AMANDA V - ESPERANÇA (1991) I - PARTE 4

IV – ESPERANÇA (1991)

Antônio aproximou-se do filho e o abraçou forte.

- Muito, filho. Muito mesmo. Mas isso não vai atrapalhar a carreira dela?

- Estou pouco ligando pra isso. Nós estamos casados há quase três anos. Já estava mais do que na hora. Depois que o bebê nascer, ela pode continuar a fazer o que fazia. Ela trabalha com a madrasta que nunca vai deixá-la sem emprego. E a Amanda tem uma genética muito boa. Vai voltar a forma rapidinho.

- Mas com uma criança é sempre mais difícil.

- Se todo mundo fosse pensar por esse lado, ninguém tinha filho. Eu queria já ter dois! Só não fiz isso porque a Amanda estava terminando o colégio quando a gente se casou e depois porque queria me estabilizar na RR, no casamento e comigo mesmo. Se fosse por mim, desde o ano passado já teria planejado o bebê; só que, como ela não tocava no assunto, eu também não falei. A última vez que ela falou disso foi na formatura dela. A barriga da Bete deu uma coceirinha pra fazer um também...

- Então não foi planejado?

- Não... Se foi, ela decidiu sozinha, mas eu adorei. Pelo menos eu sei que ela está preparada pra isso.

- E você?

Marco sorriu.

- Já falei, por mim já teria dois.

- Conversa... disse Antônio, batendo no ombro dele e entrando na casa.

Marco riu e foi atrás dele, colocando Mariana nos ombros. Ao entrarem na cozinha, Antônio já viu Laila chorando, pois já tinha recebido a novidade por Amanda. Aproximou-se da nora e disse:

- Deixa eu dar outro beijo nessa minha nora. Ah, meu Deus, eu sou muito novo pra ser avô.

Marco aproximou-se da mãe e a abraçou também.

- Ih! Chorona. É pra ficar feliz!

- Mas eu estou feliz!

Depois de abraçar Amanda com carinho, Antônio disse:

- Você resolveu mesmo me deixar mais velho, não é?

Ela riu e ele segurou seu rosto com as duas mãos.

- Ninguém nunca vai dizer que esse rostinho é o de uma mamãe.

- O senhor também não tem cara de vovô.

- Graças a Deus alguém me defende!

Todos riram. Antônio beijou a testa de Amanda e convidou:

- E se a gente fosse almoçar fora? Nós e o José e a Rita, hein?

- É uma ótima, falou Marco. – Só que ainda está cedo e eu queria dar uma chegada na casa do Teo, do Aldo e ligar pro Chu pra contar a novidade.

- Tudo bem. Vocês vão e se encontram com a gente aqui mais tarde. Vou ligar pro José.

- Combinado! – Marco disse, tirando Mariana dos ombros e querendo entregá-la para a mãe. – Vai com a mamãe, Mariana, o Marco vai ter que sair...

- Não! – ela disse, agarrando-se em seu pescoço, querendo chorar. – Vou com você.

- Xi!

- Vai ensaiando, garotão, brincou Antônio, rindo. – Os três primeiros anos são isso aí mesmo.

- E os outros? - Marco perguntou.

- Três vezes piores.

Riso geral. Marco resolveu levar Mariana com eles e fizeram as visitas nas casas dos dois amigos e ligaram para Chu da casa de Teo.

Na volta, encontraram Rita e José esperando por eles e Rita fez a festa, abraçando Marco com a euforia de uma prima super-feliz.

- Meu garotão vai ser pai! Ah, meu Deus do céu, eu já estou me sentindo avó junto com a Laila! E isso me torna avó em dobro!

- Sabe que você foi culpada por eu quase morrer de susto?

- Eu?

- É. Eu estive na agência metade do dia e você nem pra me avisar que a Amanda tinha passado mal. Quando a Débora me ligou, levei o maior susto quando ela me disse. Fiquei pensando mil bobagens.

- Ah, não diga que você nem tinha uma ideia?

- Não! Ela nunca me disse que sentia nada!

- É verdade, Rita, confirmou Amanda, abraçada ao pai. – Eu nunca disse nada pra ele.

- Por quê?

- Não sei... Não queria iludir nós dois e depois não ser. Eu espero por isso, mesmo depois de poucos meses do casamento e nunca acontecia. Tinha medo de ficar desapontada como das outras vezes e ele também ficaria.

- Não ficaria não, ele disse.

- Ficaria sim, eu te conheço.

- Bom, mas o importante é que ele veio e vai ser muito esperado e amado. É mais um Rotemberg Ramalho no mundo. Vamos almoçar? Estou com fome e ainda mais agora que estou me alimentando por três...

- Três?! – perguntaram todos.

- Por mim, pela Amanda e por ele... ou ela. Vou ter que sustentar nós três!

ESPERANÇA (1991)

PARTE IV

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!

SEJAMOS, TODOS, LUZES NA ÁRVORE DE NATAL DO CRISTO!

UM NATAL DE ALEGRIA A TODOS!

Velucy
Enviado por Velucy em 15/12/2018
Reeditado em 14/01/2019
Código do texto: T6527393
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