CERRO BRAVO

(Romance de Anésio Silva)

CAPITULO 1

“ Na minha Cerro Bravo, todos são heróis do sertão” (Frase do autor)

Março de 2019

Era apenas um pequeno povoado encravado entre aquelas montanhas.habitado por uma gente ordeira e trabalhadora que vivia da criaçao de gado e cavalos. A ordem era mantida graças ao empenho de um cabo e dois soldados, o cabo Gardino e os soldados Coriolano e Alencar.

Havia tambem um padre e um pastor que eram

responsaveis pela parte espiritual do lugarejo e cada um se empenhava a sua maneira para aumentar o seu rebanho.

Padre Aleixo, visitava diariamente os moradores levando fe e esperança para aquela gente, enquanto o pastor Antonio, chamado de pastor Tonhao devido ao seu tamanho avantajado, ia tambem em busca das almas perdidas a fim de mostrar a elas o caminho do ceu;

Havia ainda o Artino Anthermis,que era o bebado do lugar, mas era tambem o filosofo daquela gente, pois antes de se entregar ao vicio por causa de uma desilusao amorosa fora um rapas estudado e nos raros momentos em que estava sobrio expunha a sua sabedoria, com muitas tiradas filosóficas.

Dona Raimunda, chegara aquela localidade que marchava rumo ao progresso, vinda da capital e ali se estabelecera na profissao mais antiga do mundo e agora explorava o meretricio no cabaré de sua propriedade..

Ela e tres das suas meninas, a Selma , a Ana e a famosa Verinha Batalhao aliviavam a tensao daqueles homens rudes nos finais de semana apos uma semana tiante de arduo trabalho nos ranchos da regiao.

A jovem Alice, que era a filha de um dos rancheiros, era a professora que lecionava na pequena escola que estava situada no centro da praça do povoado, ao lado da igreja catolica e da igreja evangelica.

Em volta da praça, estava a delegacia,e o armazém do turco Fadul,que se dizia Libanes e ficava uma ofera quando o chamavam de turco.

CAPIULO 2

Naquela manha, o padre Aleixo visitava um sitiante, o Binindito Goronante. A razão do apelido sugeneres era a mistura explosiva do ‘”goro e a ignorância.

Binindito que fumava sentado em sua cadeira de balanço na varanda, recebeu o padre alegremente, pois ele era um dos poucos vizinhos que o vizitava.

-Bom dia Seu Binindito.

- Bom dia so padri, cumu vai u sinhô ?

-Eu vou indo muito bem com a graça do Bom Deus, mas estou preocupado com o sumiço seu e de seus familiares da igreja.

-Se achegue meu amigo Ca Zefa cabo di coar u café e us bolinho já tão inte caqui na varanda.

Sentado a mesa com a familha, padre Aleixo insistia com seus fieis:

-Pois e, vocês sumiram da igreja, o que que esta acontecendo ? será que se bandearam para o lado do pastor Tonhao ?

-Não so padre, nois ta e muntu chei di serviço e num ta sobranu tempo por modi i na ingreja . Nu dumingu nois que e discansa, Ca luita cumessa na sigunda fera uai.

- E meus filhos, mas todos nos temos que ter um tempinho pra Deus, porque e ele que nos da tudo que precisamos, cura as nossas doenças e nos livra do perigo.

_Pos antão so padri, ieu falu pra Zefa i e leva us minino, mais eis num que nada...

Bem, eu já vou indo, obrigado pelo café, estava uma delicia . Eu espero vocês na missa domingo. Não faltem.

_Padre,leva uns bolinho por modi cume nu caminho ofereceu D Zefa.

_Obrigado minha filha, de fato eles são mesmo deliciosos. Fiquem com Deus, Deus abençoe vocês.

E La se foi o padre Aleixo pelo sertão a fora pra visitar outra familha.

