamente dos braços de Wilson que adivinhou na hora ter sido vitima de uma armação. Jesuína saiu com cara de quem estava ofendida e foi se sentar à mesa onde estava o marido, Fez o clássico beicinho de choro e deixou as lágrimas crocodilíneas rolarem em soluços entrecortados de fungar de nariz. Helio como estava ficou, era inteligente e percebera as armações da esposa e mesmo sentindo o coração descompassado e a cabeça quente, levantou-se e simplesmente saiu da casa de baile caminhando sem pressa pelas ruas da cidade e perdendo-se na noite banhada por uma lua grande e prateada.
Caminhou por uma estrada de terra e se embrenhou no campo indo para a cachoeira onde tantas vezes se deliciara com Jesuína nas suas águas frias que os incitava a fazer amor. Aboletou-se sobre uma das pedras mais confortáveis e ficou pensando na sua situação e nos revezes que se sofre na vida. Achava que apesar das precipitações do seu casamento ele seria feliz com Jesuína, mas agora não sabia mais como seria depois das criancices da esposa.
Permaneceu ali até às duas horas quando sabia que o baile teria acabado e retornou sem pressa para a cidade aonde chegou quase três horas da manhã. Não havia mais ninguém das suas relações caminhando pelas ruas, um ou outro bêbado que passava por ele o cumprimentava seguindo à norma das cidades do interior mineiro que é educado cumprimentar a todo passante. Seguiu para seu apartamento de solteiro que ele mantinha fechado e onde às vezes ia estudar, desta vez o que o guiou até lá foi “talvez” a vontade de voltar à sua antiga vida despreocupada e sem as atribulações causadas pelo seu enlace com a sua esposa desmiolada que achava que a vida era apenas um jogo que deveria ser jogado com cartas marcadas
. Ao chegar defronte ao prédio de quatro andares decidiu que iria para casa, não adiantaria fugir dos seus problemas e nem era homem de fazê-lo. Enfrentaria o que tivesse de acontecer e mesmo que tivesse que tomar uma atitude mais drástica não se furtaria aos seus desígnios Jesuína depois que seu marido abandonou a sala ficou um pouco sem ação, mas como toda dondoca rica achou que deveria se safar de alguma maneira da situação constrangedora em que se meteu, percebia os olhares das pessoas em cima dela e no fundo sabia que todos condenavam suas atitudes.
Aproximou-se de Wilson que dançava com uma garota alta e magra e chamou sua atenção ao mesmo tempo em que puxava o ombro do rapaz, quando ele se virou ela lhe deu uma bofetada no rosto que ressoou pelo salão acima da música, Wilson ficou com o rosto vermelho e pensou em revidar, mas ela começou a xingá-lo no maior pití elevando à voz acima do som da música que parou no instante que os músicos ouviram o bate boca e resolveram prestar atenção, tudo o que acontece em bailes é motivo para comentários posteriores e ainda mais se tratando de uma figura tão badalada como a rica e doidinha Jesuína.
Ela disse para todos ouvirem, você é um irresponsável, eu o tratei com amizade e confiança. O senhor não me respeitou provocando o ciúme do meu marido e talvez até acabando com meu casamento, mas pode aguardar que eu vou mover um processo e só descansarei quando o vir na cadeia. Virou as costas e saiu da sala pedindo a uma amiga para acompanhá-la até a saída da casa do baile. Foi para casa arrependida do que aprontara, sabia que não agira com inteligência e todos perceberam, mas nada que o tempo não curasse. Ela chegou a casa, seus pais estavam dormindo e ela foi direta para o quarto e deitou-se sem, no entanto, conseguir dormir.
Helio chegou só às quatro horas e entrou no quarto, despiu-se e se deitou ao seu lado, porém sem lhe dirigir a palavra. Ainda não estavam tendo relações respeitando o período pós-parto. Acordou tarde acordando-a também! Ela se levantou primeiro e vestiu-se sentando na beirada da cama e fingindo um pesar que não sentia, pediu desculpas pela noite anterior alegando que agira assim porque estava com raiva dele por ter saído com uma garota quando ela estava grávida. Helio ouviu e disse sabe bem que isto não aconteceu, mas vou deixar por sua conta o bom andamento do nosso casamento, então se você quer salvá-lo é quem vai ter que trabalhar para que isto aconteça. O que se passou, acabou aqui, Se acontecer alguma coisa que me aborreça novamente como hoje vamos nos separar. De acordo? Ela concordou, mas no íntimo sua mente achava que tinha que se vingar do marido não por ele ter feito algo errado, mas porque percebeu que ele era mais querido pelos amigos do que ela, mas no entanto não queria perder o marido, era invejada e isto é uma massagem ao ego de qualquer mulher. Saberia como humilhá-lo sem que ele a deixasse.
“CAINDO A FOLHA”
No outono caem às folhas
Levam tristezas e quimera,
Mas rebrotam mais verdes
Quando surge a primavera.
E a primavera trás as flores
Junto à promessa de calor,
Enfeita o mundo com cores
E exala um cheiro de amor.
E surgem novas esperanças
Descobrem-se novas paixões,
Que trazem novos alentos,
Ou dilaceram mais corações.
Trovador
Obrigado pelo incentivo e força mestra Norma valeu.
26/06/2019 16:13 - Norma Aparecida Silveira Moraes
O DESTINO É BRINCALHÃO
MENINA MUITO CUIDADO/
VOCÊ ESTÁ COM DANAÇÃO
O JUÍZO É ACONSELHADO.
No outono caem às folhas
Levam tristezas e quimera,
Mas rebrotam mais verdes
Quando surge a primavera.
E a primavera trás as flores
Junto à promessa de calor,
Enfeita o mundo com cores
E exala um cheiro de amor.
E surgem novas esperanças
Descobrem-se novas paixões,
Que trazem novos alentos,
Ou dilaceram mais corações.
Trovador
Obrigado pelo incentivo e força mestra Norma valeu.
26/06/2019 16:13 - Norma Aparecida Silveira Moraes
O DESTINO É BRINCALHÃO
MENINA MUITO CUIDADO/
VOCÊ ESTÁ COM DANAÇÃO
O JUÍZO É ACONSELHADO.