AMANDA IV - ANDRÉ XIII-PARTE 4

IV – ANDRÉ

Marco e Amanda começaram a dançar e curtir a música de olhos fechados quando de repente um bando de garotas se aproximou dos dois, puxando Kleber pelos braços e, com gritinhos histéricos, uma delas tocou o braço de Amanda e pediu:

- Com licença? Amanda, você prometeu...

Os dois olharam para elas. Foi Márcia quem falou e Amanda sorriu. Marco não entendeu nada e olhou para as garotas e para Kleber com ar de total confusão e o fotógrafo deu de ombros.

- Elas me obrigaram!

Amanda olhou para ele e pediu:

- Elas querem tirar uma foto com você, amor.

- Comigo? Por quê?

- A gente quer ter uma recordação do comercial mais lindo feito esse ano, com o gato da Bunny’s. Deixa, Marco! - Érica pediu.

- Eu não sou mais... o gato da Bunny’s! - ele disse, fazendo uma careta.

- Você é o único gato da Bunny’s! - disse Márcia, com as mãos juntas, fazendo cara de choro e dando pequenos pulinhos. – Por favor! Por favor! Por favor!

- Você precisa estar no nosso álbum de formatura, Marco, suplicou Érica. - É a melhor recordação que a gente vai ter de oitenta e nove! Esse comercial com vocês dois foi tudo! E a gente já tem a Amanda nas fotos da gente, mas falta você!

- Depois você vai ser só dela, ajudou Ângela. – Aliás... agora você já é só dela.

Marco olhou para Amanda que continuava sorrindo, e pediu em voz baixa:

- Posso? Se você disser não, eu vou entender... ele disse querendo que ela não deixasse, mas sabendo de antemão que ela já tinha consentido.

- Elas não vão arrancar nenhum pedacinho de você, amor. Vai.

Marco era avesso a fotos desde muito antes do comercial feito pela RR para a Bunny’s no início do ano, embora sua beleza fosse natural e todas as pessoas que o conheciam, começando por Rita, achassem que ele era muito fotogênico, além de lindo e isso era um fato, pelo que mostravam as poucas revistas em que ele apareceu nos anúncios das confecções Bunny’s.

- Eu vou estar na mesa quando você voltar, disse Amanda. – Vai. Não vai doer nada.

Ele seguiu as garotas e Kleber para fora do clube e Amanda voltou para a mesa, onde Rita conversava com o marido e Maria Eugênia.

- Ué, cadê o Marco? - Rita perguntou.

- As meninas na minha sala o roubaram de mim. O “gato da Bunny’s” ainda é sucesso entre elas. Você acredita que elas me pedem pra tirar uma foto com ele desde o lançamento do comercial?

- E você? - José perguntou.

- Eu deixo, mas ele nunca quis, ainda mais se tivesse de ir ao Paralelo pra isso. Você conhece o Marco. Ele não curte nada disso, mas é o último ano delas no colégio e acho que nenhuma delas vai arrancar pedaço do meu namorado só tirando uma foto com ele.

- Eu acho tão fofo você chamá-lo de namorado, disse Maria Eugênia, apoiando o braço na mesa e o queixo na mão.

- Ele também insiste em chamá-la assim, falou Rita.

José pegou a mão de Amanda e a fez sentar-se ao lado dele.

- Pelo menos ele conseguiu que a minha filha continuasse adolescente e não virasse uma dona de casa ranzinza e mal humorada.

Ele deu um beijo no rosto da filha e a abraçou, carinhoso.

- Gente, não que eu esteja com saudades, mas onde está o Roni? Foi embora?

- Dançando ali com a Luciana, disse Maria Eugênia. – O garoto tem um fôlego bárbaro. Ele me alugou até agora a pouco. Eu tive que fingir que estava com os pés doendo pra poder parar de dançar com ele.

Como se tivesse ouvido seu nome, Roni viu, do meio da pista onde estava, que Amanda estava na mesa com o pai e, mais importante de tudo, sem Marco, e rapidamente disse alguma coisa no ouvido da garota com quem dançava e se afastou dela, indo para a mesa. Sentou-se numa cadeira ao lado dela e decretou, animado:

- Caramba! Eu nunca dancei tanto num baile! Essa banda é muito boa. Parabéns, seo José! Está tudo muito bem organizado e divertido. Parabéns mesmo!

- Obrigado, disse José. – Que bom que você está se divertindo. Mas, apesar de ter sido organizado pela comissão de formatura do meu colégio, teve um dedo da minha mulher em vários quesitos dele. A Rita é “expert” em organizar espetáculos.

- É, eu sei, ele disse, olhando para Rita que também olhou para ele. – Tudo que ela faz é muito bem feito mesmo. Ela e o Marco dão um show à parte na RR. E... por falar nele, cadê seu marido, Amanda?

- Lá fora, com o Kleber, tirando umas fotos.

Ela não quis entrar em detalhes.

- Tirando fotos? Mas ele não é contra esse tipo de badalação?

- Ele abriu uma exceção, por mim. Eu pedi.

- E por que você não está com ele?

Amanda respirou fundo e não quis dar mais explicações.

- É uma longa história, Roni, embora parte dela você já conheça. Minhas colegas de classe quiseram tirar fotos com ele por causa do comercial que a gente fez no início do ano.

- Ah... ele fez, lembrando-se de tudo, mas engoliu a raiva, em respeito a José, sorriu amarelo e puxou todo ar para dentro dos pulmões e olhou para Amanda.

- Dança comigo... formanda?

Amanda foi pega de surpresa.

- Agora?

- Vamos aproveitar que a música está tocando, porque quando ela para...

- Eu estou um pouco cansada...

- Só uma... por favor. Tenho certeza que seu pai e a Rita não vão se opor, já que seu marido não está aqui...

Amanda olhou para o pai e para Rita e José a incentivou.

- Vai, filha, o Roni é um convidado. Acho que o Marco não vai se importar com isso.

Ela trocou um olhar significativo com Rita, que queria muito ajudá-la, mas não se envolveu, e rendeu-se. Levantou e segurou a mão que ele lhe estendia. Foram para a pista. Rita resolveu ir dançar também para ficar perto dos dois e evitar que Roni se excedesse.

- Vamos dançar também, amor? Você se importa de ficar sozinha aqui, Gini?

- Não, podem ir. Eu vou tomar um fôlego e vou pra lá daqui a pouco também. Adoro essa seleção de MPB.

ANDRÉ

PARTE IV

DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS

SEJAMOS, TODOS, LUZES NA ÁRVORE DE NATAL DO CRISTO!

OBRIGADA SEMPRE

Velucy
Enviado por Velucy em 11/12/2018
Código do texto: T6524051
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.