La no armazém do turco, sentado em uma das mesas, estava o Artino Anteres bebendo a sua pinga, quando Ze mineiro, o distribuidor de cachaça vinda do engenho do Coronel Ventura que ele comprava pra revender, sentou se em frente ao amigo que ainda estava sóbrio e ambos conversavam :

- Que esparadrapo e este ai no nariz seu Ze ? perguntou Artino Anterms.um

- Foi o cabrunco de lamparao de um muleque que achou de esticar a linha de serol,justo no caminho que eu ia passar com a minha bicicleta cheia de mercadoria.

Artino Anteres debocha do amigo :

Olha seu Ze o senhor esta muito engraçado com este esparadrapo no nariz, mas o senhor correu um risco muito grande ,poderia ser ate degolado pela linha com cerol.

-Pois e meu amigo, esses garotos pecizam que alguém lhes explique que o seu brinquedo e de veras perigoso e pode ate causar um acidente fatal.

Nisso, a Verinha Batalhao entra no armazém :

-Bom dia senhores conprimenta a moça.

Bom dia querida, você aceita uma bebida ? oferece o Artino Anteres.

- Obrigado poeta, mas eu quero apenas um refresco, pois tenho que levar uns mantimentos La pra casa e dirigindo se ao turco entrega lhe uma pequena lista de compras.

Turco Fadul vai atender o pedido da jovem e esta senta se a mesa com os dois amigos e conversam :

_ Voces sabem quem apareceu La no cabaré ? o pastor Tonhao. Voces já viram o animal em que ele esta montado ?

_ Ze mineiro comenta :

_Outro dia encontrei com ele . De fato aquele seu animal e muito interessante, se parece muito com o meu antigo burrao que eu apanhei de um cigano há muito tempo.

Turco Fadul avisa que as compras da moça já estavam separadas e o Artino Anterms se oferece para ajuga La a leva las.

-Apareçam La no cabaré meus amigos

CAPITULO 3

Naquela tarde as 18 hs,, a professora Alice inicia a sua aula La na escola e La estão seus alunos, o Binindito goronante, D zefa,Artino Anterms, alguns meninos e meninas cabo Gardino e o soldado Coreolano. O Sd Alencar estava de guarda La na delegacia, onde nada de anormal acontecia a vários meses, pois os habitantes do lugar eram de fato boa gente, apenas quando bebiam La no cabaré, as vezes acontecia alguma discussão mas tudo se resolvia depois de uma noite no xadres . Em seguida todos voltavam a seus afazeres.

Alice a professora corrigia o Binindito Goronante:

-Sr Benedito, o seu nome não e Binindito e Benedito.

- Mais dona sinhora prefessora, eis sempri mi chamo anssim, cume qui vai se agora uai ?

-Não Sr Benedito , e bom o senhor já ir se acostumando, o seu nome agora e Benedito.

A professora chama outro aluno:

Profeta, declame um de seus versos pra nos :

Pois não professora responde Artino Anterms , o poeta.

‘’Eu nasci como nasce qualquer vagabundo

Ate hoje eu não sei quem foram meus pais

Eu cresci nas tabernas ao som das garrafas pescando de linha na beira do cais

Se almoço não janto

Se janto não sei, pra mim e bastante

comer uma vez

pra casa não levo nenhum desaforo

eu vizito a cadeia dez vezes por mês’’

Eita, qui velço porreta exclama o Binindito Goronante aplaudindo o poeta.

Obrigado seu Artino Anterms, o senhor e mesmo um poeta afirma D Alice, a jovem professora.

E assim foi o primeiro dia de aula na escola do povoado

O sábado amanheceu com uma grande novidade:

La no cabaré da d Raimunda, ia acontecer um grande evento

A Peleja do cego Adroaldo contra o Ze mineiro

Era o assunto mais importante do povoado, Cego Adroaldo era um famoso cantador e repentista conhecidíssimo naquela região e em tantas outras e agora em visita ao povoado, topara o desafio de enfrentar no cabaré um desafio contra Ze mineiro que também se dizia um grande cantador e repentista.

