AMAR DEMAIS 25 NOVEL LIVRE 14 ANOS
38
Adrian entra em casa e vai para a cozinha se serve de 1 copo farto de água e segue para seu quarto, Sandra sai do quarto e segue para a cozinha vê a garrafa ali na pia seguindo para o quarto do filho.
- Mãe.
- Era você na cozinha?
- Sim, me desculpe.
- Nada.
Adrian percebe que Sandra esta um tanto relapsa, solta em seus pensamentos.
- Aconteceu algo mãe?
- Me faz um favor filho.
- Sim mãe.
- Vai até a casa de sua irmã e os chame para jantar aqui.
- Hoje?
- Sim meu filho, quero todos á mesa.
- Aconteceu algo?
- Eu e o Moi temos algo para falar com vocês.
- Mãe, não me diga que aconteceu......
- Vai por favor Adrian.
- Sim mãe.
- Só mais uma coisa, dispense por hoje o Enzo, quero falar só com vocês.
- Tudo bem.
Na sala a tv desligada, Adrian mexe no celular até que a porta é aberta, Pri, Kauã e Kauê entram, Sandra os recebe sem muitas formalidades.
Moi olha para eles um tanto sem graça, o clima ali é um tanto tenso.
- Então mãe chegamos e ai?
- Acho melhor irmos jantar.
- Não mãe.
- Adrian.
- Seja o que for é melhor que nos fale.
- Filho.
- Por favor mãe.
Sandra entende os sentimentos ali.
- Tudo bem. Todos sentados, Sandra ao lado de Moi olha para eles.
- Quando a Priscila teve a noticia da sua gravidez, bem, algo também aconteceu comigo.
- O quê mãe? Pri pergunta para ela, Sandra com lágrimas nos olhos.
- Eu e o Márcio, bem, nós tínhamos uma vida de casal, vocês entendem?
- Não me diga que..........
- Sim filha, eu fiquei grávida.
- Mãe.
- E o bebê?
Adrian pergunta para a mãe.
- Ele nasceu?
- Como mãe, eu sempre estive a seu lado, não vi sinal de sua gravidez.
- Bem Pri, quando eu tive vocês, foi do mesmo jeito, eu engordei e a barriga cresceu não tanto quanto as demais gestações de outras mulheres, entende.
- Como assim?
- Os médicos que cuidaram de vocês, me disseram que a gravidez se formava mais para trás, aquele tipo que a gente diz ás costas, só aparecendo aos poucos dias perto do parto.
- Mãe.
- Você Pri, tinha acabado de ter seus filhos, meus lindos netos, eu a deixei por quase 3 semanas e fui para a fazenda onde uma amiga trabalha.
- Eu lembro, a senhora decidiu de uma hora para outra.
- Sim, eu fui ter bebê.
Adrian se emociona com aquilo e diz.
- Mais eu lembro que a Pri me disse, a mãe não parou de trabalhar.
- Do mesmo jeito de quando eu tive vocês.
Moi derrama lágrimas cabisbaixo, Kauã e Kauê sentam com um de um lado do homem o afagando e lhe confortando.
- Mãe, por quê não nos disse?
- Como filha, ficamos sem chão, você sem emprego, Adrian foi para fora do país, nos mudamos, tudo em extrema dificuldade.
- Mais mãe.
- Aconteceu filha, agora não posso mudar daquela época, só que a vida esta me dando um puxão de orelhas.
- O quê?
- Adrian, esteve aqui uma mulher que disse estar com meu filho.
- Filho, o nosso irmão?
- Sim eu o deixei em uma caçamba de entulhos e corri sem olhar para trás.
- Mãe....
- Aquela mulher, não sei como, ela estava próxima do local e viu tudo, assim que me afastei ela recolheu a criança, meu filho, seu irmão.
- Nosso irmão. Todos ali em extrema emoção com alegrias.
Sandra sai do sofá e caminha para a cozinha, todos ali perplexos, logo um a um se levantam e correm até ela.
- Mãe, vó.
Ela recebe um forte abraço em grupo, e ali recebe toda a energia que tanto necessitara para o que esta por vir, um encontro com seu filho que fora abandonado.
- Me perdoem por favor, eu não fiz por mau, eu não sou má.
Pri a abraça e limpa as lágrimas da mãe com seus dedos enquanto afaga a face de sua mãe.
- Mãe, pare de pensar coisas assim, todos sabemos o que passou, afinal passamos todos por aquilo, juntos, mãe te amamos.
- E ele, e ele minha filha, será que vai entender tudo que eu tenho para lhe contar?
- Com certeza que sim.
Rosa sai do quarto de Vítor, ali na cama o rapaz olha para tudo ali ao seu redor, coloca a mão ao peito e pega de uma escrivaninha alguns portas retratos.
- Minha mãe, a outra mãe, eu vou conhece-la.
Em outro quarto, Rosa desaba num choro, segura com força o lençol de seda em cor púrpura enquanto olha para o espelho preso á parede que segue do teto ao chão.
- Por que, por que, eu tinha outros planos, agora tudo que penso é na dor daquela mulher,, ela é tão vítima quanto eu.
A porta recebe uma leve batida, Érico entra ali e Rosa olha rapidamente outra pessoa ao corredor.
- Mãe.
- O que foi filho?
- A Mônica esta aqui.
- Ah sim, vou ve-la, deixe-a na sala já irei falar com ela.
- A senhora esta bem?
- Sim filho, eu estou muito bem. Érico sai, ela levanta dali e vai á penteadeira, faz sua make e escova seus cabelos bem de leve, saindo dali.
Mônica ali na sala, recebe uma certa atenção de Érico que é o primeiro a ver a vinda de sua mãe.
- Olá.
- Oi Mônica, espero que tenha novidades?
