Chalé 23
Chalé 23 - Capítulo 1
Estrelando:
Antônio Velasquez
Juanita
Maria Di Stéfano
Pedro Gomez
Roberto da Silva
O dia amanheceu ensolarado e o cheiro do mar era convidativo. Algumas aves mariscavam na areia branquinha, enquanto o vai e vem das ondas se encarregava de trazer-lhes o alimento. Cenario perfeito para um passeio nessas areias.
Juanita era uma das camareiras daquele conjunto de chalés. Morena, ao sorrir exibia uma fileira de dentes bem alinhados e branquinhos, pernas bem torneadas e muito gentil. Repetidas vezes fazia aquele serviço de recolher toalhas e roupas, troca-las por limpas e higienizar o local para os próximos hóspedes. Limpava o chão quando se deparou com uma pedra brilhante e esverdeada. Um pingente talvez, pensou. Mas o brilho tornou-se intenso e Juanita agora ficara assustada e como um portal entre dois mundos estava diante dela se abrindo uma ruptura no tempo. Tentou recuar mas foi sugada por aquele vácuo.
Pedro Vázquez, o dono do conjunto de chalés, rabugento e sempre disposto a resmungar. Estranhou a demora de Juanita e pediu a Roberto, seu ajudante que fosse ver o que estava acontecendo. Roberto acendeu um cigarro e tranquilamente foi ao chalé. Nada. Nenhum vestigio de que alguem estivera naquele local. Os lençois estavam do mesmo jeito da noite passada. Era como se Juanita tivesse ido embora sem avisar. Roberto deu de ombros e voltou ao escritório do Sr Velásquez e disse: - Patrão, acho que Juanita partiu. Não ha ninguém lá e tudo está do mesmo jeito. Velasquez se apoiou na mesa e levantou-se. Tossiu e esbravejou: - *¹Esa pinche madre que no sirve para nada! Se ela não aparecer em uma hora está fora. Dez anos que trabalha aqui e nunca me deu problema. Vamos aguardar!
Era meia-noite quando o telefone rasgou o silencio e o Sr Velásquez acordou atordoado e pegou o gancho do telefone e com o habitual mau humor foi logo dizendo: - Seja quem for, que seja importante! Uma voz pausada respondeu : - Chalé 23, Juanita, Ajuda! O velho Velasquez pigarreou e completou: - Quem e você e onde está Juanita? Mas o que ouviu foi um chiado irritante e o telefone emudeceu. Vestiu uma roupa por cima do pijama, pegou uma lanterna e foi ao alojamento de Roberto para que juntos pudessem ir ao Chalé 23. Juntos caminharam e ao se aproximarem do local um clarão esverdeado iluminava o interior do Chalé 23...
Continua no próximo capítulo...
Continúa en el próximo capítulo ...
*¹Na verdade esta frase é um xingamento e por ser uma gíria é traduzida assim: “Essa merda, que não serve pra nada!”
Esta é uma obra de ficção que se passa na Cancun (México) dos anos 80, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.