O cabaré estava todo enfeitado para o grande evento.

Na hora marcada, diante de uma platéia conposta pelos moradores do povoado, La estavam os dois cantadores e Ze Mineiro iniciou a cantoria:

Deixe me apresentar

Pra vocês meu pessoal

Eu sou o Ze mineiro

Um cantador sem igual

A platéia irrompeu em assovios e aplausos.

Em seguida o cego Adroaldo responde tocando a sua viola

Ze mineiro meu amigo

Eu vou disputar contigo

Vou responder os seus versos

vou te deixar de castigo

Novamente a platéia aplaude, vai sair faísca desta refrega

Ze mineiro rebate:

Cantador do seu quilate

Já enfrentei de montão

Em muitas vilas e fazendas

Por todo o meu sertão

_Eita que o desafio ta muito bom comenta o filosofo Artino Antermso cantador.

Cego adroaldo ponteia a viola e responde

Por todo o meu sertão

Encontrei grande cantador

A todos eles venci

Em qualquer ocasião

Ze mineiro replica

Mas comigo e mais difícil

Faço verso de montão

Seja cego ou aleijado

Em qualquer ocasião

D Raimunda convida para um breve intervalo e as moças começam a servir as bebidas.

Depois de algum tempo, a peleja continuou mas não houve vencedor, os dois cantadores terminaram A noite embriagados ate se recolherem cada um no quarto de uma das meninas.

CAPITULO 4

UM PROFETA NO POVOADO

Pelas ruas esburacadas, sob um sol abrasador, aquele homem vestido com uma longa túnica que já fora branca em dias melhores, caminhava trazendo nas mãos apenas um bordão, o seu cajado.

Entarando na praça do povoado , o profeta percebeu que um pequeno grupo de pessoas estavam naquele momento a sombra de uma das muitas arvores que rodeavam o local. Passaros cantavam abrigados do sol quente sob as folhas das arvores.

Todos os presentes se voltaram e contemplaram aquela estranha figura e este lhes dirigiu uma breve saudação :

- Meus filhos, eu venho há muito tempo caminhando por estas paragens, a fim de cumprir uma missão que a mim me foi confiada:

Conclamar as pessoas ao arrependimento, pois a vinda do Senhor se aproxima a cada dia e se nos não nos arrependermos de nossos pecados e pedirmos perdão a Deus, iremos todos arder nos quintos dos infernos.

Enquanto o profeta falava, Binindito Goronante que conversava com o Artino Anterms sentado em um dos bancos da praça, comenta com o amigo :

- Stru dia ieu vi es profeta prega La in riba Du morro das arma penada i u homi falo munta coisa bunita i diss qui u Jesuis tava vortano mermo.

E meu amigo, temos muito do que nos arrepender...

Uma pequena multidão já estava formada quando o cabo Gardino e seus dois auxiliares chegaram :

_Mas o que esta acontecendo aqui ?

-Pronto, chegou a repressão. Isso não muda nunca e olha que já se passaram mais de dois mil anos. ,Disse o poeta , que era também um grande anarquista.

- Arrependam se pois o dia do juiso esta bem próximo...

Que sabe d’uma coisa?

Ieu vo ir La na venda Du turco, por modi paga minha divida, sei La si podi se hoje mermo ?

Vai pela sombra ...

Diz Artino Anterms .

No dia seguinte bem cedinho, o pastor Tonhao vizita a fazenda do Coronel Coriolano, grande criador de cavalos de raça.

O pastor Tonhao estava montado em um belo animal, um burro negro todo ajaezado>

-Bom dia Coronel, como vai o senhor ?

-Eu vou bem com a graça de Deus.

_Entao coronel, como vão os seus projetos ?