- Na verdade nem tantas, mais trouxe os livros e .....
- Isso eu consigo com o Iracildo, acho que esta perdendo a mão no jogo Mônica.
- Senhora.
- Por favor meu filho, vá buscar a pasta no meu quarto.
- Sim mãe. Assim que ele sai, Mônica tira do bolso um celular e entrega para Rosa.
- E isso?
- Fiz alguns vídeos do local e talvez possa ter algo que a senhora ache de importância.
- Agora eu terei de ficar investigando seu aparelho, me poupe Mônica, acho que devo lhe mandar para o Oriente.
- Não, por favor, sabe que não posso pisar naquele.....
- Naquele lugar maravilhoso, de onde sai o seu pão e sua existência, não?
12022019..............................
39
Mônica senta no sofá, porém logo Rosa sai da sala se despedindo dela, minutos depois já refeita daquilo, Mônica sai do prédio e caminha até um ponto de táxi.
- Para onde senhora?
- Para o inferno.
- Como?
- Só dirige, no caminho lhe digo.
- Sim senhora. Ela faz uma ligação porém ninguém a atende.
- Cretino infeliz.
- Como senhora?
- Não é com você, por favor me deixe no bar.
- Qual bar?
- Este. Ela lhe entrega um cartão com o endereço e este segue com o carro.
Adrian e os sobrinhos ali com Moi, no quarto Sandra chora incenssantemente, amparada por Pri.
- Filha, eu sou um monstro.
- Não mãe, não diga isso.
- E agora, o que eu faço?
- Somente deixe as páginas virarem com certeza se essa mulher veio até aqui e te disse tudo, com certeza ela vai voltar a entrar em contato contigo, marcando um encontro.
- Com meu filho?
- Sim mãe, só que terá de aceitar que ele é menos seu e mais dela.
- Eu sei filha, eu sei. Priscila seca as lágrimas de sua mãe com lencinhos de papéis, quando toca o celular de Sandra.
- É ela.
- Será?
- Sim ela me passou seu número.
- Deixe mãe, que eu atendo.
- Tudo bem. Pri atende a chamada.
- Olá Priscila, quanto tempo?
- Você me conhece, quem é você?
- Sou Rosa, lembra-se, amiga?
Priscila é tomada por uma espécie de um choque e cai no chão, Sandra se desespera e grita para Moi, logo o quarto esta cheio com todos ali.
- O que houve?
- Não sei, aquela mulher ligou e a Pri atendeu e..........
Moi pega o celular mais não há ninguém do outro lado da linha.
- Desligou.
- O que ela falou para a Pri?
- Não sei filho. Adrian pede o aparelho a Moi que o entrega, ele se afasta deles e confere o número quando recebe uma surpresa.
- Rosa, a senhoria sombria.
- O que filho?
- Nada mãe.
- Como nada, se não me engano foi este nome que ela me deu, Rosa.
- Não pode ser.
- O que você sabe disso filho?
- Nada mãe, eu preciso sair, ppor favor me deixe levar seu aparelho?
- O meu celular?
- Sim mãe, por favor?
- Tá bom. Moi tenta fazer com que Adrian não saia e fique com eles ali, mais nada muda o rapaz, ele pede um carro por aplicativo enquanto faz uma ligação.
- Oi Sandra.
- Não é minha mãe, sou eu.
- Oi Adrian, o que quer, pelo que sei abandonaste a ordem?
- Preciso falar com a senhora.
- Agora já é tarde, você entende...
- Em nome dos velhos e bons tempos.
- Me encontre no endereço que vou lhe passar daqui uns 20 minutos estarei lá.
- Tudo bem.
Adrian desliga enquanto o carro circula pela avenida.
Adrian entra em um restaurante requintado italiano.
- Eu vim por..........
- Por aqui por favor.
O rapaz acompanha o recepcionista dali até um outro ambiente, mais pequeno e ali ao canto, Rosa aprecia o sabor de um excelente vinho.
- Achei que era pontual.
- Vim o mais rápido.
- Não é elegante fazer uma mulher esperar.
- Me desculpe.
Adrian tenta se aproximar dela mais 2 seguranças o impede.
- O que quer?
- Como eu lhe disse, conversar. Rosa faz sinal para os seguranças que abrem caminho para Adrian.
- Sente-se.
- Obrigado.
- E então?
- Por que minha mãe, este garoto, rapaz é mesmo filho dela?
- Se não fosse eu jamais sairia de minha suíte para me deslocar até aquele bairro de vocês.
- Por que senhora?
- Olhe Adrian, por mais que ache ruim, sua família tem e muito haver com a minha.
- Não entendo.
- Com o tempo vai entender.
- Mais........
- Já acabamos por favor.
- Eu ainda quero falar....
- Não Adrian, quanto a sua permanência ou não na ordem, haverá um juizo para decidir e assim os seguintes procederes.
- Juizo?
- Sim.
- Mais isso é algo que só acontece.........
- Em casos extremos. Os seguranças lhe aponta a saída e Adrian sai dali, só então se dá conta que todo lugar fora fechado para quele encontro.
- Obrigado sr.
- Tchau.
- Até mais.
O rapaz olha da calçada, ali no salão principal Rosa recebe alguns cumprimentos dos funcionários daquele comércio.
- Com certeza eles são aliados dessa ordem.
Ele anda até chegar a esquina onde pára em sua frente um táxi.
- Para onde sr?
- Mais eu não pedi táxi algum........
- A senhora ja acertou tudo sr. Ele olha para trás e ali na frente da porta do restaurante esta Rosa que acena para ele, rodeada por 3 seguranças e 2 rapazes, um ele já conhece é Érico e o outro mais jovem lhe acena também e neste momento ele tem um fio de emoção.