AMANDA VII - PREMONIÇÃO II - PARTE 1

I – PREMONIÇÃO

À tarde, Marco chegou em casa com Amanda e nem saiu do carro.

- Pede pra Mariana vir logo. Eu prometi pra ela que ia levá-la lá em casa.

- Não vai nem entrar?

- Não, vai demorar muito. Eu quero ir logo pra voltar cedo.

- Está certo. Eu vou chamá-la.

Amanda mal ia entrando em casa e já deu de encontro com os dois filhos que vinham correndo receber os pais com Mariana atrás deles. Letícia e Luís Felipe abraçaram a mãe e pediram os dois juntos:

- A gente pode ir junto na casa do vovô?!

- Não sei, perguntem pro seu pai.

Marco sorriu e disse:

- Está vendo porque eu não queria entrar?

Os dois encostaram-se à porta dianteira do carro, enquanto Mariana entrava na porta traseira e pediram:

- Por favor! Por favor! Por favor, papai!

- Pode, Amanda? - ele pediu.

- Só se já fizeram a lição de casa.

Dalva estava ali perto assistindo a cena toda e respondeu:

- Fizeram. Foi a primeira coisa que fizeram quando chegaram do colégio, porque sabiam que a Mariana ia até a casa do seo Antônio.

- Então está certo, entrem, Marco disse. - Mas não quero bagunça na casa da vó, senão ela bate em mim também quando chegar e, se ela briga comigo, respinga em vocês. Já sabem.

- Eba! - gritaram os dois, entrando e sentando no banco traseiro junto de Mariana que estava muito quieta.

Marco estranhou e olhou para ela.

- O que é que você tem, maninha?

- Nada...

- O nada está doendo muito?

Mariana sorriu, mostrou a língua para ele e não respondeu. Marco pegou a mão dela e beijou. Depois deslizou a mão por seu rosto. Virou-se para os filhos.

- Todo mundo botando cinto de segurança.

- Eu já botei! - confirmou Letícia.

- Então ajuda o seu irmão que ele sempre se enrola todo.

- Eu não! - disse o menino, tentando com dificuldade travar o cinto.

- Não, sou eu que me enrolo...

As duas meninas ajudaram o garoto e o carro saiu. Acenaram para Dalva e Amanda até dobrarem a esquina.

Em dez minutos estavam parando diante da casa da João Dias. Marco ajudou as crianças a saírem do carro e abriu o portão da garagem. Os dois entraram na casa, correndo e fazendo folia e Mariana continuava quieta.

- O que você tem, Mariana? - Marco perguntou novamente, preocupado.

- Já disse: nada.

- Não queria mais vir?

- Queria...

Ela abraçou-se a ele subitamente e começou a chorar baixinho. Marco ficou surpreso e preocupado.

- Mari, o que foi? O que foi, maninha? Está sentindo alguma coisa?

- Você fez exames no médico hoje, não fez?

Marco abaixou-se diante dela e respondeu:

- Fiz, mas... O que é que tem isso? Como é que você sabe disso?

Mariana o abraçou, chorando ainda mais. Marco a ergueu no colo e a levou pra dentro da casa, aflito.

- Lupe, pega a chave a porta da cozinha aqui no meu bolso e abre pra mim, filho.

- O que a Mari tem, pai? - perguntou Letícia.

- Eu não sei, filha. Deve ser saudade da vovó... Ela fica bem logo.

Marco ajudou Luís Felipe a abrir a porta e levou Mariana para o quarto dela que era o seu antigo quarto que havia sido reformado para ela quando fez cinco anos.

Ele sentou a irmã na cama e ajoelhou-se junto dela, preocupado.

- O que você tem, Mariana? Estou ficando assustado, gata.

- Você está doente? - ela perguntou, com os olhos vermelhos.

- Não... Quem foi que te disse isso, garota?

- Eu ouvi a Amanda conversar com a tia Dalva. Ela disse que você foi no tio Guilherme, hoje, fazer uns exames...

Marco sentou-se no chão diante dela e passou a mão pela cabeça, sorrindo.

PREMONIÇÃO

PARTE I

DEUS TENHA O CONTROLE DAS NOSSAS VIDAS...

e depois dele... NÓS MESMOS.

Vamos fazer o que é certo e bom pra nós e para o próximo.

Velucy
Enviado por Velucy em 04/01/2019
Código do texto: T6542892
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