- Bem pastor, eu estou pensando em apresentar um dos meus quatro puros sangues em uma corrida La no povoado. Veja que animais magníficos, disse o coronel apontando para um cercado, onde quatro belíssimos animais estavam juntos se alimentando .

O coronel explica seu plano de organizar uma corrida de cavalos no povoado e o pastor aprova a iniciativa do fazendeiro e diz que o povoado precisa de um evento como este e que o mesmo será um sucesso.

CAPITULO 5

A CORRIDA DE CAVALOS

Organizada pelo Coronel Coriolano, grande criador de cavalos de raça, a corrida de cavalos era o acontecimento esperado por todos. Afinal, o Coronel Coriolano punha muita Fe no seu favorito, um belo corcel negro muito fogoso, que era contido a duras penas pelas mãos do pequeno joquey, um menino fransino , mas hábil vcvaleiro em quem o fazendeiro apostava todas as suas fichas.

Entre os concorrentes estava também o outro fazendeiro ,

o coronel Olegario, um baiano de Jequie, muito arretado que também apostava tudo no seu favorito.

Quase como se fosse um agravo, havia também um pangaré que era de propriedade do Ze Mineiro, o qual, ninguém dava a mínima.

Foi dada a largada e a prova teria dez voltas no circuito para se conhecer o verdadeiro campeão. Logicamente as montarias dos dois coronéis eram as favoritas, mas o impossível pode acontecer.

Como um autentico cavalo paraguaio, o pangaré do Zé Mineiro que atendia pelo nome de Furacao, saiu a mil por hora e largara na frente ate a nona volta, mas agora estava cabeça com cabeça ao lado do Furia que pertencia ao Coronel Coriolano.

O destino aprontou uma com o coronel, que viu o seu cavalo diminuir a marcha há poucos metros da linha de chegada e mancando ser ultrapassado por todos os concorrentes, pra desespero do Coronel que apostara uma grana violenta.

Ze Mineiro, o grande vencedor havia adiquirido o campeão daquele mesmo cigano que negociara com ele no passado, o Burrao que vocês conheceram no livro ‘’Morreu alguém ai ?

Pouco depois, La no cabare, as apostas foram pagas e o Ze Mineiro ganhou uma grande fortuna,uma vez que foi o único a apostar naquele pangaré, que enganou todo mundo.

O ROUBO DO PURO SANGUE

Derrotado na corrida por causa de uma fatalidade,o puro sangue do coronel Coriolano continuava a ser bem tratado, uma vez que o coronel aguardava ansiosamente que lhe concedessem uma revanche mas algo imprevisível e impensado, veio ocorrer frustrando os planos do poderoso rencheiro:

O puro sangue do coronel,havia sumido La do curral mesmo com toda a fazenda envolvida na procura do animal, o mesmo continuava desaparecido.

Fora roubado,, embora sobre ele houvesse total vigilância, mas sabe como e, o ladrão nunca perde uma boa oportunidade.

Quem seria o misterioso ladrão ?

Para onde havia levado o puro sangue do coronel ?

Este ofereceu uma fortuna para quem descobrisse o paradeiro do cavalo .

La na venda do turco, Ze mineiro, Artino Anterms, Binindito Goronante,conjecturavam sobre o tal acontecimento e o Binindito Goronante falou o seguinte:

_Cume qui podi u ladrão roba u cavalo do corone,sem qui ninguém tomasse tinu uai ?

Artino Anterms afirma que o cabo Gardino e seus samangos já estão na captura do criminoso e logo ele seria apanhado

.Sei não...fala o Ze mineiro .

So pode ter sido alguém de fora que veio assistir a corrida...

E, mas com o Cabo Gardino e seus samangos no encalço deste ladrão, o mistério logo será resolvido.

Mas quem seria o ladrão de cavalos ?

Ze mineiro pensa La com seus botões:

_Eu tenho Ca minhas suspeitas...

Enquanto todos discutem, La nos limites do povoado, Cabo Gardino instrui seus comandados:

_Camaradas, vamo da uma batida geral por ai ate encontrarmos alguma pista...

_Chefe, corre aqui que eu to vendo alguma coisa:

O chefe do destacamento se aproxima do soldado Valeriane e este aponta para o chão, mostrando um rastro de carroça.

_O que tem isso soldado Valeriano ? isso e so um rasto de carroça...

E verdade comandante, mas arrepara que rastro da carroça parece mais pesado do que o normal...

Cabo gardino e sua tropa,seguem o rastro ate uma gruta que parecia abandonada e ali notaram que três pessoas deviam ter estado ali e poderiam ser os ladrões do puro sangue.

CAPITULO 6

O LADRAO E DESCOBERTO

Quem afinal seria o tal ladrão ?

Ze mineiro pensava com seus botões:

- Aquele cigano que negociou comigo aquele burrao naquela ocasião, não era pessoa da minha confiança, afinal ele me deu uma manta naquele dia. E ele estava presente La na fazenda no dia da corrida e logo depois desapareceu. Isso e muito sintomático...

Ze mineiro em conversa com o cabo Gardino La no cabaré, expôs aopolicial as suas suspeitas..

_O causo e o seguinte seu Ze, amanha bem sedinho vou investigar por ai e descobrir o parqadeiro daquele cigano...

_Acho melhor o senhor deixar umam tropa preparada, o cigano não deve estar longe...

_Ta certo, mas eu irei sozinho pra não despertar suspeitas.

No outro dia bem cedinho, Cabo Gardino em investigaçã:o chega ate o sitio do Binindito Goronante :

-Bom dia seu Binindito, como vai o senhor ?

_Ieu ca vo ino bem so cabo Gardino, Mais u qui e qui u sinhô ta percurano aqui pur pertu ?

_E seu Binindito, o senhor sabe do desaparecimento do cavalo do coronel Coriolano ?

_Pus antão so cabo, mas ieu vo dize uma coisa pru sinhô:

Oce sabia qui u tar Du ciganu teve aqui quereno mi vende um cavalo ?

_Como assim seu Binindito ?

-Pus antão so cabo Gardinu, num e qui u disacursuadu Du tra Du ciganu mi apareceu aqui cum baita di um cavalão. Eita qui u bicho era muitu Du bunito...

Pronto, o ladrão já fora descoberto, mas qual seria o seu paradeiro ?

Cabo Gardino se despede e continua a sua investigação.

No dia seguinte, bem cedo,liderando uma patrulha composta por seus auxiliares mais alguns voluntários, o Cabo Gardino avistou La adiante fumaça em um trexom da mata e ao averiguar, descobriu o acampamento dos ciganos.

Eram mais ou menos vinte pessoas entre homens mulheres e crianças e em um cercado próximo, alguns cavalos, mas o cavalo desaparecido não estava entre eles.

O policial interroga os ciganos e ninguém da noticia sobre o cavalo. Cabo Gardino resouve seguir adiante e interrogar alguns sitiantes que moravam próximo ao acampamento.

Em um sitio bem afastado, ele teve a informação que um cigano havia oferecido um cavalo ao proprietário do sitio, so que a descrição do animal não batia com a descrição do animal procurado.

Ze Mineiro que estava entre os que acompanhavam o policial, faz uma observação:

- Quem sabe o cigano não maquiou o cavalo do coronel ?

Dito isso, todos retornaram ao acampamento cigano a fim de prender o chefe dos ciganos para ser interrogado La na delegacia, mas o acampamento fora desmontado as preças e os ciganos fugiram.

A busca agora ia continuar e era certo que o criminoso era o tal cigano.

CAPITULO FINAL

A PRISAO DOS CIGANOS

A patrulha comandada pelo Cabo Gardino chegou a um sitio afastado, muito mal cuidado, que disfarçava bem a atividade criminosa que ali se praticava. E dentro de um cercado, na parte mais deserta do sitio, La estava o famoso puro sangue.

O Cigano e seus cumples foram presos e conduzidos ate a delegacia a fim de ser interrogado, pois havia outras queixas de sitiantes da região sobre roubo de animais.

O mistério do desaparecimento do Puro sangue foi em fim resolvido e os criminosos presos e mais tarde seriam conduzidos ao presídio que ficava La na capital.

O CASAMENTO

A professora Alice era noiva de um Rapas La da capital e logo o casamento dos jovens ia acontecer

Marcio era o nome do rapas que era filho de uma família influente La da capital. O relacionamento dos dois jovens já durava três anos e logo eles iam se casar e uma festa ia acontecer em breve.

No dia marcado, na fazenda do Coronel Olegario, investiu alto na festa do casamento da sua única filha e a família do rapas que logo seria um político eminente também fez que a tal festança fosse inesquecível.

E La estavam os vizinhos do Coronel Olegario, Ze mineiro, o poeta, o pastor e o padre que ia celebrar o casamento, alem do cabo Gardino e sua tropa que agora eram convidados da familha do Coronel.

O Coronel Coriolano e sua gente também estavam presente ao evento e ate o cego Adroaldo estava La com a sua rebeca para animar a festa. Um grande baile estava acontecen após a chegada dos noivos e muita alegria reinava naquele povoado. O casamento da professora era o acontecimento do ano naquela região.

Cego adroaldo e sua famosa rebeca, animavam a quadrilha e todos se divertiam alegremente.

Artino Anterms já um pouco esquentado gritava:

-Viva o Coronel Olegario///

Viva os noivos ///

A festa durou ate o raiar do novo dia, quando a professora Alice foi embora com o seu marido para a capital, onde uma nova vida esperava por eles.Em breve , o jovem Marcos seria eleito prefeito La na capital e a professora Alice seria sua primeira dama.

Mas uma ameaça rondava aquele povoado...

Sabe aquela famosa mineradora que tem muitas barragens causando dor, sofrimento e morte ?

Ela tambem explorava a região próxima ao povoado e ate então, nenhum incidente havia acontecido, quando der repente se descobriu um vazamento na barragem que abrigava os rejeitos da exploração do minério. A população nem se quer se dava conta do perigo que estavam correndo e ate então os responsáveis nada faziam em termos de segurança da população.

Ate que um dia, os moradores que moravam próximo a tal barragem, foram surpriendidos com uma ordem anunciada por carros de sons e a ordem eram as seguintes :

ATENÇAO MORADORES,ABANDONEM IMEDIATAMENTE SUAS CASAS POIS AS MESMAS PODEM SER ATINGIDAS PELA LAMA DA BARRAGEM QUE PODE OCORRER A QUALQUER MOMENTO.

L no sitio do Binindito Goronante este muito aflito chama a mulher e seus dois filhos :

-Eita qui lasco u canu muie.

Vamo s1imbora qui a tar da barrage vai si arrebenta i mata nois tudu, ieu e qui num vo fica aqui i paga pra vê.

_Vamo s’imbora marido, chama us mininu i vamo da nu pe ...

Artino Anterms, um tremendo anarquista deita e rola, La na venda do turco :

_E minha gente chegou on dia do juízo final, agpora que eu quero ver...

Ze mineiro entra esbaforido La na venda:

_Gente, eu estou vindo La do cabaré e todo mundo esta fugindo do povoado, parece que a barragem esta vazando e vai explodir...

Alguns caminhões estavam apanhando os moradores e levando para local seguro, após a evacuação ,a lama veio e arrasou o povoado, mas os moradores não iam ficar de braços cruzados e logo iriam reconstruir em outro lugar o novo povoado de Cerro Bravo,pois afinal são brasileiros e não desistem nunca.

24/4/2019

FIM

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 24/04/2019
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